CD Tondela 1-3 UD Oliveirense: A vitória da eficácia

    A CRÓNICA: FORASTEIROS FORAM CERTEIROS

    Na nona jornada da Segunda Liga, CD Tondela e UD Oliveirense entraram no relvado do Estádio João Cardoso em partes opostas da classificação. Enquanto os beirões estavam no sexto lugar, a equipa de Oliveira de Azeméis ocupava a 17.ª posição, penúltima do campeonato e em zona de despromoção.

    Numa primeira parte que fez jus ao ditado “quem não marca, sofre”, foi o Tondela a dispor de mais e melhores oportunidades para marcar. Contudo, a inauguração do marcador veio por intermédio de Jonata Bastos, avançado da Oliveirense, que aproveitou uma defesa incompleta de Niasse a um remate de Duarte Duarte.

    A toada não se alterou com este golo dos visitantes e foi de forma natural que o Tondela empatou, por Telmo Arcanjo. Contudo, a equipa beirã voltou a ficar para trás no marcador, quando Volnei fez o 1-2 a favor da Oliveirense, e não conseguiu reagir de forma positiva uma vez mais. Para lá do golo, Telmo Arcanjo, que havia sido importante com o golo, acabou expulso após o apito para o intervalo, o que fez com que os tondelenses voltassem para a segunda parte com dez jogadores.

    Nesse segundo tempo, a Oliveirense entrou da melhor forma possível: aos 47 minutos, ampliaram a vantagem para 1-3, através de um golo de Serginho, já dentro da área. A partir daqui, o Tondela, mesmo com menos um jogador, assumiu as rédeas da partida, mas o coração sobrepôs-se à razão. A evitar novo golo dos beirões, nota para Ricardo Ribeiro, que já em tempo de compensação protagonizou duas excelentes intervenções.

    Com esta vitória, a Oliveirense sai da zona de despromoção, passando agora a ocupar o 12.º lugar da Segunda Liga. Quanto ao Tondela, mantém-se em sexto lugar, mas perde a oportunidade de saltar para a terceira posição.

     

    A FIGURA

    UD Oliveirense
    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Duarte Duarte – Como os ingleses costumam dizer sobre Jay-Jay Okocha: é tão bom que lhe deram o nome duas vezes. Sem dúvida que é a maior figura desta equipa da Oliveirense e, apesar de não ter marcado, esteve no lance do primeiro golo da sua equipa e, antes do intervalo, ficou a centímetros de um belo golo, em jeito. Pautou o momento ofensivo da equipa de Oliveira de Azeméis, sendo o comandante da manobra desta equipa com bola.

     

    O FORA DE JOGO

    CD Tondela x SC Covilhã
    Fonte: Paulo Ladeira / Bola na Rede

    Tiago Almeida – Depois de ter estado de fora dois jogos seguidos, por castigo devido a um vermelho direto visto na Taça de Portugal, o jovem lateral direito cometeu vários erros e pareceu sempre muito nervoso ao longo de todo o jogo. Além disso, dispôs de uma clara oportunidade para marcar golo (seria o 2-1 a favor do Tondela), mas desperdiçou na cara do guarda-redes adversário.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD TONDELA

    Os beirões entraram no habitual 3-4-3, com Pedro Augusto e Bebeto a fazerem a dupla no meio-campo e com a grande novidade a ser o regresso de Tiago Almeida à equipa inicial, após castigo, rendendo o jovem Dário Miranda.

    Numa equipa jovem e com muito dedo do treinador Tozé Marreco, destaque para os movimentos de Rafael Barbosa e Telmo Arcanjo, na primeira parte, que baixavam, de forma alternada, para junto dos dois médios, dando assim uma solução extra na saída a jogar.

    11 INICIAL E P0NTUAÇÕES

    Babacar Niasse (5)

    Manu Hernando (5)

    Marcelo Alves (5)

    Jota Gonçalves (6)

    Tiago Almeida (4)

    Bebeto (5)

    Pedro Augusto (5)

    Naoufel Khacef (6)

    Telmo Arcanjo (5)

    Rafael Barbosa (6)

    Daniel dos Anjos (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Rúben Fonseca (5)

    Matías Lacava (5)

    Dário Miranda (-)

    Bruno Cuba (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – UD OLIVEIRENSE

    Em 4-2-3-1, a equipa de Fábio Pereira teve em Ibrahima e Serginho uma dupla de médios muito sólida, que conseguiu, sobretudo a partir da meia hora de jogo, aproveitar alguma intranquilidade adversária e, em alguns momentos, colocar o jogo a favor da Oliveirense, mesmo tendo menos bola.

    Numa nota mais individual, o destaque vai para Duarte Duarte, o maestro desta equipa de Oliveira de Azeméis e que possui um pé esquerdo capaz de assistir e marcar, sendo um perigo constante para os adversários.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Ribeiro (6)

    Miguel Maga (5)

    Rodrigo Borges (5)

    Volnei Feltes (6)

    Vasco Gadelho (6)

    Ibrahima Guirassy (6)

    Serginho (6)

    Jaime Pinto (5)

    Duarte Duarte (6)

    Zé Leite (5)

    Jonata Bastos (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Lessinho (5)

    Filipe Alves (5)

    Michel (5)

    Miguel Pereira (-)

    Graça (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    CD TONDELA

    BnR: Mesmo com menos um jogador e a perder por dois golos de diferença, a equipa manteve-se no jogo, apesar da muita juventude também. O que é que isto pode dar para o futuro?

    Tozé Marreco: Temos que pegar nas muitas coisa boas. Contudo, faltou eficácia. Referi sempre que a eficácia é o mais importante, mesmo quando ganhávamos. Fomos eficazes em muitos jogos, mas com o Covilhã não fomos, por exemplo, e hoje também não. Contudo, é lógico que o jogo teve coisas boas. Arriscámos na segunda parte, em 4-3-2, e a equipa sabia o que tinha que fazer, mas não fizemos golo.

     

    UD OLIVEIRENSE

    BnR: Entrou para a segunda parte com mais um jogador e faz logo o terceiro golo. Considera que essa entrada foi decisiva?

    Fábio Pereira: Sim, sabíamos que se deixássemos o jogo adormecer, com a vantagem mínima e como o Tondela é bem treinado, poderíamos ser surpreendidos. Alertei para isso, desconfiar sempre da qualidade do adversário, independentemente do número de jogadores, e reagimos a esse estimulo. Precisávamos de mais um golo, até porque temos tido dissabores, por isso sentimos a necessidade de entrar fortes, materializar as oportunidades. A partir do 1-3, o Tondela desacreditou e gerimos o jogo, mas nos últimos cinco a dez minutos, o Tondela tentou reduzir o marcador. Podíamos ter acabado com o jogo, mas preferimos segurar a vantagem do que tentar o quarto golo, no fim.

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    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.