Petit, homem renomado na arte de evitar descidas, fora o nome escolhido para liderar a nau maritimista. O início do trajeto do ex-internacional português foi mau mas acabaram por surgir três vitórias consecutivas que anteviam que a equipa verde-rubra ia conseguir ultrapassar essa má fase. Sol de pouca dura e depois das três vitórias, três derrotas. O Marítimo desceu três lugares na tabela classificativa, estando à data em lugar de descida.
Depois de boas temporadas na Primeira Liga, esperava-se que o Chaves voltasse a fazer uma temporada tranquila. Daniel Ramos foi o homem escolhido pela direção flaviense para dar continuidade ao que havia sido feito nas últimas duas temporadas. O Chaves não conseguiu fazer grande figura no campeonato com Daniel Ramos como técnico, mas nas Taças ia conseguindo surpreender. A verdade é que a estadia de Daniel Ramos acabaria por chegar ao fim depois de algumas derrotas consecutivas e do último lugar na tabela classificativa.
Acabou por surgir Tiago Fernandes, homem que havia orientado de forma interina a equipa do Sporting CP. O filho do mítico Manuel Fernandes acabaria por não ter o melhor início possível com três derrotas consecutivas, mas começou a pontuar aqui e ali. O Chaves, pese embora a aparente melhoria com três vitórias nos últimos cinco jogos, continua com vida difícil e ocupa neste momento o penúltimo lugar no campeonato.
O Feirense é o último classificado do campeonato e passa por uma fase… negra. A época do Feirense começou com sete pontos em apenas três jogos. Parecia que a equipa de Nuno Manta poderia fazer uma temporada mais tranquila depois dos sobressaltos da anterior. A verdade é que os bons resultados dissiparam-se e este Feirense já não vence para o campeonato desde a jornada dois. Ao todo são 20 jogos sem conseguir vitórias na Liga NOS.
Nuno Manta acabou por não resistir aos maus resultados e surgiu Filipe Martins, homem que estava a realizar um bom campeonato com o Mafra, na Segunda Liga. Aqui é ainda difícil avaliar o efeito da chicotada psicológica porque a amostra é ainda curta mas Filipe Martins somou duas derrotas em dois jogos, aumentando ainda mais o fosso entre o Feirense, último classificado, e o primeiro lugar acima da linha de água.
Retira-se destas análises que as chicotadas psicológicas não seguem uma regra. Há casos e casos, como vimos. Importa, novamente, que aqueles que mandam no futebol, os que constroem planteis percebam que, pese embora a importância de um treinador para o sucesso/insucesso, não é ele o principal factor determinativo dos resultados que são obtidos. Há que analisar caso a caso, pelo todo e não só pela rama.
Foto de Capa: Bola na Rede
Artigo revisto por: Rita Asseiceiro