📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

E se os “três grandes” não existissem no futebol português?

- Advertisement -

O futebol é, sem dúvida, o desporto que mais move emoções, opiniões, dinheiro e até desavenças no nosso país. A questão monetária, aliada ao aparente controlo da pandemia, terá sido, aliás, o fator decisivo para a retoma do Campeonato Nacional já no próximo dia três de junho. Uma escolha ansiada e desejada pelos adeptos do futebol, mas também receada pelos riscos que poderá trazer consigo. De qualquer forma, a decisão está tomada, e, na próxima quarta-feira, a bola volta a rolar nos campos nacionais.

Analisando a história do futebol português, facilmente percebemos que FC Porto, SL Benfica e Sporting CP, também conhecidos entre os amantes do futebol como os “três grandes”, dominam claramente as preferências dos adeptos. Esta simpatia generalizada por estes três clubes justificar-se-á por terem dominado entre si, ao longo dos anos, o primeiro lugar da classificação, e por serem os principais vencedores das restantes taças em disputa. Assim, naturalmente, são os maiores detentores de títulos.

O clube da Luz é aquele que mais vezes foi campeão nacional – 37 vezes. Segue-se o FC Porto, com 28 títulos, e o Sporting, com 18. Apenas o CF “Os Belenenses”, na época 1945/46, e o Boavista FC, em 2000/01, conseguiram intrometer-se no império dos “três grandes”.

Mas e se estes clubes nunca tivessem existido?

Vamos então analisar este cenário hipotético. Para tal, percorremos época a época e excluímos estes três emblemas, atribuindo o título ao clube melhor classificado após esta alteração.

Fonte: Diana Oliveira / Bola na Rede

Assim, na primeira temporada do Campeonato Nacional, realizada em 1935/36 – inicialmente denominada Campeonato da I Liga Experimental –, o título iria parar ao Belenenses, ao invés do FC Porto. O clube da “Cruz de Cristo” seria mesmo o emblema com mais troféus até ao momento, conquistando o campeonato 25 vezes.

A maioria destes títulos (22) seria arrecadada entre as décadas de 1930 e 1950, traduzindo-se numa era dourada para o emblema lisboeta. Na realidade, foi dentro deste período temporal que o Belenenses efetivamente ganhou o seu único título de campeão nacional, na época 1945/46 (disputada entre 12 equipas).

O Boavista FC seria o segundo clube com mais êxito, com 16 troféus no seu palmarés. Neste caso, os axadrezados atingiriam o seu auge na década de 90 (sete vezes campeões), com o último título, um tetracampeonato, a ser alcançado em 2001/02. Também aqui há uma aproximação à realidade, na medida em que o clube nortenho foi campeão nacional pela única vez na sua história na temporada 2000/01.

Sem surpresas, este contexto alternativo mostra-nos que o Vitória SC e o SC Braga seriam os clubes que se seguiriam no ranking português, com 14 conquistas do Campeonato Nacional cada um. Os dois clubes minhotos são igualmente, na atualidade, aqueles que mais têm conseguido fazer frente à dinastia imposta pelos “três grandes”.

Fonte: Diana Oliveira / Bola na Rede

Neste exercício, os restantes clubes que ousariam vencer o campeonato nacional seriam: Vitória FC, por quatro vezes; Atlético CP e CD Nacional, três vezes cada; e GD Fabril do Barreiro e Académica OAF, em duas épocas cada. O GD Estoril Praia, FC Paços Ferreira e Carcavelinhos FC conseguiriam conquistar o troféu por uma vez cada um.

Este cenário hipotético permite-nos perceber que, caso não existissem os “três grandes”, muitos outros clubes conseguiriam alcançar o sucesso no futebol português, resultando numa maior competitividade do que aquela que assistimos atualmente. Provavelmente o orçamento destes emblemas seria bem maior que o da realidade, pois o sucesso e as conquistas trazem consigo mais “margem de manobra” em negociações com patrocinadores, clubes e restantes intervenientes no futebol.

Ainda assim, como verificámos nesta análise, o número de clubes a ter a oportunidade de arrecadarem entre si a maioria dos títulos de Campeão Nacional seria reduzido, apesar de não ser uma diferença tão díspar entre eles como efetivamente existe. Além disso, mais clubes conseguiriam alcançar este feito. Tal não se vê na realidade, na qual apenas o Belenenses e o Boavista conseguiram quebrar a norma imposta.

Num cenário sem FC Porto, SL Benfica ou Sporting CP… qual clube apoiarias na Primeira Liga?

Artigo revisto por Mariana Plácido

Diana Oliveira
Diana Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
A Diana é licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto e, desde cedo, que a escrita faz parte de si. Poder conjugá-la com o futebol, outra das suas paixões, é a cereja no topo do bolo. A Diana escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Benfica quer avançar com Benfica District: eis os principais planos

O Benfica quer acelerar com o Benfica District. Águias pretendem iniciar processo de licenciamento ainda este mês.

Brasileirão: Palmeiras de Abel Ferreira perde com Santos nos descontos e o golo foi de ex-Benfica

O Santos venceu esta madrugada o Palmeiras de Abel Ferreira por 1-0 no Brasileirão. Benjamín Rollheiser marcou o golo decisivo.

FC Porto: As novidades relativas a Borja Sainz antes da Taça da Portugal

Borja Sainz deverá ser opção do FC Porto para o duelo com o Sintrense na Taça de Portugal. Jogo é no dia 22 de novembro.

Portugal x Arménia e a luta pelo Mundial 2026: Eis os onzes prováveis do jogo decisivo

Portugal vai enfrentar esta tarde a Arménia com objetivo de confirmar a ida ao Mundial 2026. Fica com os onzes prováveis.

PUB

Mais Artigos Populares

Eléctrico surpreende Sporting no João Rocha, atira leões para o 3º lugar e vence 2º jogo na Liga de Futsal

O Eléctrico surpreendeu o Sporting na nona jornada da Liga de Futsal. Emblema ocupa a zona de despromoção e foi vencer ao João Rocha.

Olheiro BnR | Thomas Jorgensen

Jorgensen apresenta um primeiro toque bom e orientado, que lhe permite jogar sob pressão e acelerar a jogada com naturalidade.

Agente de Robert Lewandowski reúne-se com o Fenerbahçe

O agente de Robert Lewandowski reuniu-se com o Fenerbahçe, em preparação para o próximo passo após terminar contrato com o Barcelona.