Força Aérea – Parte I

Com a segunda volta do campeonato já em disputa, há ainda tempo para olhar algumas estatísticas da primeira metade da prova. Neste caso, olhemos aos golos obtidos através do jogo aéreo, ou seja, de cabeça, um detalhe que pode explicar muitas classificações até ao momento, algumas delas surpreendentes.

As conclusões são interessantes e para isso contaram os golos marcados de cabeça por todas as equipas, em todas as jornadas da primeira volta, excluindo os auto-golos, ainda que obtidos da mesma forma. Desde logo, a equipa que mais fatura de cabeça é o SC Braga, com nove golos, muito por culpa de Dyego Sousa. No extremo oposto deste dado está o GD Chaves que não apontou qualquer golo de cabeça nas primeiras 17 jornadas.

A equipa mais permeável aos lances aéreos foi o Vitória FC, com 10 golos sofridos, logo seguido pelo CD Santa Clara com 9 golos sofridos. Pelo contrário, o Moreirense FC mostrou-se bastante competente a proteger a sua baliza desta ameaça, não tendo sofrido qualquer golo de cabeça. Beleneses SAD e Vitória SC sofreram apenas um.

Apertando ainda mais a análise, é possível destacar FC Porto e SC Braga como os ataques que mais faturam pelo ar dentro de portas, com seis golos, seguidos pelos vimaranenses com cinco. Fora de portas, o registo é menos impressionante, com seis emblemas a atingir o máximo de três golos pelo ar.

Os sadinos têm no jogo aéreo defensivo um grande obstáculo para uma época tranquila
Fonte: Vitória FC

Destacam-se pela negativa o Rio Ave FC, sem qualquer golo de cabeça em casa, e o Vitória SC, com o mesmo registo longe do D. Afonso Henriques. O GD Chaves é a única equipa da Primeira Liga sem qualquer golo de cabeça apontado, em casa ou fora.

Novamente nos jogos caseiros, mas no que ao capítulo defensivo diz respeito, o CD Santa Clara foi a equipa que mais golos sofreu (seis), ao contrário de Boavista FC, Moreirense FC e Vitória SC que fecharam a baliza a estes ataques. Longe de casa são os sadinos que saltam à vista, tendo sofrido por oito vezes de cabeça. Sem qualquer golo deste tipo fora de casa estão SL Benfica, Belenenses SAD e novamente os cónegos.

No entanto, se tivermos em conta a participação deste tipo específico de golos nos totais de cada equipa, surgem novos emblemas. Os arsenalistas bem podem agradecer aos “aviadores” Dyego Sousa e Raul Silva que garantem, pelo ar, cerca de 30 por cento dos golos minhotos. Com semelhante registo estão Vitória FC e CD Aves.

Os sadinos voltam a saltar à vista nesta estatística, mas desta vez não pelos melhores motivos; é que mais de metade dos golos sofridos são de cabeça. Apresentam-se com um ataque eficaz pelo ar, mas uma defesa permeável no mesmo capítulo. Também o SC Braga marca muito pelo ar e sofre da mesma forma; cerca de 35 por cento dos golos sofridos provêm de lances aéreos. Na mesma linha, os dragões fixam-se nos 30 por cento (três em 10), os leões nos 22 por cento (quatro em 18) e as águias, bem melhores neste parâmetro, nos 12 por cento (dois em 17).

 

Foto de Capa: SC Braga

Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

Diogo Pires Gonçalves
Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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