Gil Vicente FC 4-0 Riga FC: Alkmaar à vista

    A CRÓNICA: PASSEIO EM BARCELOS GARANTE PASSAGEM

    O Gil Vicente FC pretendia começar bem, mas os primeiros minutos trouxeram um Riga FC solto e à procura de fazer golo com Andrew a ir valendo aos gilistas o nulo no marcador. Rapidamente a formação da Letónia perdeu ímpeto e recuou muitos metros no campo. Com o acumular de ocasiões e a maior posse de bola, o conjunto gilista ia subindo no terreno e mostrando a sua superioridade

    Mais tarde, o auto-golo de Muzinga e o golaço de Kevin Villodres, numa belíssima jogada individual, colocaram o Gil Vicente FC muito mais confortável, não só na partida, como também na eliminatória. Perto do final da primeira parte, Muzinga volta a errar e oferece autenticamente o golo a Fran Navarro, que com grande classe aproveita para meter a bola no fundo das redes de Purins, ampliando a vantagem para três golos. O Gil Vicente foi para o intervalo com a eliminatória no bolso e de olhos postos na Holanda, onde vai defrontar o AZ Alkmaar na próxima fase de acesso à Conference League.

    Em notas à parte, além de Fran Navarro, dificilmente Juan Manuel Boselli, Kevin Villodres e Kanya Fujimoto não serão três dos destaques da nova temporada na Primeira Liga: o primeiro demonstrou qualidade em Tondela e voltou a ser destaque na segunda mão desta eliminatória, depois da boa entrada no duelo em Riga; o segundo voltou a merecer o voto de confiança de Ivo Vieira no onze inicial depois de ter defrontado o Paços de Ferreira para o campeonato; o terceiro, confirma as expectativas que lhe eram apontadas no início da época. O médio nipónico é a peça mais importante da equipa e voltou a demonstrá-lo esta noite. Foram os motores da boa exibição gilista na primeira parte, que basicamente garantiu a passagem à próxima fase.

     

    A FIGURA

    Kevin Villodres – Jogou 58 minutos porque o técnico Ivo Vieira começou a pensar na gestão para o campeonato, numa altura em que a passagem parecia, aparentemente, assegurada. Jogou e fez jogar os colegas, sendo sempre o mais irrequieto do ataque. Excelente jogo do extremo de 21 anos, que deixa muito boas indicações para o resto da temporada.

     

    O FORA DE JOGO

    Ngonda Muzinga – Costuma ser complicado escolher a figura em menor nível numa partida, mas este não será certamente o caso. Ngonda Muzinga fez o auto-golo que permitiu a primeira vantagem da noite aos gilistas, mas esse nem foi o pior erro da noite. Quando a sua já equipa perdia por 2-0, perto do fim da primeira parte, oferece o terceiro, que claramente sentenciou a partida. Como se não bastasse, com o jogo arrumado, faz penálti que dá o quarto para o Gil e o segundo de Fran Navarro. Jogo para esquecer do lateral congolês.

      

    ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

    O Gil Vicente FC não alterou muito a sua estrutura, mantendo a mesma base e mexendo apenas em duas peças no onze inicial. Kevin Villodres rendeu Mizuki Arai, um dos elementos mais apagados do jogo em Riga, enquanto Carraça substituiu Danilo Viegas no lado direito do corredor.

    No momento de construção, Ivo Vieira organizava o seu onze inicial em 4-4-3, variando sem bola e no momento de pressão ao adversário, alterando para 4-4-2, com Kanya Fujimoto a juntar-se a Fran Navarro na frente, com os extremos também a fazerem contenção aos laterais, que acabaram por vacilar no momento decisivo.

    A equipa gilista forçou o erro e partir do momento em que se encontrou me vantagem, não mais sentiu dificuldades. Grande jogo do Gil Vicente FC em toda a linha!

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    ANDREW (7)

    HENRIQUE GOMES (6)

    RÚBEN FERNANDES (6)

    LUCAS CUNHA (7)

    CARRAÇA (6)

    PEDRO TIBA (6)

    VÍTOR CARVALHO (6)

    KANYA FUJIMOTO (8)

    KEVIN VILLODRES (8)

    JUAN MANUEL BOSELLI (7)

    FRAN NAVARRO (8)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    BOUBACAR HANNE (7)

    DANILO VEIGA (6)

    MIZUKI ARAI (5)

    GIORGI ABURJANIA (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – RIGA FC

    A equipa do Riga não alterou peças em relação à primeira mão e apresentou o mesmo onze inicial, que levou também ao mesmo esquema tático, o 4-2-3-1.

    A equipa da Letónia entrou mais rematadora, mas foi sol de pouca dura. Com o tempo tornou-se mais compacta, fechada e na expectativa. Sentiu muitas dificuldades na pressão alta e os golos do Gil Vicente acabaram por crucificar e sentenciar o marcador. Os muitos erros individuais denotaram ainda mais a diferença entre as duas equipas.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    NILS PURINS (5)

    RAIVIS JURKOVSKIS (5)

    GUSTAVO DULANTO (6)

    DOUGLAS BERGQVIST (5)

    NGONDA MUZINGA (3)

    HRVOJE BABEC (6)

    DOUGLAS AURÉLIO (6)

    MIKAEL SOISALO (5)

    YURI VAKULKO (6)

    GABRIEL RAMOS DA PENHA (5)

    MARCELO TORRES (5)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    RANGEL (5)

    YURI KENDYSH (5)

    MOUHAMED EL BACHIR NGOM (5)

    PETERSONS (5)

    ANTONS RUGINS (-)

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    Gabriel Henriques Reis
    Gabriel Henriques Reishttp://www.bolanarede.pt
    Criado no Interior e a estudar Ciências da Comunicação, em Lisboa, no ISCSP. Desde cedo que o futebol foi a sua maior paixão, desde as distritais à elite do desporto-rei. Depois de uma tentativa inglória de ter sucesso com os pés, dentro das quatro linhas, ambiciona agora seguir a vertente de jornalista desportivo.