Leixões SC 2-0 FC Porto B: Portistas afogados pela maré leixonense

    A CRÓNICA: EFICÁCIA LEIXONENSE «ENGOLE» FC PORTO B NA LUTA PELA MANUTENÇÃO

    O FC Porto B foi ao terreno do Leixões SC e saiu afogado pela maré do primeiro tempo, comprometendo de forma crucial as contas da manutenção, com uma derrota por 2-0 em Matosinhos.

    A urgir de «braçadas» fortes na luta pela permanência da Segunda Liga, os azuis entraram na partida pensativos, pacientes, ofensivos, porém, muito previsíveis. A equipa comandada por António Folha revelou poucos recursos para desequilibrar as linhas (sempre) bem alinhadas da turma da casa e rapidamente sofreu as consequências.

    Dito isto, apesar do ímpeto inicial dos dragões e das primeiras oportunidades criadas por Rodrigo Conceição a partir da asa direita do terreno, foi o Leixões a abrir o marcador através de um cruzamento perfeito de André, que culminou numa receção sublime de Kiki, e num golo de belo efeito.

    A resposta dos forasteiros foi apática e sem qualquer sinal de perigo, ao passo que, esta apatia foi novamente aproveitada por parte do Leixões SC. Ao minuto 34, Nenê teve tempo para tudo e atirou uma autêntica bala para a baliza de Ricardo Silva. Ampliado o marcador, o técnico dos portistas mexeu e colocou a lenha toda no assador: Igor Cássio e Gonçalo Borges entraram para o lugar de N’Diaye e Rodrigo Pinheiro ainda antes do intervalo, e a resposta foi afirmativa, com a equipa B dos dragões a revelar-se mais vertiginosa e mais pressionante na primeira fase de construção do oponente.

    À saída dos balneários, o Leixões – confiante com o desenrolar dos acontecimentos – entrou melhor, contudo, os primeiros sustos partiram do FC Porto B. Primeiro, a partir da cabeça de Namaso, que tirou tinta aos ferros da baliza guardada por Tiago Silva, e depois, através de Gonçalo Borges, num grande remate fora de área, que resultou numa defesa ainda melhor do guardião do Leixões SC. Esta exibição de Tiago Silva manteve-se perfeita, e apesar das aparições intermitentes dos homens do ataque portista, o guarda-redes do Leixões SC susteve o resultado, e não deu oportunidade para os azuis «sonharem» com o empate.

    Com esta derrota, os jovens “dragões” continuam a respirar (muito) mal na Segunda Liga, posicionando-se na penúltima posição do campeonato.

     

    A FIGURA

    Preparação de José Mota – Consciente da necessidade pontos dos dragões, José Mota não teve receio de oferecer a iniciativa ao adversário para posteriormente explorar o contra ataque. O técnico luso foi sagaz e conseguiu, desta forma, explorar da melhor maneira as debilidades dos dragões.

    O FORA DE JOGO
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Desorganização portista – Apesar de a linha defensiva estar (quase) sempre segura, com Carraça, João Marcelo e Sarr a comporem a linha a três dos dragões, a turma de António Folha não teve a reação à perda desejada e sofreu com isso, invariavelmente. O meio campo – muito desorganizado e anárquico – foi constantemente apanhado desprevenido e acabou por sentenciar a derrota.

     

    ANÁLISE TÁTICA – LEIXÕES SC

    A equipa orientada por José Mota alinhou num 4-3-3, que variava para um 4-4-2, aquando da organização defensiva. Ofensivamente, a turma da casa procurou oferecer a iniciativa aos dragões, para posteriormente explorar a transição ofensiva, que por inúmeras vezes deixou a equipa forasteira em ‘apuros’. Durante todo jogo a toada foi a mesma, com os leixonenses a explorarem de forma perfeita o erro e o vazio no meio campo portista. Em principal evidência no momento da transição esteve Kiki, que provocou “n” dores de cabeça a Carraça e Rodrigo Conceição.

    11 INICIAL E  PONTUAÇÕES

    Tiago Silva (9)

    Edu Machado (6)

    Pedro Pinto (6)

    Brendon (6)

    Seck (6)

    Bruno Monteiro (6)

    Rodrigo (6)

    Cristophe (5)

    Kiki (8)

    Nenê (7)

    André (7)

    SUBS UTILIZADOS

    Avto (6)

    Jefferson Encada (5)

    Belkeir (-)

    Morim (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO B

    A equipa comandada por António Folha alinhou no «clássico» 3-5-2 desde que o técnico assumiu o comando da equipa. Com muitas fragilidades defensivas, os dragões revelaram-se muito pouco ativos na reação à perda, e permitiram muitos contra ataques à equipa de Matosinhos, que não facilitou nas poucas oportunidades à “mercê”. Do ponto de vista ofensivo, a equipa dos dragões explorou os corredores, com vista a criar o desequilíbrio no 1vs1, sendo que, com a entrada de Borges, tal nuance acentuou-se.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Silva (5)

    Malang Sarr (6)

    João Marcelo (6)

    Carraça (5)

    Rodrigo Pinheiro (5)

    Rodrigo Conceição (5)

    Mor N’Diaye (4)

    Bernardo Folha (6)

    Namaso (5)

    Rafael Pereira (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Gonçalo Borges (7)

    Igor Cássio (5)

    Johan Gómez (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Leixões SC

    BnR: Boa tarde, mister. Foi consciente da urgência de pontos do FC Porto B que ofereceu a iniciativa ao adversário para posteriormente explorar as transições?

    José Mota: O futebol é um jogo de movimentos e nós precisamos de distinguir os momentos, a qualidade e as características dos jogadores que temos. A minha ideia tem que saber os jogadores que disponho. Eu tenho que potencializar aquilo que eu tenho, e isto é o mais importante.

     

    FC Porto B

    BnR: Boa tarde, mister, gostaria de lhe perguntar sobre a substituição de Mor N’Diaye ainda antes do intervalo. A equipa já vinha sofrendo alguns contra ataques, e acaba por tirar o «tampão» do meio campo, gostaria de perceber qual o objetivo com a troca.

    António Folha: A equipa naquele momento precisava de marcar golo. Estávamos a perder por 2-0, e nós jogávamos numa linha de três e o Mor era mais um naquele meio e de características, como disse e muito bem, mais defensivas e eu ali, a perder por 2-0 coloquei mais um homem para marcar golos, porque era o que nos interessava.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.