Liga 3 | Mais qualidade, mesmos desequilíbrios

    Começou no dia 13 de agosto a nova competição da Federação Portuguesa de Futebol (FPF): a Liga 3. Com apenas uma jornada completada, é ainda muito cedo para se declarar o sucesso da introdução da nova competição, mas nem por isso nos temos de abster de expetativas e de avaliar as suas vantagens e desvantagens para o Futebol nacional.

    Até aqui, abaixo da Segunda Liga, apenas havia o Campeonato de Portugal que, apesar de ter jogadores de qualidade e algumas equipas com projetos interessantes, ficava sempre aquém na qualidade geral enquanto prova, quer pelas desigualdades das equipas, quer pelas desistências e problemas financeiros que atormentavam a maioria dos participantes.

    No entanto a Federação prometeu que este problema seria solucionado com a introdução da Liga 3, que irá ter regras específicas de apoio à formação, como a obrigatoriedade de inscrição de 13 jogadores formados localmente, e também o escrutínio às contas dos clubes, para se saberem os detentores do capital social e da existência de alguma dívida.

    Todas estas decisões da Federação dão algum interesse, mas não asseguram a qualidade da competição, pois, a bem da verdade, é isso que interessa a um adepto. A Liga 3, ao ter os melhores clubes da época passada do Campeonato de Portugal, já ganha a partir daí uma maior atenção, pois essas equipas terão agora subido de patamar e terão de jogar ainda melhor para se manterem ali, ou então até subirem à Segunda Liga.

    É aqui que vamos à maior vantagem da criação da nova competição: o aumento de qualidade. O Campeonato de Portugal pode ter equipas de qualidade, mas sejamos sinceros: competir todas as semanas contra equipas muitos “furos” abaixo não traz emoção, e ter vários anos equipas a fazerem “passeios” na competição não atrai ninguém.

    A Liga 3 promete ser diferente, ou assim espero, pois já teremos um nível de equipas superior e a grande maioria delas profissionais, o que se espera que seja sinónimo de qualidade. Já para não falar que a separação em apenas duas séries sempre é um formato mais fácil de compreender e acompanhar do que o do Campeonato de Portugal, fazendo com que as equipas se defrontem de uma maneira mais interessante.

    Na Liga 3 temos as melhores equipas da época passada que estavam no Campeonato de Portugal e não conseguiram subir à Segunda Liga, e este é um outro ponto fundamental para perceber a importância da nova competição: as equipas deixam de estar estagnadas na mesma divisão.

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    João Maravilha
    João Maravilhahttp://www.bolanarede.pt
    Pós graduado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, é no desporto que possui um dos maiores amores, com especial atenção ao futebol. Ávido adepto da Primeira Liga nacional, mas é na Premier League que encontra o futebol que mais ama e assiste.Tem como grande objetivo singrar no mundo do jornalismo desportivo.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.