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O SL Benfica e o FC Porto foram os nossos grandes representantes. Os encarnados passaram duas pré-eliminatórias antes de chegar à fase de grupos da Liga dos Campeões, provando o seu estatuto de favorito: fizeram cair o PAOK de Salónica (novo campeão Grego) e o Fenerbahçe SK.

Na fase de grupos, o SL Benfica fez um trajeto “normal” na era Rui Vitória. Salvo raras exceções (no reinado de Rui Vitória, o SL Benfica venceu, por exemplo, no antigo Vicente Calderón), o SL Benfica vencia os jogos europeus em que era favorito sem deslumbrar e perdia, sem grandes chances, contra os “tubarões”, raramente sacando um dia histórico. Teve dois duelos “rasgadinhos” com o AFC Ajax, mas acabou por ficar atrás, foi banalizado pelo FC Bayern Munique e venceu os dois duelos com o AEK Atenas. Ficou em terceiro e caiu para a Liga Europa, onde, automaticamente, se tornou candidato à conquista do título Europeu.

Já com Bruno Lage, a rotação do técnico criou a ideia de desvalorização da competição (o que é estranhíssimo, já que é o próprio presidente que tem o sonho de títulos europeus), mas a verdade é que, sem deslumbrar, eliminou o Galatasaray SK e o GNK Dinamo Zagreb. Quando saiu o Eintracht Frankfurt FAG no sorteio dos quartos de final, ficou imediatamente a ideia de que, se o SL Benfica e Lage mantivessem a mesma postura das eliminatórias anteriores, os alemães iriam passar. Os encarnados ainda tiveram a “sorte” de jogar a primeira eliminatória com mais um praticamente o jogo inteiro, mas acabaram por cair na Alemanha, com naturalidade.

O FC Porto não se amedrontou perante o vice-campeão Europeu
Fonte: FC Porto

O FC Porto, de Sérgio Conceição, foi realmente quem mais mostrou serviço, vincando a sua força europeia e conquistando o seu espaço entre as oito melhores equipas da Liga dos Campeões. Com um discurso completamente diferente de Rui Vitória e Bruno Lage, Conceição incentivou sempre a um brilharete europeu e caiu com honra perante o Liverpool FC nos quartos de final, acreditando sempre na passagem.

Venceu o seu grupo, afastou a AS Roma (que quase chegou à final na época anterior) nos oitavos e perdeu 2-0 em Inglaterra contra os reds, ficando um amargo de boca por não ter marcado fora. Apesar do resultado negativo, no Dragão, os portistas tiveram uma primeira parte de luxo, colocando os vice-campeões europeus em sentido, mas a eficácia ditou o destino final: a eliminação.

Foi mais uma participação sem grandes destaques e semelhante aos últimos anos. Infelizmente, continuamos a ver equipas a esfalfarem-se por uma qualificação europeia, para depois se apresentarem com pouco brilho nas pré-eliminatórias, deitando tudo por terra (Rio Ave FC e SC Braga).

O SL Benfica, que, nos últimos anos, raramente tem passado a fase de grupos da Liga dos Campeões, caiu na Liga Europa, a rodar a equipa, pensando mais na Liga Portuguesa (até o próprio discurso do treinador retira ambição aos adeptos, que se nota pelas assistências e motivação dos jogadores, p que resultou em exibições cinzentas na Europa).

O Sporting CP levou a Liga Europa mais a sério, mas acabou eliminado por pormenores. E o FC Porto, que tentou fazer um brilharete (o AFC Ajax prova que dá para romper o favoritismo dos “tubarões na Europa e lutar pelo título nacional), acabou traído pela eficácia contra o todo poderoso Liverpool FC.

Vamos ver o que virá na próxima época, e se o discurso muda um pouco. Sobretudo no caso do Benfica de Lage, o discurso e postura foram um tanto ou pouco dececionantes. Um clube que pretende recuperar o estatuto europeu do passado, não levar a Liga Europa com a máxima ambição e responsabilidade, não faz sentido algum. Por incrível que pareça, o Eintracht Frankfurt, que luta pela qualificação para a Liga dos Campeões, com menos estatuto e experiência, assumiu mais vontade e responsabilidade em passar e vencer a Liga Europa do que o próprio SL Benfica.

Tirando o caso do FC Porto, fica a sensação que todos os restantes representantes poderiam ter feito um pouco mais.

 

Foto de Capa: UEFA

Ruben Brêa Marques
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O Rúben é um verdadeiro apaixonado pelo futebol, sem preferência clubística. Adepto do futebol, admira qualquer estratégia ou modelo de jogo. Seja o tiki taka ou o catenaccio, importante é desfrutar e descodificar os momentos do jogo e as ideias dos técnicos. Para ele, futebol é paixão, trabalho, competência, luta, talento, eficácia, etc. Tudo é possível, não existem justos vencedores ou injustos perdedores, e é isto que torna o futebol um desporto tão bonito.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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