O Aves voa longe dos objetivos

    Na época corrente, o CD Aves, no seu terceiro ano consecutivo a disputar a Primeira Liga portuguesa, usufruiu de um dos defesos mais ativos do campeonato, devido à perda das grandes referências do clube, com um total de 17 contratações. É dado principal destaque para o internacional egípcio Mahmoud Kahraba e o medio francês Enzo Zidane, filho da lenda com que partilha o sobrenome.

    As intenções deste conjunto passavam por ter uma época sem grandes surpresas e, consequentemente, conseguir a manutenção sem grandes sobressaltos. Superar o 14º lugar obtido na última edição é a meta traçada pela direção e equipa técnica para a presente temporada.

    Para Augusto Inácio e os seus pupilos a época começara com uma forte machadada nas suas aspirações após ser eliminado aos pés do Gil Vicente FC na segunda fase da Taça da Liga. Esta derrota ditou o afastamento, precipitado, desta equipa da fase de grupos da competição. Uma crise de resultados avizinhava-se para os nortenhos, um futebol sem identidade, acompanhado pelo ataque dinâmico e competente a juntar-se a uma defesa frágil e desorganizada tornava-se fácil para os adversários furarem as linhas e criarem perigo perto das redes. Esta equação tornara-se trágica poucos meses depois.

    Num triste verão pela Vila das Aves, deu-se um sinal de vida por parte desta formação, a vitória expressiva frente ao CS Marítimo juntamente com um domínio em todas as alturas do jogo deu esperança aos adeptos e fôlego para o seu treinador que já era contestado nas bancadas do Estádio do Clube das Aves.

    Este triunfo e a expectativa de uma época revigorada rapidamente se desvaneceram do coração dos adeptos, derrota após derrota a contestação aumentava e as fracas prestações continuavam. Nesta série de maus resultados, o ciclo de Augusto Inácio, como treinador do Desportivo das Aves, chegou ao fim após a pesada derrota e consequente afastamento da Taça de Portugal por parte do Farense. O treinador colocou o lugar à disposição e deixaria a equipa como última classificada da liga, com apenas 3 pontos – uma única vitoria em 8 jornadas – e afastado das taças.

    Leandro Pires foi o homem que se seguiu, antigo treinador da equipa sub-23, foi a solução interina que a direção encontrou dadas as escassas opções que pairavam no mercado. Prometeu alterar o sistema tático e mudar o trágico destino que tem sido traçado desde os inícios da temporada. Seguiram-se três jornadas e a sina continuou. Dez jogos consecutivos a perder é uma marca, sem precedentes, deixada pelo Aves.

    Fonte: CD Aves

    Depois de longas semanas a tratar do dossiê do treinador, foi encontrado o sucessor para o lugar vazio desde 21 de outubro. Nuno Manta, que iniciou a época no CS Marítimo, rubricou contrato até 2021. Ao dar início a este projeto, ainda sem jogos realizados, assume o compromisso de dar uma vida nova ao grupo, relançar a época e naturalmente sair do fundo da tabela como desde cedo foi definido como destino para esta cruzada. O técnico apoia-se no ataque finalizador da equipa, nos últimos treze jogos apenas falharam o golo por três ocasiões. Porém, a defesa necessita de ser trabalhada de modo a acompanhar os homens da frente e equilibrar todas as fases do jogo.

    Recomeçar a época e não desistir tão prematuramente é o mote para o resto da temporada avense. Sair do fundo da tabela é a prioridade. Em Santo Tirso continua-se a apoiar a equipa tendo a certeza de que o campeonato ainda está numa fase em que faltam muitos pontos para disputar.

     

    Foto de capa: CD Aves

    Artigo revisto por Diogo Teixeira

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    Ricardo Rafael Silva
    Ricardo Rafael Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo Rafael é um jovem estudante de ciências da comunicação e adepto do FC Porto. Olha para o futebol sempre com ar crítico e procura ver o melhor do desporto.