Um por todos e todos por um: A máquina do Vitória SC

Os Três Mosqueteiros” são conhecidos pela sua união, lealdade e pelo seu lema “Um por todos e todos por um”. O trio de meio-campo do Vitória SC, Tomás Handel, Tiago Silva e Samu parece encarnar essa máxima, seja pela solidez defensiva de Tomás Handel (não é por acaso que já foi cogitado à Seleção Nacional), seja pela maestria e qualidade no passe de Tiago Silva, seja pelo apoio de Samu no ataque e na pressão à defesa adversária.

E a prova disso foi a última partida para a Taça de Portugal, frente ao histórico, FC Paços de Ferreira, onde Rui Borges na antevisão, afirmou que as oportunidades aparecem em qualquer jogo não tendo de abdicar da equipa base, independentemente da competição, e para a prova rainha não foi exceção. O técnico disse e cumpriu, tendo só feito duas alterações em relação ao último jogo, frente ao Boavista para a Primeira Liga: Charles Silva no lugar do habitual Bruno Varela, e Nuno Santos rendeu a Gustavo Silva, indisponível por lesão.

Uma vez mantido o trio do meio-campo, pelo terceiro jogo consecutivo, o jogo começou e o miolo vimaranense entrou logo em ação: uma bela jogada ensaiada entre Bruno Gaspar e Samu, e este, cheio de classe, devolve o esférico de calcanhar para o lateral que inaugura o marcador, isto apenas ao terceiro minuto. Os conquistadores entraram com tudo e de facto dominaram boa parte do primeiro tempo.

O Paços sempre que tentava uma transição ofensiva, era imediatamente anulado, fosse pela dupla de centrais Villanueva-Borevkovic, fosse pelo intransponível Tomás Handel. Foi possível ver um Tiago Silva a esticar a profundidade pelos corredores de Nuno Santos e Kaio César e um Samu presente em todo o campo, a apoiar em certas ocasiões a defensiva minhota e mais constantemente a apoiar na pressão face à defensiva pacense, entregando também boas triangulações com os homens da frente. A verdade é que os castores conseguiram fazer o castelo tremer, após Lumungo, cara conhecida pelos lados de Guimarães, encontrar Ivan Pavlic, que dentro de área desviou o esférico para Rui Fonte que acabaria por levar o jogo empatado para intervalo.

Acontece que a segunda parte começou da mesma forma que a primeira: com um golo da equipa forasteira e mais uma vez o seu meio-campo voltou a atacar: quinto minuto após o regresso dos balneários e Samu, num livre lateral, inspirou-se e conseguiu enfiar a bola dentro da baliza adversária, parecendo ter apanhado o guarda-redes desprevenido.

A turma de Ricardo Silva tinha de reagir, e de facto as tropas amarelas e verdes começaram a invadir a área do Vitória SC com mais frequência e foi que aí que o maior desafio de Rui Borges começou: a gestão dos seus jogadores dada a intensificação do jogo com a Liga Conferência à vista. Sem abdicar do meio-campo, foi possível ver a entreajuda entre os três: onde um não estava, o outro já lá estava. A cada avanço da equipa da casa, foi possível ver uma cumplicidade entre os médios, tanto na ocupação dos espaços, como nas recuperações de bola e de facto fizeram jus ao lema dos mosqueteiros.

O resultado foi-se mantendo, Samu saiu aos 82’ e Tiago Silva saiu aos 90’, mas depois de tanta luta por parte do Paços, foi mesmo o Vitória SC quem conseguiu marcar! João Mendes, o número 17, não o número 13, que tinha entrado precisamente para o lugar de Samu, com um remate fora de área, conseguiu selar a conquista da passagem para a fase seguinte da Taça de Portugal. Os comandados de Rui Borges mostraram resiliência e inteligência tática, especialmente o meio-campo, que demonstrou ser um pilar da equipa e uma das principais armas para os jogos que aí vêm, começando pela ida a Estocolmo na próxima quinta-feira, para o embate contra o Djurgården para a Liga Conferência.

Artigo redigido por Rodrigo Martins

Redação BnR
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