O avançado brasileiro dos Guerreiros do Minho, Dyego Sousa, tem sido uma das figuras da época no futebol português. Com 19 golos no total da época e 14 no Campeonato, é o homem golo dos arsenalistas e tem sido apontado com uma peça fulcral da boa campanha do SC Braga nesta temporada desportiva.
Também por isso, sente-se no clube algum orgulho no desenvolvimento do atleta e em ter um jogador a lutar pelo título de melhor marcador da Liga. Assim, foi recusada a sua venda no mercado de inverno, apesar de haver vários interessados e disponíveis para pagar um preço justo e muito benéfico para os minhotos.
No entanto, nem tudo são rosas. Esta maior preponderância de Dyego Sousa fez a equipa mudar o seu estilo de jogo, que é hoje mais direto e vocacionado em colocar a bola na área para o avançado marcar, quando comparado com o da época transata, muito mais envolvente de toda a equipa e atrativo de ver.
É claro que estas alterações não são exclusivamente por culpa do avançado brasileiro, já que foi preciso também reconstruir o miolo do terreno perante as saídas de André Horta, Danilo e Vukcevic. Ainda assim, a forma como tal foi feito também denota essa alteração tática, com o exemplo mais gritante a ser a preferência por Claudemir face a um Palhinha claramente superior no nível técnico, mas menos focado na baliza. No Braga de 2017/2018, Palhinha encaixaria na perfeição, mas no deste ano tem sido mero substituto de ocasião.
Caso semelhante acontece com João Novais, um jogador que claramente merece mais tempo de jogo, mas que só o tem encontrado para jogar na ala, em lugar de um apagado Ricardo Horta, de forma a dar maior verticalidade ao jogo bracarense.
De qualquer modo, o centro destas mudanças é a frente de ataque. O objetivo de uma equipa de futebol é marcar golos e, por isso, não raras vezes é construída de forma a servir da melhor maneira os avançados escolhidos. Ora, se no ano passado, o Braga entusiasmava com Hassan ou Paulinho, que criavam oportunidades e espaços para a equipa, comandando o conjunto que melhor futebol praticava em solo nacional, este ano só entusiasma mesmo o número de golos de Dyego, mas a custo de toda a restante equipa.