E se o jogo acabasse aos 45 minutos? E se os resultados pontuassem ao intervalo? Num exercício meramente experimental, e consultando todos os resultados ao intervalo da primeira volta, a tabela sofreria algumas alterações, bem como os títulos de equipa mais concretizadora e menos permeável.
Neste universo experimental ou paralelo, os dragões seriam líderes isolados, seguidos pelas águias e leões. Dos 51 pontos disputados, os azuis e brancos teriam arrecadado 37, contra os 32 dos campeões nacionais e os 29 do Sporting CP.
Logo atrás surgiriam SC Braga com 26, Rio Ave FC e Vitória SC com 22, e só depois o FC Famalicão, a surpresa do campeonato, com 20 pontos. Também com exatamente duas dezenas de pontos estariam CS Marítimo, CD Tondela e CD Aves, o atual lanterna vermelha!
Bem perto, seguir-se-iam Belenenses SAD com 19 pontos, Boavista FC e Portimonense SC com 18 e Vitória FC, CD Santa Clara e Gil Vicente FC com 17. A equipa com menor pontuação ao cabo dos primeiros 45 minutos e, por isso, no último posto, seria o FC Paços de Ferreira com 16.
Muitas alterações seriam feitas, desde logo no topo e fundo da tabela. Dragões e águias teriam posições inversas, enquanto o CD Aves daria um salto significativo na classificação. Destaque ainda para o FC Paços de Ferreira, a única equipa com os mesmos pontos ao intervalo e no final da partida, aqueles que se verificam na tabela real no fim da primeira volta.
As equipas com maior disparidade pontual seriam os atuais campeões nacionais e o CD Aves. No caso do SL Benfica, falamos de uma diferença pontual acima da dezena (16, para ser exato). Conclui-se, portanto, que as águias têm tendência para correr mais atrás do prejuízo ou para concretizar melhor nas fases finais dos seus jogos.
Ao contrário, o CD Aves tende a quebrar e a perder as vantagens – ou nulos – que consegue ao intervalo. Só assim se explica uma diferença de 11 pontos. Mas nem só de pontos se costura um campeonato. O mais importante, os golos e as defesas, são a base da pontuação geral.
No capítulo da concretização e da permeabilidade, é curioso perceber as equipas que apontam a maioria dos seus golos em diferentes momentos do jogo. Apenas 12 dos 42 golos encarnados foram apontados na primeira parte; é de esperar, por isso, um SL Benfica mais concretizador na etapa complementar.
A equipa com maior número de golos marcados ao intervalo mora no Dragão; são 19 tiros certeiros em “17 primeiras partes”. Logo de seguida surge o Sporting CP, com 15 dos 28 golos apontados no primeiro tempo – mais de metade da produção ofensiva. No extremo oposto estão Vitória FC e FC Paços de Ferreira com três e quatro golos, respetivamente, apontados na primeira parte.
A turma menos batida ao intervalo é a de Bruno Lage, com quatro golos permitidos, e a mais permeável continua a ser a da Vila das Aves, com 14 golos sofridos.
Foto de Capa: Liga Portugal
Artigo revisto por Joana Mendes