FC Famalicão 2-1 CS Marítimo: Reviravolta valeu na Vila

    A CRÓNICA: FAMALICÃO E O GOSTO EM SOFRER PARA VENCER

    Num final de tarde nada caloroso no Estádio Municipal de Famalicão, previa-se um jogo que aquecesse e o início do encontro transpareceu isso mesmo. Frente ao CS Marítimo, foi o Famalicão que abriu a caixa das oportunidades de golo logo nos primeiros dois minutos, com dois remates que tiveram direito a defesa de Amir. E não ficou por aí, aos três minutos do encontro, após um grande passe de Ruben Lameiras, o Famalicão teve uma oportunidade flagrante para abrir o marcador, não fosse uma intervenção excecional da defesa maritimista.

    Depois de uns primeiros minutos de um jogo de sentido único a pender para os famalicenses, foi o Marítimo, aos 12 minutos e à primeira oportunidade, que abriu o marcador. Depois de um pontapé livre, Joel Tagueu subiu ao segundo andar e cabeceou para o golo da equipa de Lito Vidigal. Pouco mais se pode dizer deste golo a não ser eficácia.

    O jogo continuou, mas desta vez de forma mais equilibrada e um pouco que a pender de forma vertiginosa para o Famalicão. Na sequência de um canto, e depois de dois consecutivos, à semelhança de Joel Tagueu no golo do Marítimo, foi Babic que conseguiu concretizar para o Famalicão e, aos 28 minutos da primeira parte, o marcador ditava um empate a 1-1. E não ficou por aqui. Logo no minuto seguinte, o Famalicão deu mesmo a volta ao resultado, após um pontapé livre convertido por Fernando, onde a bola acabou por sofrer um desvio de Claudio Winck e entrou na bola de Amir.

    O Famalicão continuou a pressionar e a mostrar a vontade em deixar os três pontos em casa e, a três minutos do final da primeira parte, Ruben Lameiras teve nos pés uma oportunidade notória para aumentar a vantagem dos famalicenses e, isolado frente a Amir, o guarda-redes maritimista acabou a adivinhar o lado para o qual a bola ia pender e impediu o golo.

    Depois do recolher aos balneários no intervalo, o jogo recomeçou da mesma forma que a primeira parte demonstrou. A equipa de João Pedro Sousa continuou por cima do jogo, com as oportunidades mais flagrantes de golo. Ao intervalo, Lito Vidigal decidiu retirar do encontro os dois jogadores que já estavam condicionados por amarelos, Bambock e Correa, e fez entrar outros dois jogadores, René e Tamuzo, com vista em mudar o resultado, mas poucas diferenças existiram.

    Os minutos passaram, a pressão e a vantagem do Famalicão mantiveram-se, apesar das alterações feitas em ambas as equipas, mas o resultado continuou o mesmo. No duelo das balizas, Vaná pouco trabalho teve ao longo do encontro, comparando com a exibição de Amir, do lado da equipa da Madeira.

    Ao chegar ao final do encontro, a pressão aumentou para ambos os lados. Com o nervosismo à flor da pele, os erros começaram a tomar lugar na partida, mas o Famalicão acabou por levar a avante a vitória por 2-1 e conquistou os três pontos, em casa, frente ao Marítimo.

     

    A FIGURA

    Babic – Os defesas centrais do FC Famalicão estiveram em evidência no encontro. A primeira nota vai para a estreia e consistência de Diogo Queirós a titular na equipa famalicense, mas a nota maior vai para Babic. O central sérvio da equipa de João Pedro Sousa foi uma pedra basilar da equipa durante o jogo. Para além da estreia a marcar, foi um central super consistente e efetuou muitos dos cortes fulcrais no encontro.

     

    O FORA DE JOGO

    Estratégia defensiva do CS Marítimo A defesa do Marítimo, neste encontro, deixou a desejar. Falamos de uma defesa já experiente, mas que cometeu bastantes erros. Nas transições ofensivas do Famalicão, eram deixados grandes espaços abertos para a construção de jogo da equipa famalicense que, por muitas vezes, parecia descompensada. Inúmeras foram as vezes que, por exemplo, Joel Tagueu teve de ajudar os colegas da defesa, pois não conseguiram fazer qualquer tipo de corte ou travar qualquer jogada.

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC FAMALICÃO

    João Pedro Sousa levou um 4-4-2 ao encontro frente ao Marítimo. A baliza defendida por Vaná Alves teve o apoio de uma linha de defesa composta por Edwin Herrera e Iván Jaime nas alas e Babic e Diogo Queirós no centro. O meio-campo foi assegurado por Gustavo Assunção e Joaquín Pereyra, com o apoio de Lameiras e Fernando. Os homens da frente foram Dyego Sousa e Gil Dias.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Vaná Alves (6)

    Edwin Herrera (6)

    Babic (8)

    Diogo Queirós (7)

    Iván Jaime (7)

    Ruben Lameiras (7)

    Joaquín Pereyra (7)

    Gustavo Assunção (6)

    Fernando (7)

    Gil Dias (6)

    Dyego Sousa (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Bruno Jordão (6)

    Jonatha Robert (6)

    Trotta (6)

    Lukovic (6)

    Henrique Trevisan (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CS MARÍTIMO

    Lito Vidigal optou por um 4-4-2, à semelhança da equipa da casa. Zainadine, Lucas Áfrico, Cláudio Winck e Fábio China foram os defesas com que Abedzadeh contou para manter a baliza inviolável. Bambock, Jean Irmer seguraram o meio-campo, com Correa e Pelágio na ajuda, para servir Rodrigo Pinho e Joel Tagueu.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Amir Abedzadeh (5)

    Cláudio Winck (5)

    Zainadine (6)

    Lucas Áfrico (6)

    Fábio China (6)

    Pedro Pelágio (5)

    Bambock (5)

    Jean Irmer (6)

    Correa (5)

    Rodrigo Pinho (6)

    Joel Tagueu (7)

    SUBS UTILIZADOS

    René Santos (6)

    Tamuzo (6)

    Milson (6)

    Cléber (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    CS Marítimo

    BnR: Fez entrar Cléber já muito perto do final do encontro. O que pretendia com esta alteração?

    Lito Vidigal: Como já foi dito, tivemos por cima na segunda parte. Controlámos o jogo e o adversário. A entrada de Jean Cléber foi mais no sentido da qualidade do último passe e de concretização. Foi mais nesse sentido.

    FC Famalicão

    BnR: Foram fulcrais as exibições do estreante Diogo Queirós e de Babic para a construção do jogo e da vitória. Quão importantes e influentes foram os defesas centrais no encontro de hoje?

    João Pedro Sousa: Não vou ser injusto ao elogiar só os defesas centrais. Ele estiveram bem porque toda a equipa esteve bem Estivemos bem posicionados, demos um ritmo diferente ao jogo e sabemos porquê. O jogo com fluidez, saiu melhor. Encontrámos os caminhos que queríamos e, de facto os centrais estiveram muito bem, mas, os colegas de equipa, a começar no Vaná a acabar do Dyego e nos colegas que entraram, estiveram todos muito bem.

     

    Rescaldo com opinião de Andreia Araújo e João Filipe Brandão

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