Gil Vicente FC 1-5 Moreirense FC: Golear fora tem outro encanto

    A CRÓNICA: DEPRESSA E BEM HÁ POUCO QUEM

    Num jogo entre equipas que competem pela manutenção e que lutam com unhas e dentes por todos os pontos, o Gil Vicente FC aparecia como favorito, tendo mais quatro pontos que o rival e jogando na sua fortaleza, onde ainda não tinha perdido nesta época.

    Num jogo que se adivinhava aguerrido, o Moreirense FC começou melhor, marcando logo aos 5 minutos, aproveitando a passividade da defesa do Gil, que ainda não tinha entrado no jogo e já Filipe Soares punha os axadrezados na frente. Aos 15 minutos, o Gil já acordava e equilibrava o jogo, pondo os de Moreira de Cónegos em sentido com sucessivos lances do goleador da equipa Sandro Lima e do lutador Lourency.

    O Moreirense, mais na expectativa, apostava no contra-ataque e no erro do adversário: assim, aos 20 minutos, num lançamento lateral e após sucessivos erros e desconcentrações da defesa gilista, o Moreirense fez o 2-0, por intermédio de Gabriel Souza. A resposta do Gil foi boa, com excelentes combinações ofensivas e com uma boa oportunidade para Lourency aos 27.

    Os de Barcelos continuaram a tentar encostar o Moreirense às cordas mas foram sempre muito precipitados, acusando o desgaste psicológico dos dois golos sofridos. Logo a abrir a segunda parte, mais uma oportunidade para o Moreirense. Os galos davam sinais claros de desatenção aos primeiros minutos e o terceiro golo do Moreirense surge aos 52’, do pé de Fábio Abreu, fruto de mais um erro defensivo.

    O Gil foi acertando o passo e aos 62’ estava por cima, a tentar acreditar num golo que desse esperança, quer através de cruzamentos tensos para a área quer através da meia-distância. Acabou por ser Filipe Soares a marcar o 4º golo do Moreirense FC, num contra-ataque. O Gil desmotivou e gerou-se o efeito bola-de-neve, com um golaço de Pedro Nuno aos 76’, com uma chapelada de se tirar o chapéu. Aos 81’, um golo do recém-entrado Lino acordou o estádio e os jogadores de Barcelos. O público bem empurrou a equipa para a baliza adversária mas o resultado acabou por não se alterar.

    Foi um jogo com uma história simples de contar: o que faz a diferença são as bolas que entram e os erros pagam-se muito caro. O Gil teve mais posse de bola, mais iniciativa. O problema? A estatística não ganha jogos. Os barcelenses fizeram 5 remates e 1 golo. O Moreirense fez 6 e marcou 5. O outro problema?

    A defesa gilista parecia queijo suíço. O único sítio sem buracos foi a lateral-direita, onde Fernando Fonseca fez de tudo para sair do estádio com um resultado diferente. O Moreirense foi manifestamente superior e mereceu a vitória; todos sabemos que hoje em dia o futebol é sobre quem erra mais e quem sabe aproveitar. O Moreirense aproveitou os brindes e dá um passo importante na luta pela manutenção.

    A FIGURA

    Fonte: Moreirense FC

    Bilel – Um diabo à solta em Barcelos. Fez “gato-sapato” da defesa do Gil Vicente, espalhou magia pelo relvado e esteve em todas, entre assistências e passes a rasgar, dribles e pormenores. Só lhe faltou o golo. E bem que o procurou.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Baraye – Há jogos para esquecer e este foi um deles. Pouco tocou na bola e quando tocou, perdeu-a. O Gil não soube atacar e enquanto Baraye esteve em campo, atacou com um a menos. A sua displicência a defender fez com que Henrique Gomes saísse deste jogo esgotado e derrotado. Saiu, naturalmente, ao intervalo, sem fazer nada digno de registo. Melhores dias virão.

     

    ANÁLISE TÁTICA – GIL VICENTE FC

    O Gil Vicente FC entrou em campo no habitual 4-3-3, com Kraev a chegar-se sempre à área, acompanhando o ponta-de-lança, Sandro Lima. Faltou furar a defesa do Moreirense. A defesa do Gil foi incapaz de conter o ímpeto dos de Moreira e foi sobretudo leviana e displicente, tal como o meio-campo “às aranhas”, ao qual Soares tentava desesperadamente dar um rumo. Fernando Fonseca fica como o incansável lutador a que já nos habituou e, apesar da falha no segundo golo do adversário, acreditou até ao fim. Com as alterações, o Gil ganhou uma nova face. Tivesse jogado como nos últimos 10 minutos e o jogo seria completamente diferente.

     

    ONZES INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Denis (4)

    Fernando Fonseca (6)

    Rodrigão (3)

    Rúben Fernandes (3)

    Henrique Gomes (2)

    Soares (6)

    Claude Gonçalves (4)

    Kraev (4)

    Baraye (1)

    Sandro Lima (4)

    Lourency (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Naidji (3)

    Ahmed (5)

    Lino (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – MOREIRENSE FC

    Ricardo Soares veio a Barcelos com o seu 4-1-4-1 com Fábio Pacheco a ser a âncora do meio-campo e Nuno Santos a fazer jogar. A velocidade de Gabrielzinho e a técnica e requinte de Bilel completaram o desacerto gilista na defesa. O sangue frio de Fábio Abreu e de Filipe Soares terminaram com o pesadelo gilista. Uma tarde quase perfeita.

     

    ONZES INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Pasinato (6)

    João Aurélio (6)

     Iago (6)

    Rosic (5)

    Abdu Conté (5)

     Nuno Santos (7)

    Fábio Pacheco (7)

    Filipe Soares (8)

    Gabriel Souza (7)

    Fábio Abreu (7)

    Bilel (9)

    SUBS UTILIZADOS

    Luís Machado (6)

    Néné (5)

    Pedro Nuno (8)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Gil Vicente FC

    Não foi possivel colocar questoes ao tecntéc do Gil Vicente FC, Vitor Oliveira.

    Moreirense FC

    Não foi possível colocar questões ao técnico do Moreirense FC, Ricardo Soares.

    Foto de Capa: Gil Vicente FC

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Inês Figueiredo Mendanha
    Inês Figueiredo Mendanhahttp://www.bolanarede.pt
    A Maria é uma orgulhosa barqueirense (e por inerência barcelense ) que aprendeu a gostar de futebol antes de saber andar. Embora seja apologista das peladinhas entre amigos, sai-se melhor deixando o que pensa gravado em papel. Benfiquista de coração e Gilista por devoção é sobretudo apaixonada pelo futebol que faz o país parar quando a bola começa a rolar.                                                                                                                                                 A Maria escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.