E eis que o substituto de Abel Ferreira é: Ricardo Sá Pinto. Após a repentina (e milionária) saída de Abel Ferreira para os gregos do PAOK, António Salvador decidiu, segundo ele a sua primeira escolha, contratar Sá Pinto para passar a dirigir os guerreiros do Minho. Nada melhor que um guerreiro para dirigir os guerreiros arsenalistas não é? O casamento pode parecer perfeito, mas para mim a decisão de António Salvador foi, no mínimo, infeliz, e dela se arrependerá rapidamente.
Mas Sá Pinto é assim tão bom para andar a correr não sei quantos clubes por essa Europa espalhada? As equipas dele jogam assim tão bem à bola? E ganham muitas coisas? É que eu não tenho ideia disso. E mesmo nos casos dos clubes que treinou em Portugal, o que me recordo é de equipas que jogavam o razoável, com entrega (claro está!), mas com uma qualidade que nunca me fascinou.
Vejo Sá Pinto como um daqueles treinadores a quem vão sendo dadas oportunidades por essa Europa fora, fruto talvez do seu carácter e personalidade forte, que levam os clubes a confiar nele para comandar “as tropas”. Talvez fiquem fascinados com aquela vontade e raça do treinador português…
Ainda assim, acho estranha a escolha de António Salvador. Havia uma série de treinadores da nossa Liga que me enchiam mais as medidas. Mas parece que não foi assim para o Presidente do SC Braga. Mas sinceramente não me parece que esta escolha sirva para dar títulos aos bracarenses e muito menos para diminuir ainda mais a distância entre os de Braga e os chamados três grandes.
Esperarei pois para ver se é desta que Sá Pinto me surpreende. Prometo que daqui por cinco meses, lá pela época natalícia, aqui farei um rescaldo dos primeiros meses do ex-treinador leonino no comando dos guerreiros do Minho. Sim, porque, e apesar de tudo, acredito que o treinador português ainda estará pelo banco do SC Braga no Natal. Ou talvez não!
Foto de Capa: SC Braga