No Portimonense-Boavista, após o golo de Ruben Fernandes fez-se um compasso de espera em que o árbitro conferiu, junto do vídeo-árbitro, a legalidade do mesmo e aqui não há nada a dizer ou contestar. Primeiro sinal positivo do vídeo-árbitro nesta jornada.
No FC Porto-Estoril mais um sinal positivo do vídeo-árbitro, em que, aos 69 minutos, o árbitro Hugo Miguel anulou um golo a Marcano, por indicação do árbitro assistente, em suposto fora de jogo, o que não se verificou posteriormente nas imagens televisivas. O árbitro Hugo Miguel fez bem em seguir as indicações do vídeo-árbitro e a reverter a sua decisão de anular o golo, dando o 4-0 ao Porto. Um erro do árbitro evitado pelo vídeo-árbitro, sendo que assim se verificou um dos pressupostos do mesmo, que funcionou bem neste jogo.
O jogo em que o vídeo-árbitro esteve sob maior foco de críticas e de comentários, foi sem dúvida, no Benfica-Braga, e no final deste jogo ficaram bem evidente as lacunas que este sistema ainda possui, estando ainda bem longe da perfeição no que toca à eliminação das polémicas de arbitragens que assolam o futebol português. Falando dos casos práticos, existe um lance a fechar a primeira parte na grande área do Sporting de Braga em que Jardel é estorvado da sua acção de tentar chegar à bola, na minha opinião ilegalmente, pelo que se deveria ter dado lugar à marcação de grande penalty. O árbitro assim não decidiu e sendo um dos lances em que o vídeo-árbitro está indicado para auxiliar, esperava-se uma actuação por parte do mesmo. Uma questão de interpretação? Foi o que a Federação Portuguesa de Futebol alegou na passada Sexta-Feira, o que para mim apenas vem aumentar as dúvidas em torno da “perfeição” do vídeo-árbitro. O segundo lance de dúvida aconteceu aos 71 minutos, com o golo anulado ao Sporting de Braga por fora de jogo, indicado pelo árbitro assistente, em mais um lance previsto para verificação pelo vídeo-árbitro. Nas imagens televisivas não se consegue ter a clara percepção da posição de fora de jogo, pelo que a existir fora de jogo será sempre milimétrico. O vídeo-árbitro não reverteu a decisão do árbitro, e começava aqui a “grande” polémica da semana em torno da nova ferramenta, com as imagens televisivas a não conseguirem claramente desfazer as dúvidas sobre este fora de jogo.