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CS Marítimo 1-1 Estoril-Praia: jogo Ma(n)chado

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Tarde fantástica para a prática do futebol. Bancadas meio despidas. “Bom ano” era o que mais se ouvia entre os adeptos do Marítimo da Madeira. E teria sido um bom ano, ou início dele, não fosse um dos intervenientes no jogo ter decidido, ainda que involuntariamente, certamente, a partida que se disputou na tarde de hoje no Estádio do Marítimo.

Início de jogo a combinar com a temperatura e com a humidade que se fizeram sentir no Funchal: morno, com mais Estoril-Praia nos primeiros quinze minutos. No primeiro terço da partida, a equipa comandada por Ivo Vieira foi mesmo um espectador no relvado, estudando as opções ofensivas dos “canarinhos”. 15 minutos passados e o despertar do leão no topo Sul, sector J, acordava os 11 em campo. Ao entoar dos cânticos dos Irredutíveis, claque que apoia a equipa do Almirante Reis, os primeiros lances de perigo, muito por culpa dos mais inconformados verde-rubros na tarde de hoje – de quase dispensado a titular indiscutível: Marega. E, claro, o sempre irreverente e irrequieto Dyego Sousa.

Excelente dia na Madeira para receber o Marítimo-Estoril;

Dez minutos volvidos e, depois de muito ameaçar, Marega, o suspeito do costume, faz o golo e leva ao delírio os adeptos do Marítimo, numa altura em que das bancadas vinha um verdadeiro hino ao orgulho madeirense. Continuando com a toada ofensiva, os verde-rubros tentaram ampliar a vantagem, embora com um jogo não tanto ofensivo, defendendo a vantagem. Foi o resultado com que se chegou ao intervalo. Na segunda parte, houve uma entrada melhor por parte da equipa da Linha; mais ofensiva, mais ambiciosa na procura do golo do empate, com dois lances perigosos nos primeiros cinco minutos.

Ameaçava o Estoril e começava a ameaçar Cosme Machado, que começava a tornar-se protagonista num desporto onde quanto mais despercebido passar, melhor. Aos 60 minutos, o primeiro amarelo da partida era mostrado, muito, claro está, por culpa de um Estoril bastante ofensivo e que se superiorizava. 68 minutos de jogo e Cosme Machado decide manchar a partida, com claro prejuízo para a equipa da casa. Mano, pela esquerda do ataque canarinho, joga em Dieguinho, que aproveita a proximidade com Fransérgio e deixa-se cair. De imediato, e sem hesitar, Cosme Machado aponta para a marca do castigo máximo, mostrando a cartolina amarela ao defesa insular. A temperatura começava a subir, especialmente com os impropérios e adjectivos que eram endereçados ao trio de arbitragem, mas Léo Bonatini não se deitou à sombra da bananeira e aproveitou para marcar o golo do empate.

Depois do empate só dava Estoril, ainda que, por duas vezes, Dyego Sousa tivesse tido a oportunidade de desfazer o 1-1. Num último esforço em busca dos três preciosos pontos, Marega, sempre inconformado, arranca pela direita num belo rasgo, deixando três jogadores do Estoril para trás, e cai na área. Reclama-se penálti, seguindo o critério utilizado anteriormente, mas Cosme Machado faz orelhas moucas e deixa jogar. Até ao final, parecia mais estar-se num concerto do Coro do Almirante Reis, com os adeptos maritimistas a entoarem, a alto e bom som, adjectivos e assobios ao árbitro. Mesmo a queimar os noventa minutos, Matheus, de livre, obriga Salin a voar e a fazer a defesa da tarde.

Merecíamos vencer
Fabiano Soares chegou à sala de imprensa claramente insatisfeito com o resultado. Para o treinador do Estoril “merecíamos ter vencido, pois fomos muito melhor equipa na segunda parte.”. Questionado sobre o penálti assinalado por Cosme Machado, Fabiano limitou-se a dizer que “a semana passada fomos prejudicados em três lances e não me compete decidir.”

O resultado não é o que ambicionávamos
Ivo Vieira não se mostrou, também ele, contente com a divisão de pontos. “Perdemos claramente dois pontos, pois fomos superiores. Não me cabe a mim decidir se é penálti ou não, mas, do meu ponto de vista, o lance sobre o Marega é mais penálti do que o que deu o empate.”, disse.

A Figura

Marega – como já aqui foi escrito, foi o mais inconformado do lado insular dentro de campo. O jogador que há uns meses era dado como dispensável depois de problemas disciplinares é, no actual contexto do Marítimo, uma pedra fundamental nos pupilos de Ivo Vieira. Marega, dentro de campo, continua a dar “chapadas de luva branca” a alguns administradores da SAD do Marítimo, que, aquando das divergências entre clube e atleta, bradavam aos sete ventos que Marega nunca mais vestiria as cores da equipa do Almirante Reis. Palavra de apreço também para as claques do Marítimo, que se mostraram à altura de um verdadeiro espectáculo que apaixona multidões.

O Fora-de-Jogo

Cosme Machado – Viajou de Braga, não sei se assistiu ou não ao fogo de artifício que brindou a entrada em 2016. Começou por passar despercebido, mas decidiu manchar a partida que esta tarde se jogou. Melhores dias, espera-se, virão, Cosme Machado. A senhora sua mãe não merecia tanto adjectivo. Uma palavra também para os últimos contratos milionários que beneficiaram três clubes em Portugal – onde, uma vez mais, se pensa, tal como em 2004, com grandiosidade – quando há outros com salários em atraso. O Marítimo tem um belo estádio, uma bancada ainda em construção. Resta saber se saberá e conseguirá aproveitar as condições, ou se o novo estádio será mais um elefante branco neste cantinho à beira-mar plantado.

Óscar Góis
Óscar Góishttp://www.bolanarede.pt
O Óscar é o enviado especial do BnR na Madeira e sofre de clubite aguda pelo clube ao qual se dedicou: o Camacha. Foi internacional de andebol, mas agora prefere o vinho. É defensor de CR7 e do Manchester United.                                                                                                                                                 O Óscar escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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