A segunda parte da partida seria idêntica à primeira naquilo que respeito ao domínio. O marítimo voltou a deter mais tempo a bola e a chegar com lances rápidos à área contrária. O 4x3x3 clássico supõe a existência de flanqueadores rápidos e de médios de contensão que primam pela concentração. Embora o Marítimo, a meu ver, peque nos segundos referidos, acaba por usufruir da relativa qualidade de Edgar Costa e Djousse – último este que também acabaria por marcar, selando o terno no marcador.
A partida perdeu cultura táctica pelas vicissitudes do primeiro tempo, que condicionaram a postura de Sérgio Conceição na leitura do jogo, e o Guimarães tem alguma culpa nisto. Dez jogos sem vencer é um mau registo para uma equipa que nos tem habituado a mais. Num jogo importante contra um adversário vizinho na tabela, o Guimarães não podia ajudar o Marítimo – embora esta agradeça.
A figura:
Fransérgio – Com os dois golos apontados ainda durante o primeiro tempo, e aproveitando a expulsão adversária, a eficácia do Médio do Marítimo foi essencial para a consolidação da superioridade dos Insulares, que acabariam por resolver o jogo ainda antes do Intervalo.
O Fora-de Jogo:
Dalbert – Uma expulsão nos primeiros minutos de uma partida condiciona a execução de qualquer estratégia proposta. Com uma substituição obrigatória, a equipa do Guimarães perdeu enfoque ofensivo e, por consequência, ganhou desequilíbrio táctico. Dalbert saiu de campo e privou a sua equipa da discussão da partida.
Foto de capa: CS Marítimo