Lusitano FCV 4-3 CD Cinfães: Vitória caseira em festival de golos

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Lusitano FCV

BnR: O Lusitano acabou por vencer, mas acredito que a equipa técnica preferisse ganhar por 1-0 do que 4-3. Que balanço faz do jogo?

Fábio Farias [técnico adjunto]:  Primeiro, há que dar os parabéns à equipa pela vitória, pelo esforço, pela grande primeira parte que fizeram e sobretudo pelos três pontos que isso é que é o importante. Fizeram por merecer os três pontos. Relativamente ao resultado, é verdade que nós queremos ganhar, mas queremos sempre não sofrer golos porque quando sofremos, é porque há erros de toda a equipa. Não só dos defesas, mas de toda a equipa no processo defensivo.

É verdade, preferia 1-0 ou 2-0 do que ganhar 4-3, mas é o jogo. O Cinfães teve mérito no que fez, tem bons jogadores e é uma boa equipa, mais uma boa equipa deste Campeonato. Nós tivemos mais mérito porque fizemos uma grande primeira parte e uma segunda parte equilibrada com algumas saídas em transição, em que críamos muito perigo. Ganhámos por 4-3, mas acho que devíamos ter feito mais um ou dois golos, se tivéssemos tido mais delicadeza no pormenor da finalização.

BnR: O Lusitano acabou por não conseguir fazer o 3-0 de grande penalidade já nos descontos da primeira parte. Como sentiu a equipa ao intervalo? Os jogadores estavam menos confiantes, com a moral em baixo?

Fábio Farias: Acho que não foi o Lusitano a baixar a moral. Influencia o resultado porque é diferente estar a ganhar 2-0 do que 3-0, mas dá mais moral à equipa adversária porque teve ali alguém que segurou o resultado. É mais uma força para quando voltam ao campo, depois do intervalo, para atacar e irem atrás do resultado. Se tivessem 3-0, acredito que o jogo não teria sido assim, mas não foi demérito do Hélder [Rodrigues, que cobrou a grande penalidade] mas mérito do guarda redes que fez uma boa defesa.

 

CD Cinfães

BnR: Na segunda parte, mesmo com as substituições, o Cinfães manteve o seu esquema tático em 4x3x3. Tinha confiança neste esquema tático, apesar do resultado desfavorável?

Luciano Cerdeira [técnico principal]: Sim, é uma ideia que nós temos. Provavelmente se reparar e não querendo corrigir, houve ali uma pequena nuance. O nosso homem que entra para o corredor [Henrique], muitas vezes juntava-se ao ponta de lança, quando tínhamos bola. É verdade, quando não tínhamos bola, ele voltava a fechar a nossa estrutura normal, mas quando tínhamos, ele fazia o movimento e estava mais próximo do ponta de lança.

Depois já mesmo na parte final, quase não se jogou nestes cinco minutos [tempo de compensação], nós ainda tentámos juntar o Henrique porque o nosso ponta de lança, o Carlos, estava com uma pequena dor no joelho, dando largura com o Paulo e com o Francisco. Ficando só com dois, é um bocadinho diferente daquilo que nós jogamos porque nós jogamos em 4x3x3. Não tenho qualquer problema em admitir. É o sistema que eu gosto mais e o sistema que a equipa trabalha mais e que reage mais. Tentámos arriscar um bocadinho, mas já não foi possível porque já não houve jogo nestes cinco últimos minutos. O Lusitano é uma equipa muito experiente, com jogadores muito experientes e, nesta fase final, já não quiseram jogar e conseguiram ter a capacidade para não nos deixar jogar.

BnR: O Cinfães sofreu quatro golos, alguns dos quais em transições rápidas. O que falhou na ligação do setor intermediário e defensivo da equipa?

Luciano Cerdeira: Muitas vezes, a reação à perda de bola não foi aquilo que nós costumamos fazer, sem sombra de dúvida. Nós somos uma equipa que na reação à perda de bola, somos muitos fortes e houve momentos em que não conseguimos. Depois, há um princípio básico no futebol que é a linha defensiva não pode parar independentemente do árbitro assistente marcar ou não fora de jogo, tem de acompanhar até ao fim. Nós ficámos completamente parados duas vezes em que eles nos vão fazer golo e isso não pode acontecer, mas acho que nós estávamos naquela fase final em que nós sentíamos que não dependíamos de nós para chegar ao objetivo.

A equipa anda um bocadinho espremida, um bocadinho cansada, eu sinto isso. Quando cheguei, um dos problemas que eu tive foi que nunca consegui ir buscar jogadores porque não tínhamos forma de ir buscar. Contudo, estes jogadores fizeram uma extraordinária parte final da primeira fase do Campeonato e, quem não se recorda, vou relembrar isso porque eles merecem isso. Nós estávamos a dez pontos de chegar ao objetivo e conseguimos, mérito muito deles. Depois, colocámo-nos num patamar em que o Cinfães é um crónico candidato à subida e houve alguns fatores que não nos ajudaram que não vou bater novamente na mesma tecla porque já o fiz noutras ocasiões. Não nos permitiram chegar a esta fase como nós queríamos e a equipa está um bocadinho cansada. Também dá para experimentar um ou outro miúdo que tenho da formação para observar. Ainda hoje, entrou um para nós vermos e assim permite fazer uma avaliação futura para o clube.

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Pedro Filipe Silva
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