Chave vencedora da Supertaça estava na lotaria dos penáltis

O SL Benfica foi mais eficaz que o Sporting CP nas grandes penalidades e conquistou a terceira supertaça feminina do seu historial.

As dez mil pessoas que ontem estiveram presentes no Estádio Municipal de Aveiro, assistiram a um grande dérbi e não deram por mal empregue o seu dinheiro. O espetáculo que SL Benfica e Sporting CP proporcionaram na final da Supertaça, é um bom exemplo de que o futebol feminino está a crescer cada vez mais em Portugal e a levar mais mulheres a praticar o desporto rei. O encontro entre águias e leoas começou com muito equilíbrio e até à primeira meia hora não existiram muitos lances de perigo. Os ataques eram constantes de parte a parte mas sempre inconsequentes, com alguns remates a saírem desenquadrados com a baliza.

Ambos os conjuntos faziam pressão alta, o que fez com que algumas jogadoras perdessem a bola em zona proibida. Kika Nazareth era das melhores unidades das encarnadas e estava em todo o lado. No conjunto das leoas, era Ana Capeta quem tentava levar a sua equipa para a frente, com Cláudia Neto, também ela, em destaque com bons pormenores técnicos. Foi já nos últimos 15 minutos que o Sporting CP teve as melhores oportunidades de golo de toda a primeira parte. Primeiro, por Brenda Peréz, num remate para grande defesa de Lena Pauels para canto. Na sequência do mesmo, Ana Capeta acertou no poste, para depois a guarda-redes encarnada ter novamente outra grande intervenção, ao evitar o golo de Cláudia Neto. A resposta das águias veio já nos instantes finais do primeiro tempo, com Lúcia Alves a cabecear, mas Hannah Seabert tinha o lance controlado.

Kika Nazareth
Fonte: Filipe Oliveira / Bola na Rede

A segunda parte da Supertaça começou o SL Benfica a querer tomar conta da partida, e logo nos minutos iniciais, Hannah Seabert evitou o golo das encarnadas com duas intervenções na mesma jogada. Dessa mesma jogada nasceu um canto que Nycole Raysla marcou direto para dentro da baliza leonina, mas foi invalidado pelo VAR, após falta de Carole Costa sobre a guarda-redes verde e branca. A partir daqui só deu Benfica e foi com toda a naturalidade que a formação orientada por Filipa Patão inaugurou o marcador. Kika Nazareth pegou na bola à entrada da grande área, passou por duas adversárias e rematou para golo. Brilhante jogada da camisola 10, que mostrou porque é uma das melhores jogadoras portuguesas da atualidade.

O Sporting CP tentou remar contra a maré vermelha mas a linha defensiva das águias esteve sempre irrepreensível. O SL Benfica dominava e podia ter ampliado o resultado aos 68 minutos, por Nycole Raysla, mas o remate da atacante brasileira dentro da área não saiu com a força desejada. Pouco depois, e contra a corrente do jogo, as leoas chegaram ao empate por intermédio de Andrea Northeim, na sequência de um livre direto cobrado por Maiara Niehues, que levou a bola ao poste. A partida voltou a ficar equilibrada e até ao final do tempo regulamentar houve apenas duas situações de perigo para cada uma das balizas. E quem pensou que no prolongamento os dois conjuntos não iam arriscar muito, teve a sua aposta falhada.

O que vimos durante 30 minutos foram duas equipas em busca do golo, com uma entrega total de todas as jogadoras, qual guerreiras, a darem tudo o que tinham e o que não tinham. À passagem do minuto 99, Andrea Falcón esteve perto de ser feliz dentro da pequena área leonina, mas Hannah Seabert efetuou uma das defesas da noite. No desempate por grandes penalidades, não há muita história para contar, a não ser o desastre total da formação verde e branca, que não conseguiu converter um único penálti. O SL Benfica fez o que lhe competia e precisou apenas de marcar três grandes penalidades para conquistar a sua terceira Supertaça, e consolidar-se cada vez mais como o clube que domina o futebol feminino em Portugal.

Rui Alves Maria
Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.

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