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No dia 22 de fevereiro de 2023, a seleção portuguesa feminina derrotou os Camarões, por 2-1, e garantiu às Navegadoras o tão desejado e inédito apuramento para a fase final do Campeonato do Mundo. O golo de Carole Costa, aos 90+4 minutos, fez saltar de alegria milhões de adeptos portugueses um pouco por todo o mundo.

Mais do que um momento único na vida das jogadoras lusas, Portugal deu, em Hamilton, na Nova Zelândia, o primeiro grande passo rumo à sua afirmação no panorama mundial do futebol feminino.

A equipa orientada por Francisco Neto partiu para a Nova Zelândia ciente das enormes dificuldades que as esperava num grupo com a seleção bicampeã mundial, os Estados Unidos da América, a vice-campeã do mundo, Países Baixos, e a também estreante seleção do Vietname.

A caminhada portuguesa começou com um duelo perante a seleção dos Países Baixos. Um ano antes, portuguesas e neerlandesas tinham-se defrontado na fase de grupos do Campeonato da Europa. Tal como nessa ocasião (derrota portuguesa por 2-3), a experiência das jogadoras dos Países Baixos fez a diferença. O golo de Stefanie van der Gragt, aos 13 minutos, na sequência de uma bola parada, decidiu o jogo e ditou a derrota de Portugal.

A seleção nacional alinhou no seu habitual 4-4-2 losango. Ainda que Portugal tenha revelado especial competência no momento da organização defensiva, dando os primeiros indícios de que seria um osso duro de roer para qualquer equipa, pouco ou nada fez para assustar Daphne van Domselaar, guarda-redes neerlandesa.

Quis o destino que a cidade de Hamilton, na Nova Zelândia, fosse novamente palco de um momento histórico para o futebol português: a primeira vitória das Navegadoras num Mundial.

Francisco Neto mudou o sistema tático para o 3-4-3, alterou várias peças no xadrez luso e, do banco, viu a seleção portuguesa dominar por completo o Vietname. Telma Encarnação escreveu o seu nome na história do futebol nacional ao tornar-se a primeira jogadora portuguesa a marcar num Mundial, enquanto que Kika Nazareth confirmou a inédita vitória das Navegadoras.

Juntando-se às duas jovens atacantes, Andreia Jacinto, de apenas 21 anos, mostrou-se ao mundo do futebol, no seu maior palco, com uma exibição notável.

O 2-0 soube a pouco para a incontestável superioridade da armada lusa.

No último jogo, a tarefa das jogadoras portuguesas era hercúlea. Derrotar as bicampeãs do mundo e eliminá-las da prova seria um autêntico golpe de teatro e, provavelmente, o maior feito da história do futebol português.

O selecionador nacional voltou a lançar um ‘onze’ muito semelhante àquele que tinha enfrentado a seleção dos Países Baixos na primeira jornada. A opção tática recaiu, outra vez, sobre o 4-4-2 losango.

O sonho delas (e o nosso sonho) esbarrou no poste esquerdo da baliza à guarda de Alyssa Naeher, aos 90+1 minutos. No entanto, a maior prova do belíssimo trabalho realizado pela comitiva nacional é que durante aqueles 90 minutos os portugueses (e não só) acreditaram que era possível fazer cair os EUA e seguir para a próxima fase da competição. Houve muitos corações a parar entre o passe de cabeça de Telma Encarnação e o remate de Ana Capeta, que o diga Megan Rapinoe.

Fica a sensação de que faltou um pouco mais de ambição a Francisco Neto – é difícil entender a saída precoce de Kika Nazareth e as entradas tardias de Telma Encarnação e Ana Capeta -, mas não há como não aplaudir a personalidade das jogadoras portuguesas. Nunca se limitaram apenas e só a defender perto da baliza, mostraram-se sempre organizadas, não se amedrontaram e até conseguiram terminar o jogo com maior percentagem de posse de bola.

Em boa verdade, antes do início do Mundial, as esperanças das Navegadoras numa passagem aos oitavos de final eram escassas, tendo em conta a dificuldade do grupo e a inexistente história de Portugal na competição.

Contudo, as jogadoras portuguesas não se contentaram com a inédita qualificação nem com a possibilidade de jogarem contra duas das melhores seleções do mundo. Quiseram chocar o mundo do futebol, acreditaram que era possível e, com elas, acreditámos nós também.

Não há espaço para vitórias morais no futebol, mas é muito satisfatório sentir que elas, tal como nós, queriam mais do que a fase de grupos na sua primeira participação.

Apesar da eliminação, Portugal diz ‘adeus’ ao Campeonato do Mundo com a certeza de que este foi apenas o seu primeiro. Mais virão, certamente, e com melhores desfechos. O futuro é risonho para as nossas Navegadoras.

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