Sporting CP 1-4 SL Benfica: (Ana) Vitória para a Supertaça!

    A CRÓNICA: ROTINA VENCEU CANSAÇO

    Leiria foi palco de mais uma final e da entrega de um troféu importantíssimo. Falamos da final da Supertaça feminina, disputada entre o Sporting CP e o SL Benfica, depois de vencerem o SC Braga e o FC Famalicão, respetivamente.

    A equipa do SL Benfica entrou aguerrida na partida, com uma grande toada ofensiva, pressionando o Sporting CP e encostando-o para lá do meio-campo. A primeira vez que as leoas se aproximaram da área benfiquista foi à passagem do primeiro quarto de hora, mas Carole Costa disse “presente” ao resolver a jogada.

    Primeira oportunidade é para o SL Benfica, depois de uma jogada de nota artística de Andreia Norton. Na resposta, Ana Borges cruza milimetricamente para Ana Capeta que não consegue finalizar, depois de uma jogada iniciada com um passe a rasgar de Cláudia Neto.

    O jogo permaneceu equilibrado, com o corredor central bloqueado para ambas as equipas – o que demonstrou a rigidez defensiva das formações em jogo.

    Depois de uma falta de Cloé Lacasse sobre Ana Borges, a jogadora do Sporting CP saiu bastante queixosa, mas permaneceu no relvado. Não durou muito tempo para lá do intervalo até ser substituída, depois de fazer um grande jogo.

    Aos 61 minutos, a árbitra foi chamada ao vídeo arbitro depois de uma alegada falta de Lúcia Alves sobre Ana Capeta dentro da área e assinalou penálti. Na conversão, Cláudia Neto não falhou a oportunidade e adiantou o Sporting CP no marcador da final da Supertaça.

    Aos 74 minutos, depois de uma insistência ofensiva por parte das águias e uma perda de bola no meio-campo por parte do Sporting CP, Kika Nazareth rematou “à lei da bomba” na entrada da área e concretizou o golo do empate – e olhem que ela diz que não sabe rematar. Havia jogo em Leiria e ainda faltam 15 minutos para o final!

    A apenas três minutos do final do tempo regulamentar, a árbitra voltou a ser chamada ao vídeo árbitro depois de uma alegada falta de Beckert sobre Ana Vitória, mas seguiu jogo. Em jeito de vingança, Ana Vitória armou um remate potente à entrada da área, mas Seabert fez uma defesa extraordinária.

    O clima subiu e os ânimos estavam acesos. Afinal, era um dos grandes troféus da época disputados entre duas das melhores equipas portuguesas. E, nestes últimos minutos, a área do Sporting CP parecia pequena para a toada ofensiva do SL Benfica. No entanto, jogou-se prolongamento.

    Na entrada para o prolongamento, a árbitra voltou a ser chamada ao vídeo árbitro, depois da bola embater no braço de Beckert na área. Desta vez, foi concedida a grande penalidade e, na conversão, Ana Vitória não falhou. Estava consumada a reviravolta benfiquista!

    Passaram-se os minutos e, à semelhança do início da primeira parte do prolongamento, foi na segunda parte que o SL Benfica voltou a marcar. Depois de um canto superlativo de Nycole Raysla, Ana Vitória cabeceou para o terceiro golo das águias.

    Na verdade, o SL Benfica nem deu bem tempo de escrever em condições sobre o terceiro golo, pois, enquanto isso, Nycole – que assistiu para o terceiro – concretizou o quarto golo. As debilidades físicas derivadas do cansaço das leoas ajudaram à construção deste resultado. Passamos também a informar que Kika Nazareth assistiu… de calcanhar.

    Sem mais história a ser contada, o SL Benfica levanta, assim, a Supertaça pela segunda vez. Venceram por 4-1 num jogo intenso e equilibrado até à chegada do prolongamento.

    A FIGURA

    Fonte: Zito Delgado/Bola na Rede

    Ana Vitória – Foi diferenciadora no meio de tanta qualidade. Marcou o golo da reviravolta e o da sentença. Fez um jogo de grande nível e foi uma das potenciadoras máximas do jogo do SL Benfica.

    Nota para Kika Nazareth que entrou, jogou e fez jogar. Uma maravilha quando alguém que diz que não sabe rematar faz um golos daqueles.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Zito Delgado/Bola na Rede

    Cansaço do Sporting CP – Levaram o jogo a prolongamento e tentaram de tudo para aguentar o máximo possível, mas não deu. O cansaço demonstrado pelas jogadoras do Sporting CP foram um dos fatores para o resultado apresentado e pela vitória do SL Benfica.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    Cláudia Neto e Ana Capeta foram as caras novas no onze inicial escolhido por Mariana Cabral.

    Num 3-1-4-2, Diana Silva baixa para atrair defesa e abrir espaço para Ana Capeta atacar.

    Hannah Seabert permaneceu como muralha durante o tempo regulamentar, com Beckert, Bruna Lourenço e Alícia Correia na defesa.

    Rita Fontemanha atuou no miolo, fazendo a ligação entre setores, num jogo em que o Sporting CP demonstrou uma clara intenção de atrair a defesa benfiquista para o lado esquerda do campo para, depois, conseguir virar o jogo para o flanco oposto e apanhar a defesa desprevenida.

    Ana Borges saiu lesionada depois de um jogo muito bom por parte da portuguesa e foi uma grande baixa para as leoas no restante do jogo. Joana Martins e Cláudia Neto foram as restantes integrantes do meio-campo, com Ana Capeta a atuar de forma consistente no ataque – tendo, inclusive, rematado ao poste.

    Brenda Pérez, que começou apagada, acendeu a chamada e dificultou o trabalho da lateral benfiquista, Daniela Silva.

    No final do tempo regulamentar, a toada ofensiva benfiquista foi ofegante para o Sporting CP e as jogadoras de Mariana Cabral mostravam-se bastante debilitadas fisicamente.

     

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Hannah Seabert (6)

    Ana Borges (7)

    Bruna Lourenço (6)

    Carolina Beckert (6)

    Alícia Correia (6)

    Joana Martins (6)

    Brenda Pérez (7)

    Rita Fontemanha (7)

    Cláudia Neto (7)

    Ana Capeta (6)

    Diana Silva (6)

    SUBS UTILIZADAS

    Chandra Davidson (6)

    Vera Cid (6)

    Andreia Bravo (6)

    Fátima Dutra (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA

    Já com andamento europeu esta época, o SL Benfica de Filipa Patão chega algo rotinado a esta final da Supertaça.

    As águias alinharam num 4-2-3-1 com Rute Costa na baliza e Carole Costa e Ana Seiça na zona central da defesa. Lúcia Alves e Daniela Silva nas laterais, com a primeira a subir bastante na ala, mas a segunda já algo mais estanque.

    Sem grandes problemas no momento defensivo, Daniela Silva teve mais razão de queixa devido à intenção clara do Sporting CP em querer jogar pela sua ala, depois de atrair a restante defesa para a ala contrária. A imprevisibilidade da transição ofensiva sportinguista através de Brenda Pérez e Ana Borges davam bastante trabalho à lateral portuguesa das encarnadas.

    No meio-campo, Pauleta atuava mais recuada do que Andreia Faria. A última permanecia como elo para o ataque.

    Na frente, Jéssica Silva trocava posição com Cloé Lacasse, com movimentos interiores de aproximação à área sportinguista. Andreia Norton brilhou do outro lado do ataque, dando rapidez, talento e verticalidade. No centro, Ana Vitória tomou as rédeas do jogo.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Rute Costa (6)

    Daniela Silva (6)

    Carole Costa (6)

    Ana Seiça (6)

    Lúcia Alves (6)

    Andreia Faria (6)

    Ana Vitória (8)

    Andreia Norton (7)

    Pauleta (7)

    Jéssica Silva (6)

    Cloé Lacasse (6)

    SUBS UTILIZADAS

    Kika Nazareth (7)

    Nycole Raysla (7)

    Sílvia Rebelo (6)

    Maria Negrão (6)

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    Andreia Araújo
    Andreia Araújohttp://www.bolanarede.pt
    A Andreia é licenciada Ciências da Comunicação, no ramo de Jornalismo. Depois de ter praticado basquetebol durante anos, encontrou no desporto e no jornalismo as suas maiores paixões. Um dos maiores desejos é ser uma das vozes das mulheres no mundo do desporto e ambição para isso mesmo não lhe falta.