Paços de Ferreira 0–3 Rio Ave: Castores engolidos em casa

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    O Paços de Ferreira averbou a primeira derrota no campeonato, e logo de forma estrondosa. A equipa orientada por Jorge Simão foi goleada em casa pelo Rio Ave, deixando-se igualar na tabela pelos vilacondenses.

    Após um início mais atrevido dos visitados, que tiveram como ponto alto um cabeceamento de Diogo Jota para defesa atenta de Cássio logo aos cinco minutos, os “verde e brancos” equilibraram mais o jogo e começaram a subir no terreno. Pedro Martins já pôde utilizar Tarantini no meio campo e Héldon na frente, duas unidades que se revelaram decisivas para a segurança patenteada pelo Rio Ave em campo. Apesar de tudo, as oportunidades eram nulas, com as equipas a terem dificuldade em chegar com eficácia ao último terço do campo. À passagem da meia hora, Roderick Miranda, regressado à titularidade devido à lesão contraída por André Vilas Boas frente ao Sporting, esqueceu-se de onde estava e atrasou mal o esférico para o guarda redes. Valeu a falta de pontaria de Edson Farias que, após fintar Cássio, rematou para as malhas laterais.

    Após este susto, surgiram os dois golos dos rioavistas na primeira parte. Aos 37 minutos, Edimar e Marvin Zeegelaar trabalharam bem no flanco esquerdo e o holandês cruzou para o encosto de Héldon ao primeiro poste. Os “castores” ainda não tinham digerido a primeira machadada quando sofreram a segunda. Christian calculou mal um atraso para Fábio Cardoso e entregou a bola a Héldon que, isolado perante Marafona, não perdoou e aumentou a vantagem dos vilacondenses. O caboverdiano emprestado pelo Sporting, que jogou como ponta de lança devido às lesões de Guedes e Yazalde, estava de pé quente e materializou em golo as duas chances que teve.

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    Heldon foi a figura da partida, ao marcar 2 golos
    Fonte: Facebook Oficial Rio Ave

    Assim, ao intervalo, Jorge Simão estava condenado a tentar mudar o jogo na segunda parte e introduziu Roniel e Fábio Martins para tentar mexer com o ataque. Contudo, a equipa do Paços esteve muito amorfa a nível ofensivo, sempre manietada por um Rio Ave que pareceu ter  tudo controlado, com boas prestações de Wakaso, Tarantini e João Novais (substituiu Pedro Moreira, que se lesionou) no miolo do terreno. A segunda parte primou por um Rio Ave mais expectante, dando a iniciativa ao Paços e tentando aproveitar eventuais erros da equipa da casa. Não houve muitas chances para marcar e o jogo aproximou-se do fim de forma tranquila.

    Até ao apito final, mais um golo, um golaço de Edimar. Lionn mergulhou à entrada da área pacense, mas o árbitro considerou falta e providenciou a Edimar um livre direto a cerca de 20 metros da baliza de Marafona. O lateral esquerdo brasileiro disparou forte, com a bola a bater na trave antes de se anichar nas redes “amarelas”.

    3-0 é um resultado demasiado pesado, mas penaliza a gritante inoperância do Paços de Ferreira a nível ofensivo. O avançado João Silva raramente tocou na bola e a percentagem de passes falhados a meio campo foi demasiado alta. A equipa de Jorge Simão fez o seu pior jogo da época e foi goleada em casa por um Rio Ave que continua a jogar bom futebol, muito bem comandado pelo seu treinador Pedro Martins. Retirando os grandes, é das equipas que melhor joga em Portugal e penso que terá legítimas aspirações a lutar pelos lugares europeus, caso tenha sorte com as lesões, o que não tem acontecido nestas primeiras jornadas.

     

    A Figura: Heldon – O atacante caboverdiano emprestado pelo Sporting portou-se como um verdadeiro goleador, apontando os dois primeiros golos do Rio Ave na partida. Já antes disso, Heldon estava bastante mexido, com as suas movimentações a colocarem muitos problemas a Miguel Vieira. Bela exibição do avançado, que mantém uma relação especial com o treinador, Pedro Martins.

    Fora de Jogo: Inoperância do Paços de Ferreira – Retirando Diogo Jota, mais ninguém do ataque pacense esteve bem. No meio campo, existiram muitos passes falhados e raramente a equipa ganhou segundas bolas aos jogadores do Rio Ave. Os “castores” mostraram falta de agressividade e, perante uma equipa como o Rio Ave, isso paga-se muito caro.

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    Diogo Janeiro Oliveira
    Diogo Janeiro Oliveira
    Apaixonado por futebol, antes dos livros da escola primária já lia jornais desportivos. Seja nas tardes intermináveis a jogar, nas horas passadas no FIFA ou a ver jogos, o futebol está sempre presente. Snooker, futsal e andebol são outras paixões. Em Portugal torce pelo Sporting; lá fora é o Barcelona que lhe enche as medidas. Também sonha ver o Farense de volta à primeira…                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.