A grande entrevista de Sérgio Conceição

    A entrevista em si foi extensa e deu para falar de todos os temas relevantes. Sérgio falou muito de Danilo Pereira, tanto do jogador como da pessoa. Sempre com muitos elogios, dentro e fora de campo. Disse que acha até que Danilo tem mais capacidade para fazer o papel de um 8 box-to-box com boa chegada à área, mas que não o faz muitas vezes por sentir que, como capitão, tem de equilibrar a equipa defensivamente.

    Realçou também o seu papel como incentivador a partir do banco, na altura em que estava a jogar menos, e desvalorizou por completo o incidente entre os dois na pré-época passada, apontando que foi um como muitos outros.

    Um dos assuntos mais debatidos foi também o do seu estilo de jogo. Sérgio falou de uma evolução natural ao longo dos três anos, até porque depois daquele primeiro ano que surpreendeu muita gente, era preciso continuar a inovar para manter o rendimento. Mas também afirma que não é como a maioria dos treinadores em Portugal, é mais pragmático e não gosta particularmente daquele tipo de futebol que tem 20 ou 30% de posse de bola na defesa. Nesse aspeto, diz identificar-se muito mais com o estilo alemão de treinar. Um estilo que gosta de pressionar, que é rápido e que sabe aproveitar bem as capacidades físicas dos seus jogadores.

    A temática de Jorge Jesus foi também, como seria de esperar, questionada, mas Sérgio desvalorizou bastante o tema. Teceu elogios ao treinador, mas também afirmou que não faz parte do ADN do FC Porto ter receio de adversários que se reforçam bem. Certezas só tem de que a sua equipa será na mesma competitiva, apesar de admitir que ainda são precisos reforços.

    Não quis comentar o nome de Toni Martínez, mas também não negou. Falou da necessidade de um extremo que possa jogar por dentro. Antes tinha dito também que gosta de jogar com um extremo mais vertical, como Luís Díaz ou Corona, e outro mais que funcione como terceiro médio, equilibrando mais a equipa no miolo. Pareceu ser deste último estilo de jogador que Sérgio ainda pretende, apesar de ter já no plantel Otávio, Fábio Vieira, Romário Baró e, claro, Nakajima.

    O japonês também não podia não ser assunto nesta entrevista. Sérgio não quis falar muito sobre o caso, mas pelas suas respostas e pela necessidade afirmada de um jogador que, na teoria, se assemelharia muito a Shoya, deu a entender que os dias de Nakajima no Dragão pode estar contados.

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Alexandre Matos
    Alexandre Matoshttp://www.bolanarede.pt
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