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As más decisões no mercado do FC Porto

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Na época de 17/18, o FC Porto contrata Sérgio Conceição, depois de temporadas menos conseguidas por parte de Lopetegui e Nuno Espírito Santo. Vindo de épocas de grande investimento sem ter obtido os resultados desejados, a primeira época de Sérgio Conceição fica marcada pelo investimento de apenas um milhão de euros em Vaná, guarda-redes suplente, tendo o resto da equipa sido reforçada por jogadores vindos de empréstimos.

Depois de uma primeira época em que o investimento na equipa foi quase nulo, na segunda época de Sérgio Conceição houve um reforço considerável da equipa, sendo que começaram a surgir nesta altura as contratações de jogadores de qualidade duvidável para o nível do Porto, como Waris, João Pedro, Paulinho (Portimonense), Saidy Janko, Ewerton, Osorio, tendo no total estes jogadores custado aproximadamente 18 milhões de euros para os cofres do FC Porto.

Ao mesmo tempo que estes maus negócios iam sendo feitos, com valores elevados a serem investidos, houve algumas vendas, que pelos valores em causa, podem ser consideradas más transferências. Falo do caso de Ricardo Pereira, de 24 anos, lateral direito titular na época do primeiro campeonato de Sérgio Conceição, e que tendo em conta a sua qualidade foi vendido “muito barato”, rendendo apenas 22 milhões de euros.

Já Diogo Dalot, de 19 anos, que vinha de uma época em que já tinha feito alguns jogos pela equipa principal, foi vendido por apenas 22 milhões, dado só ter mais um ano de contrato. A proposta de renovação tardia da SAD foi recusada, e assim o jogador optou pela parte financeira em detrimento da desportiva, pois a possibilidade de ser titular no FC Porto era muito maior que o ser no Manchester United, como se veio a provar.

A época de 19/20 ficou marcada pelo título de campeão nacional, mas também pela eliminação precoce da Liga dos Campeões, à custa do Krasnodar. Foi contratado Nakajima por 12 milhões de euros por apenas 50% do passe, e que viria a revelar-se uma má contratação, Zé Luís, ponta de lança de 28 anos, uma insistência de Sérgio Conceição, que custou 10.75 milhões de euros, e que se veio a revelar uma péssima contratação, Loum, médio do Braga mas que jogava emprestado no Moreirense, cuja compra por 7.5 milhões de euros se efetivou este ano, que já tinha estado na época passada no plantel do FC Porto, e que pouco jogou e Saravia, lateral direito internacional argentino, que custou 5.5 milhões de euros, e que fez poucos jogos pelo FC Porto, saindo mais tarde a custo zero.

Dado o seu historial, Nakajima era uma grande aposta, mas que se veio a revelar falhada, e Saravia uma boa contratação, dado ser um internacional argentino. Não se compreende, no entanto, a aposta em Zé Luís e Loum, ainda para mais por valores tão elevados. Ao todo, foram 36 milhões de euros gastos em apostas falhadas.

Em relação às saídas, Óliver foi vendido por 11 milhões de euros, praticamente metade pelo que tinha sido contratado, mas as saídas a custo zero de Brahimi e Herrera foram as mais sonantes. Nenhum clube português se pode dar ao luxo de perder dois dos seus ativos mais valiosos a custo zero, sendo por isso necessário que a proposta de renovação de contrato tivesse sido feita de forma atempada (no último ano de contrato existe a tendência dos jogadores pedirem salários incompatíveis com os clubes portugueses), ou então que os seus passes tivessem sido vendidos pelos menos dois anos antes do contrato acabar, de modo a assegurar uma transferência por valores interessantes para o clube.

má gestão da SAD FC Porto
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Na época 20/21 as contratações foram mais criteriosas, como por exemplo a contratação dos atuais pontas de lança do plantel, Evanilson, Taremi e Toni Martinez por apenas 18 milhões de euros no total. Em relação às saídas, verifica-se um caso semelhante a Dalot, de má gestão, em que a direção do FC Porto não conseguiu a renovação do contrato de Alex Telles atempadamente, não conseguindo “fazer frente” às ambições desportivas e financeiras do jogador, tendo de o vender no último ano de contrato por apenas 15 milhões de euros, sendo que na altura o seu passe estava avaliado em 40 milhões de euros.

Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Na época 21/22 ficou marcada também por várias saídas do plantel a custo zero, ou então por preços não condizentes com o seu valor. Luis Diaz foi vendido a preço muito baixo daquilo que poderia ser a venda, pois o FC Porto corria o risco de não ter dinheiro disponível para fazer face às despesas correntes do ano, algo impensável para um clube que quase todos os anos tem mais valias elevadas nas transferências de jogadores.

À imagem do que aconteceu no passado, Marega foi um jogador que saiu a custo zero, e que a certa altura poderia representar um encaixe significativo ao FC Porto, não esquecendo Corona, que vendido um ou dois anos antes poderia render uma quantia muito significativa, sendo que saiu em janeiro, a meio ano de acabar o seu contrato, por um valor irrisório de 3 milhões de euros. Mais recentemente, a saída de Fábio Vieira não pode ser considerada má, pois não se tratava de um titular, no entanto percebe-se que mais uma época no Porto poderia fazer com que o seu valor aumentasse significativamente.

Desde o período de Sérgio Conceição existiram muitas compras positivas, no entanto, os problemas financeiros atuais que o FC Porto vive são resultado de más escolhas no passado e de compras pouco criteriosas, mas o principal motivo é a má gestão financeira do FC Porto, que não se pode dar ao luxo de deixar sair ativos importantes a custo zero ou a baixo custo, sendo importante antecipar o final do contrato dos jogadores.

Francisco Aidos
Francisco Aidoshttp://www.bolanarede.pt
O Francisco é natural de Viseu. É licenciado em Geografia pela Universidade do Porto e a frequentar atualmente o mestrado em ensino de Geografia na Universidade do Porto. Gosta de ver NBA, e em especial os Dallas Mavericks, mas o seu desporto de eleição é o futebol, e o FC Porto.

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