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Bi… Polar | FC Porto

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A época do FC Porto tem sido pautada por uma irregularidade exibicional e pontual raramente vista com Sérgio Conceição ao leme dos destinos da equipa. Nesta época o FC Porto já foi capaz de vencer de forma contundente equipas como o Sporting CP, o SC Braga, o Bayer Leverkusen ou o Club Brugge. Por outro lado, já perdeu de forma clara com o Rio Ave ou o mesmo Club Brugge e já deixou pontos preciosos no Estoril e nos Açores, frente ao Santa Clara. Não incluí nesta enumeração o jogo frente ao SL Benfica por ter os contornos específicos conhecidos.

Ao contrário do que muita gente apregoa, considero que Sérgio Conceição se tem convertido, nos últimos anos, num treinador de elite. Não é apenas alma ou raça, não é apenas mística ou portismo e não é somente um treinador de cariz motivacional. É um estratega com muito boa leitura do jogo e da mão de obra que tem à sua disposição e tem provado conseguir adaptar-se a diferentes contextos e estilos de jogo.

Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

No entanto, não deixa de ser curioso que após épocas de conquistas lhes tenham sempre sucedido épocas insuficientes ao nível dos resultados. Parece que Sérgio Conceição é muito mais capaz de motivar e focar uma equipa perdedora e perde capacidade quando é necessário reunir tropas vencedoras. Este ano tem sido particularmente difícil de digerir e aceitar.

Isto porque há algo que, independentemente dos resultados e, até, das exibições, havia algo que FC Porto nunca perdia e que, nesta temporada, por vezes, se desvanece. O FC Porto de Sérgio Conceição podia ganhar, podia perder ou empatar, mas nunca perdia a competitividade. Foi sempre capaz de disputar as diversas competições até ao fim e de causar dificuldades a praticamente qualquer equipa mesmo quando a qualidade coletiva e/ou individual não apareciam.

Ora, o comodismo que roçou a sobranceria que a equipa apresentou nos Açores e que culminou com o golo do empate da equipa da casa não é algo novo e até o próprio Sérgio Conceição deu nota disso noutros jogos. A derrota em Vila do Conde e, principalmente, a humilhação caseira na receção ao Brugge são os principais exemplos de uma equipa que apresenta, demasiadas vezes, sintomas de relaxamento ou facilitismo. Ao invés, a vitória frente ao SC Braga, os confrontos frente ao Leverkusen e, até, a exibição em inferioridade numérica frente ao SL Benfica, servem para mostrar que a equipa do FC Porto, quando se apresenta nos níveis máximos de concentração, empenho e disciplina, é praticamente impossível de bater.

FC Porto jogadores
Fonte: Zito Delgado/Bola na Rede

A continuar assim, a história promete repetir-se e o FC Porto irá, uma vez mais, falhar o objetivo de se sagrar bi-campeão nacional, até porque o seu principal rival tem feito uma época notável, de grande segurança e qualidade.

Não quero com este texto passar uma mensagem de descrédito ou desistência, mas ressalvar algo que se tem repetido e que esta ano parece uma realidade ainda mais evidente. São oito pontos de distância para um rival muito competente e a margem de erro, que já era curta, é, por esta altura, nula. O Bi-campeonato é, para já, uma miragem e cabe à equipa técnica e aos jogadores serem capazes de interpretar o momento e compreenderem que apenas unidos, desconfiados e abnegados poderão dar a volta a um texto que vai pré-anunciando o fracasso.

Bi-campeões ou bipolares? As contas far-se-ão no fim.

 

Bernardo Lobo Xavier
Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.

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