Falta de entrega não se pode acusar ao argelino que foi encostado no plantel devido a uma suposta venda, que todos sabemos, nunca ocorreu, ao contrário do rival de Alvalade que, com Islam Slimani quase vendido ao Leicester City, foi sempre titular, inclusive, marcando aos Dragões em Alvalade no passado mês de Agosto, na vitória por 2-1 (golo decisivo ainda por cima). Logo, valorizaram ainda mais o seu ativo, ao contrário da gestão do Futebol Clube do Porto, que decidiu remeter para a bancada e para um papel secundário na pré-época Brahimi que começa agora a jogar durante mais tempo.
Serão os assobios ao argelino justos? Depende da interpretação de cada um, porque é daqueles jogadores que por vezes irrita de não passar a bola ao jogador ao lado dele e que, por isso, perde uma boa oportunidade, mas, ao mesmo tempo, nesse mesmo lance, noutro jogo, consegue fazer uma arrancada impressionante e marcar um golo ou dar uma assistência.
O seu festejo é um descarregar de toda esta situação de afastamento e constantes assobios (é a minha interpretação) e penso que deve ser repreendido e avisado que algo deste género é desrespeitoso para os adeptos mas, no reverso da medalha, Brahimi é um tecnicista e fantasista e que, analisando estes três anos de dragão ao peito, em nada mudou o seu estilo de jogo e a sua génese mantém-se totalmente integral. Obviamente, não pode festejar assim porque é desrespeitar quem paga o seu lugar anual, o seu bilhete para ir ver o jogo e é a maneira errada de passar a mensagem que quer passar. Ao mesmo tempo, pede-se mais paciência aos adeptos que devem acarinhar um jogador que foi afastado do plantel até ser vendido e, no fim, não foi vendido e teve de ser integrado no plantel. De referir, e em jeito de conclusão, que Brahimi é um dos melhores jogadores do campeonato português no duelo individual, se não o melhor mesmo da competição e vai ser um jogador importantíssimo para o sucesso do FC Porto esta época porque, no plantel, como ele, apenas Corona.
Foto de capa: FC Porto