O mercado de inverno trouxe de regresso a Portugal, e ao FC Porto, Kelvin: o futebolista que, pela sua técnica de drible, mais se aproxima, no plantel atual, das caraterísticas de Brahimi. Para além de boas memória do passado para os adeptos azuis e brancos, Kelvin também traz consigo a magia do futebol de rua. Por outro lado, o brasileiro é a imagem da anarquia tática, do individualismo, dos défices ao nível da tomada de decisão e do timing de passe. Partilha algumas dessas caraterísticas com Brahimi mas com uma clara exacerbação de todas elas acabando por, muitas vezes, não dar sequência, com qualidade, a jogadas que poderiam resultar na criação de oportunidades de golo para o FC Porto.
A última opção disponível parece ser, igualmente, a melhor, de entre aquelas que Nuno Espírito Santo tem ao seu dispor: João Carlos Teixeira. Excelente a posicionar-se entre linhas para receber a bola; qualidade técnica; capacidade de leitura de jogo acima da média; criatividade com a bola; capacidade para encontrar soluções em espaços reduzidos. A cada toque que dá na bola, fica a ideia que João Carlos Teixeira aproxima a equipa do sucesso, colocando-a numa situação de jogo mais favorável do que aquela em que esta se encontrava antes de a bola chegar aos seus pés.
Certo é que o FC Porto não tem no seu plantel outro jogador que seja capaz de causar tantos desequilíbrios quanto Brahimi. Contudo, fica a ideia de existir muita qualidade em João Carlos Teixeira e, acima de tudo, muito mais potencial de crescimento do que o apresentado por Héctor Herrera. Será que a opção, tendencialmente tomada por Nuno Espírito Santo, de colocar o mexicano a ocupar o lugar deixado (temporariamente) vago por Brahimi é, efetivamente, aquela que mais beneficia a dinâmica coletiva do FC Porto?
Foto de Capa: Facebook Oficial de Yacine Brahimi