Estádio Municipal de Arouca, oito horas da noite. Os líderes da tabela classificativa da liga, entram no campo com o objetivo de manter a distância e permanecer invictos no campeonato. Os rapazes de Farioli começam bem a partida, intensos, pressionantes e determinados.
O Porto inicia com Diogo Costa na baliza; Francisco Moura e Martim Fernandes nas laterais, Jakub Kiwior e Jan Bednarek a centrais; No meio-campo o trio composto por Gabri Veiga, Alan Varela e Victor Froholdt; E na frente Borja Sainz e Pêpê nas alas, com Samu a ponta de lança.
Já o Arouca apresentou-se com João Valido na baliza; Tiago Esgaio e Solá nas laterais; Popovic e Rocha a centrais; no meio Fukui e David Simão, com Gózalbez a médio ofensivo; Na frente Trezza e Djouahra nas alas e Barbero a avançado centro.
Bate os 12 minutos de jogo e com uma bola longa, a sobrevoar toda a linha defensiva do Arouca, Jan Bednarek encontra Froholdt que receciona e mesmo pressionado consegue fazer o remate, que é desviado e vai ao encontro de Samu, que de baliza aberta faz o primeiro dos dragões.

Desbloqueado o jogo e o FC Porto mete o pé no acelerador. Até que aos 48 minuto de jogo, Martim Fernandes é expulso e deixa os dragões com menos um jogador no campo. Inicia a segunda parte, dá-se a entrada de Pablo Rosário para uma maior coesão defensiva, mas independentemente disso, o Porto mantém-se a todo o gás e acaba mesmo por marcar mais.
É de se destacar a exibição de dois jogadores que possam não ter marcado, mas que tiveram influência direta nos golos seguintes do Porto, Pêpê e Froholdt. O segundo golo dos dragões, marcado por Deniz Gul, que não marcava há mais de um ano, foi todo obra de Pêpê. Desde a arrancada, à “croqueta” que faz ao defesa do Arouca e depois a visão que tem para colocar a bola na desmarcação para o avançado do Porto finalizar.
Já Victor Froholdt esteve mesmo imparável. O dinamarquês esteve realmente por toda a extensão do campo. Ora à atrás a ir recuperar bolas até mesmo à bandeirola de campo, ora à frente aparecendo no movimento de rotura para finalizar ou dar a passar a um colega.

O terceiro golo, marcado por Francisco Moura, é de uma arrancada protagonizada pelo trator dinamarquês, que descobre Borja Sainz, que de seguida percebe que o seu lateral esquerdo está a passar nas costas e faz a assistência. O Porto chega mesmo a fazer o quarto, através de uma jogada de grande esforço por parte dos avançados portistas, que encontram Zaidu na área para finalizar.
O jogador a destacar e o homem do jogo é realmente Froholdt. Analisando pelo mapa de calor, vemos que esteve realmente em todo o lado. Concretizou 89% dos seus passes, teve 90% dos seus dribles bem-sucedidos, ganhou seis duelos em oito possíveis. Estes números são a prova de que Froholdt joga de macacão e de fato de gala ao mesmo tempo.
O dinamarquês é realmente a personificação de como o trabalho e a classe podem andar de mãos dadas.