FC Porto 1-0 Sporting CP: Dragões de pressão e leões em depressão

    A CRÓNICA: DEMASIADA PRESSÃO PARA UM SPORTING CP SEM SOLUÇÃO

    Está confirmado o segundo finalista da Taça de Portugal. O FC Porto, já com uma almofada da primeira mão (1-2), recebeu e venceu o Sporting CP por 1-0, num jogo marcado pela intensidade ímpar do lado azul e branco e pela inoperância ofensiva do lado lisboeta. Um jogo de duas partes distintas, ao passo que, depois de 45 minutos de encaixe, o FC Porto libertou-se das amarras e não deu hipóteses para os leões que apenas fizeram um remate na segunda parte…Depressivo, no mínimo.

    O jogo principiou da mesma forma que o último: super intenso, altamente competitivo, porém muito pouco brilhante e sem grandes ocasiões para narrar. Ainda assim, o Sporting CP demonstrou um ligeiro ascendente – mais bola e algum conforto a enfrentar a linha defensiva portista. Sarabia, inclusive, até chegou a assustar cedo Marchesín com um golo em fora de jogo.

    A partir daqui, o jogo entrou numa toada de encaixe tático, com ambas os conjuntos a não descolarem do que foi traçado antes do jogo. Do lado leonino destaque óbvio para Matheus Reis – muito capaz no transporte de bola e voraz nos duelos, ao passo que do lado portista, destaque positivo para Mbemba e Otávio, ao passo que, ainda assim, acabou por ser Zaidu o jogador que desperdiçou a oportunidade mais flagrante do primeiro tempo.

    Segunda parte e história muito diferente. O FC Porto subiu (ainda mais) a intensidade, pressionou mais alto e, paulatinamente, foi conseguindo superiorizar-se a um Sporting CP que, mais uma vez, teve poucas soluções coletivas para inverter o rumo dos acontecimentos. Vitinha deu o mote – vários remates de perigo –, o FC Porto instalou-se no meio campo leonino e o lance do golo surgiu com naturalidade. No lance do único golo Toni Martínez aproveitou o espaço entre os centrais e catapultou o FC Porto rumo ao Jamor.

    O Sporting CP, por sua vez, depois de se ver, na teoria, fora da corrida do título, vê também escapar a Taça de Portugal. Provavelmente o momento mais depressivo da era Rúben Amorim. 

    A FIGURA

    FC Porto Sporting CP
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Vitinha – Os elogios são imensos. Vitinha, jogo após jogo, vem demonstrando o porquê de ser uma das facetas de maior valor deste FC Porto 2021/2022 e, hoje, voltou a ser preponderante. Defensivamente rígido/concentrado e, ofensivamente, revelou-se chave no momento de guardar e proteger a bola do Sporting CP.

    O FORA DE JOGO

    FC Porto Sporting CP
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Pedro Porro – Não só pelo lance negligente no momento do cartão vermelho, como também pela exibição cinzenta no seu todo. Ofensivamente pouco fez e, defensivamente, teve algumas incertezas na ocupação do espaço, permitindo muito espaço de manobra a Zaidu para transportar a bola.

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    A equipa comandada por Sérgio Conceição alinhou em 4-3-3, que se desdobrava em 5-2-3 aquando em organização defensiva. Grujic juntava-se aos centrais e permitia a Mbemba e Pepe controlar as constantes movimentações do trio de ataque do Sporting CP, enquanto Pepê e Zaidu poderiam ter um enfoque mais eficaz perante Matheus Reis e Pedro Porro respetivamente. Ofensivamente, Fábio Vieira servia como elo de ligação para lançar o ataque, ao passo que, Vitinha e Otávio movimentavam-se harmoniosamente para destampar a organização montada por Rúben Amorim.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marchesín (6)

    Pepê (6)

    Mbemba (6)

    Pepe (7)

    Zaidu (6)

    Grujic (5)

    Vitinha (8)

    Otávio (7)

    Fábio Vieira (6)

    Taremi (6)

    Evanilson (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Toni Martínez (8)

    Galeno (7)

    Eustáquio (5)

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    Rúben Amorim alinhou o Sporting CP, como habitual, em 3-4-3 com Ugarte e Matheus Reis a serem as caras da mudança em relação ao dérbi a contar para o campeonato. De linhas subidas, o Sporting CP procurou perturbar o FC Porto na construção e instalar-se em organização ofensiva.

    As dificuldades prenderam-se, no entanto, em ultrapassar a primeira fase de pressão portista. Adán serviu de líbero, mas a bola não descolava daquele quadrado na primeira fase de construção, sendo que, a equipa distanciou-se muito e poucas vezes conseguiu transitar ofensivamente.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Adán (6)

    Pedro Porro (3)

    Neto (5)

    Coates (6)

    Gonçalo Inácio (5)

    Matheus Reis (7)

    Ugarte (6)

    Matheus Nunes (5)

    Pote (6)

    Sarabia (6)

    Paulinho (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Edwards (5)

    Ricardo Esgaio (4)

    Nuno Santos (-)

    João Palhinha (-)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Porto

    Não foi possível colocar qualquer questão ao técnico do FC Porto, Sérgio Conceição

    Sporting CP

    Não foi possível colocar qualquer questão ao técnico do Sporting CP, Rúben Amorim

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.