FC Porto B 2-2 CD Trofense: Os fantasmas estiveram perto… mas fugiram

A CRÓNICA: EMPATE JUSTO QUE AFASTA FANTASMAS DO PASSADO

O FC Porto B recebeu o CD Trofense e empatou por 2-2, num encontro que marcou o regresso da equipa da Trofa à Segunda Liga.

À procura da melhor estreia possível para afastar os ‘fantasmas’ do passado, os azuis e brancos foram mais fortes durante a maioria do encontro e assumiram as rédeas da partida, não obstante o CD Trofense se tenha apresentado cínico e muito eficaz nas poucas oportunidades que dispôs.

Na primeira parte o jogo revelou-se morno e até perto do final apenas alguns sustos tímidos aqueciam as luvas do guardião do CD Trofense.

Ao minuto 26, Gonçalo Borges foi o primeiro a enquadrar um remate na baliza da equipa visitante, depois, logo de seguida, Tomás Esteves – sempre mais perigoso em terrenos interiores – também alarmou a defensiva trofense, mas o disparo saiu por cima.

Como referido, estas jogadas não passaram de uns sustos tímidos, na medida em que a oportunidade mais flagrante do encontro esteve nos pés do inglês Namaso ao minuto 45.

A jogada, diga-se, foi ‘quase perfeita’. Depois da associação incrível entre o meio-campo portista e o seu ponta de lança, Namaso viu o seu remate negado de forma in extremis pelo defesa João Faria em cima da linha. Para o leitor entender o insólito – e o quão perto a equipa portista esteve do golo – já se ouvia música alusiva a festejos no recinto portista…

Tudo a zeros, o duelo entre azuis e vermelhos ia para os balneários empatado, com sabor a injustiça para a equipa da casa.

Na entrada para o segundo tempo, a turma da Trofa alvoreceu e por duas vezes colocou Ricardo Silva em alerta. Apesar de ambas as tentativas terem saído ao lado da baliza, Bruno Almeida primeiro fora da área, e João Paulo Gomes através de um cabeceamento, trouxeram sinais de um CD Trofense mais ambicioso na partida.

E quem avisa, teu amigo é. Depois dos avisos, eis o golo: Bruno Moreira, ao minuto 57, aproveitou um desentendimento na defensiva portista e rematou sem hipóteses de defesa para Ricardo Silva. Estava aberto, com alguma surpresa, o marcador para a equipa da Trofa.

Depois do golo sofrido a resposta foi imediata por parte dos dragões e a entrada de Silvestre Varela em detrimento de Peglow – muito apagado no segundo tempo – respondeu na perfeição ao pedido de António Folha.

Foi um golaço sem intenção, uma vez que o cruzamento de Varela surtiu tão enquadrado com a baliza que o guardião da Trofa não teve reação. Após o jogo estar novamente na estaca zero, o CD Trofense voltou a aparecer e Tiago André voltou a assistir. Desta feita, o cruzamento-remate apanhou Simão Martins que só teve de encostar para colocar o resultado novamente favorável (1-2) para os forasteiros.

Até final, o ímpeto azul e branco voltou a sentir-se (e de que maneira), com Varela, novamente, a revelar-se chave no golo do empate.

Após um cruzamento do internacional português, Rogério Santos não agarrou a bola, que sobrou para Vasco Sousa e este, com a baliza escancarada, não vacilou e ofereceu o 2-2 final no duelo nortenho.

Com este resultado, ambas as equipas entram a pontuar na Segunda Liga, num desfecho que foi inteiramente justo pelo que se passou durante os 90 minutos.

 

A FIGURA

Silvestre Varela – Entrou, pegou no jogo e decidiu. O internacional português regressou ao FC Porto (desta vez pela equipa secundária) e voltou a lembrar os adeptos portistas dos tempos dourados. Realizou o primeiro golo do jogo e teve participação decisiva no segundo.

O FORA DE JOGO

João Peglow – Esperava-se mais do internacional sub-17 brasileiro. Esta menção é exatamente feita com base na expectativa em torno do extremo que, depois de uma primeira parte interessante, não mais se “fez ouvir”.

 

ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO B

A equipa comandada por António Folha alinhou num 4-3-3 compacto e divergente do 3-5-2 da época transata, com vários jogadores no miolo com características mais ofensivas.

Com Mor N’diaye a servir como o “tampão” do meio campo portista e Bernardo Folha e Rodrigo Valente um pouco mais adiantados, a equipa azul e branca construia desde atrás, pacientes, com Loader a ser crucial no apoio aos médios e Peglow a servir como o principal «abre-latas», aparecendo com perigo entrelinhas.

Defensivamente, a equipa azul e branca não teve muitos problemas na primeira parte, não obstante se desmontava com alguma facilidade depois da perda da bola. Ainda assim, a reação à perda e a transição defensiva era efetuada com competência.

Do ponto de vista ofensivo, o FC Porto B teve quase sempre em organização ofensiva, ao passo que a versatilidade do modus operandi da equipa azul e branca foi posto à prova, com Peglow e Rodrigo Valente a servirem como o principal elo de ligação no ataque portista.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ricardo Silva (5)

Tomás Esteves (8)

João Marcelo (6)

Zé Pedro (7)

João Mendes (5)

Mor N’Diaye (5)

Rodrigo Valente (6)

Bernardo Folha (5)

Gonçalo Borges (5)

Namaso (4)

João Peglow (5)

SUBS UTILIZADOS

Silvestre Varela (8)

Vasco Sousa (7)

Caíque (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – CD TROFENSE

A equipa orientada por Rui Duarte alinhou num 3-5-2, que variava para um 5-4-1/5-3-2, aquando da organização defensiva. Ofensivamente, a turma forasteira procurava essencialmente explorar as costas da defensiva azul e branca, tendo na transição ofensiva o principal primor no seu jogo.

Defensivamente, a equipa orientada por Rui Duarte procurou tapar ao máximo o espaço entrelinhas da equipa portista, e, de forma intermitente, pressionar alto a linha à quatro da defensiva do FC Porto B.

11 INICIAL E  PONTUAÇÕES

Rogério Santos (6)

João Faria (7)

João Paulo Gomes (6)

Simão Martins (8)

Daniel Liberal (6)

Vasco Rocha (6)

Matheus Índio (6)

Tiago André (9)

Bruno Almeida (6)

Bruno Moreira (8)

André Leal (5)

SUBS UTILIZADOS

Pachú (-)

Keffel (-)

Santos (5)

Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

Diogo Silva
Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.

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