Já para o outro lado do campo, Miguel Layún foi um dos escolhidos para colmatar a venda de Alex Sandro. Foi a contratação mais inesperada do clube no mercado de transferências, tendo chegado apenas no último dia e com a expectativa de ser uma alternativa a Aly Cissokho, jogador emprestado pelo Aston Villa. Mas o jogador francês desiludiu a massa associativa e Layún soube conquistar de volta os adeptos. Demonstrando uma enorme maturidade e consistência, o mexicano emprestado pelo Watford foi um dos jogadores com melhor rendimento na equipa azul e branca. Conseguiu superar a tarefa de substituir Alex Sandro e, na minha opinião, provou ser um jogador mais completo que o lateral brasileiro uma vez que defende melhor que o jogador que atua agora na Juventus FC.
Já no banco de suplentes, verificamos que Layún não tem concorrência credível. José Angel é o patinho feio da equipa e tem de ser despachado assim que possível, e o segundo melhor lateral esquerdo da equipa está emprestado. Rafa tem de fazer parte da equipa A na próxima temporada e tem de ser uma alternativa válida ao mexicano uma vez que o FC Porto usou e abusou de Miguel Layún. O jovem lateral esquerdo formado no FC Porto é um jogador com um enorme potencial e os Dragões podem tirar proveito de um dos jogadores da casa para tentar combater a falta de “referências” no plantel.
Com isto, dá para perceber que, apesar de o FC Porto ter de reforçar em peso o seu plantel em alguns sectores, o clube tem soluções credíveis e com grande qualidade para as posições de lateral esquerdo e direito. A SAD tem de aproveitar o enorme rendimento da equipa B e o potencial de jogadores como Victor Garcia e Rafa para concorrerem a Maxi e Layún. Os Dragões não podem passar outra época a arriscar ao colocar centrais a jogar nas linhas e laterais a jogar na zona central da defesa. O erro não pode ser o dominante comum na época 2016/2017.
Foto de Capa: FC Porto