📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Liverpool FC 0-0 FC Porto: Controlo de danos

- Advertisement -

Depois da pesada derrota da 1.ª mão, o FC Porto deslocou-se a Anfield Road, para defrontar o Liverpool FC, de orgulho ferido e com um grande dilema na cabeça de Sérgio Conceição e de todos os portistas. Salvar o bom nome do clube na prova apostando todas, ou grande parte delas, as fichas neste jogo, ou salvaguardar recursos para as batalhas internas.

A prioridade (a meu ver bem) foi dada ao Campeonato Nacional e o FC Porto entrou em campo com uma equipa composta, na sua grande maioria, por segundas linhas, sendo a inclusão de Bruno Costa no onze o apogeu desta ideia. Com Casillas na baliza, Felipe no centro da defesa e as laterais entregues a Maxi e Dalot, a única alteração no setor em comparação com o Clássico frente ao Sporting CP foi a troca de Ivan Marcano por Diego Reyes. A linha de quatro médios foi composta por Óliver e André André ao centro e, Corona e Waris encarregues da ala direita e esquerda respetivamente. O centro do ataque foi entregue a Aboubakar (para acelerar o processo de reabilitação total do camaronês) e, nas suas costas, jogou o já mencionado Bruno Costa.

Era, portanto, com uma equipa sem rotinas que Sérgio Conceição iniciava esta partida, na provável esperança de que Jurgen Klopp, tendo em vista o confronto contra o Manchester United no próximo fim de semana, optasse, igualmente, por fazer descansar as suas pedras basilares.

Ora, o treinador alemão havia prometido uma equipa na máxima força e cumpriu, de certa forma, o prometido. Apesar da ausência da estrela da companhia, Mohamed Salah, o Liverpool fez alinhar uma equipa maioritariamente composta por jogadores habitualmente titulares.

Onze dos Reds: Karius; Joe Gomez, Matip, Lovren e Moreno; Milner, Henderson e Emre Can; Lallana, Sadio Mane e Firmino.

Os adeptos portistas estiveram em grande no apoio à equipa
Fonte: FC Porto

Quanto ao jogo propriamente dito, foi disputado, no primeiro tempo, em ritmo de treino. Só mesmo a bola enviada ao poste por Sadio Mane à passagem da maia hora escapou à monotonia de um jogo que estava resolvido e desequilibrado desde o seu começo. O Liverpool foi dono e senhor da bola e o FC Porto limitou-se a esperar o passar do tempo. Apesar de duas oportunidades do senegalês Mane (uma já referida e um remate aos 18 minutos à boca da baliza enviado para cima da trave. Dos azuis e brancos não se viu mais do que algumas bolas jogadas em busca da profundidade de Waris e Aboubakar que, tanto por incompetência dos avançados ou por uma boa leitura de Karius, acabaram por se tornar, invariavelmente, inofensivas.

A segunda parte trouxe mais oportunidades e vida ao jogo, talvez mais por via do desgaste físico das equipas do que por via da aceleração de processos. O Liverpool entrou com intenção de marcar mas a primeira oportunidade esteve nos pés de Waris com pouco mais do que 5 minutos jogados na etapa complementar. As intenções dos ingleses foram sol de pouca dura e cedo o jogo voltou ao seu ritmo lento e monótono. Entre oportunidades ou meias oportunidades o resultado podia ter mexido. Destacar uma flagrante de Óliver a pouco mais de 10 minutos do apito final e de Danny Ings uns minutos depois que proporcionou uma bela intervenção a Casillas. Nos bancos as substituições foram utilzadas para gerir o esforço dos atletas, sendo que Sérgio optou por lançar Sérgio Oliveira, Ricardo Pereira e Gonçalo Paciência e subtrair ao jogo André André, Waris e Aboubakar.

Foi, em traços gerais, um jogo desinteressante de acompanhar e que serviu para controlo de danos e para limpar um pouco a imagem deixada pelo FC Porto no jogo do Dragão. Fora das quatro linhas os adeptos portistas venceram de goleada. Enorme apoio teve o FC Porto esta noite e tem, agora, um título nacional para ganhar e dedicar a este Mar Azul.

A Liga dos Campeões termina aqui para os azuis e brancos e há que realçar um percurso que, embora com alguns jogos menos conseguidos, não deixou de ser meritório e que teve o condão de voltar a provar que uma hipotética conquista europeia de uma qualquer equipa portuguesa apenas poderá suceder por via da Liga Europa.

Bernardo Lobo Xavier
Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.

Subscreve!

Artigos Populares

Nuno Capucho está de volta ao Varzim

Nuno Capucho foi confirmado durante esta segunda-feira como novo treinador do Varzim, emblema que atua na Liga 3.

Sporting: janeiro para resolver situações complicadas

O Sporting deverá realizar poucas mexidas no plantel principal. Ainda assim, o emblema de Alvalade terá alguns problemas para resolver em janeiro.

Luís Campos comenta a compra de João Neves ao Benfica: «Foi o preço justo e correto»

Luís Campos abordou a contratação de João Neves por parte do PSG ao Benfica. O médio foi comprado por 60 milhões de euros.

Fim da novela: Filipe Luís renova com o Flamengo até 2027

Chegou ao fim a novela em torno da renovação de Filipe Luís. O técnico brasileiro estendeu o seu vínculo e renovou com o Flamengo por duas épocas.

PUB

Mais Artigos Populares

Rui Borges foca atenção no FC Porto e afasta Benfica: «Não olho para terceiro, nem quero pensar»

Rui Borges analisou o desfecho do Sporting x Rio Ave. Leões ganharam vilacondenses por 4-0 na Primeira Liga e o técnico falou na conferência de imprensa.

Antigo internacional brasileiro campeão do Mundo em 2002 coloca Portugal entre os 4 favoritos para o Mundial 2026

O antigo internacional brasileiro Denílson colocou Portugal entre os quatro favoritos para a conquista do Mundial 2026. O ex-jogador venceu o Mundial 2002 com Luiz Felipe Scolari.

César Peixoto e Vasco Seabra em troca de palavras após o Arouca x Gil Vicente: «Gosto pouco de desonestidade intelectual»

César Peixoto e Vasco Seabra não ficaram de acordo em relação à análise do Gil Vicente x Arouca, que terminou empatado a dois golos. Os dois treinadores falaram após a partida.