O onze do FC Porto

    Exímio e imparável no um para um e em condução de bola, tem presenteado as bancadas do Dragão com variadíssimas grandes exibições. Tem sido, ainda, o complemento perfeito para Maxi com que se tem entendido muito bem na ala direita e a quem tem dado um importante apoio defensivo. Assim se mantenha a este nível e não tardará muito até que os tubarões europeus o venham pescar.

    Na esquerda, Otávio. Está lesionado e quem tem assumido a posição é Brahimi mas, quando em condições, a opção tem recaído sempre sobre o jovem brasileiro. Protagonista de um inicio de época a todo o gás, vinha perdendo algum fulgor. É um jogador de enorme qualidade a quem fez maravilhas o empréstimo ao Vitória de Guimarães na temporada passada. Parte da esquerda quase sempre para movimentos interiores, abrindo espaço à subida do lateral ou às movimentações de Diogo Jota. Portador de um pé direito delicioso e de uma habilidade técnica e qualidade de passe bem acima da média, parece estar destinado a grandes feitos pois qualidade não lhe falta. É jovem e ainda pauta pela inconstância mas a aposta justifica-se e muitas alegrias dará aos adeptos portistas. Para além de qualidades ofensivas tem demonstrado enorme altruísmo no processo defensivo na ajuda a Alex Telles.

    No eixo do ataque, duas promessas made in Portugal: Diogo Jota e André Silva. O primeiro, emprestado pelo Atlético de Madrid, alterna entre o apoio a André Silva e a ala esquerda. Velocista nato, tem alguma técnica e boa capacidade finalizadora. André Silva, o menino bonito das bancadas do Dragão é um jovem ponta de lança igualmente rápido e muito trabalhador que ainda foge demasiado da área e do golo para funções que não são, ou não deveriam ser, as suas. Apresenta limitações evidentes no um para um e ainda lhe falta capacidade de decisão, sendo que, ainda assim, apresenta números interessantes no que à média de golos diz respeito. São dois jogadores fundamentais na primeira zona de pressão que não deixam nenhum defesa central descansado. Grande expectativa acerca da futura evolução destas pérolas portuguesas.

    Uma última nota para dizer que no banco encontram-se ainda jogadores como André André (médio versátil e trabalhador), Rúben Neves (médio defensivo de enorme talento), Brahimi (enorme jogador argelino que, quando com a cabeça no lugar, é um dos melhores jogadores do nosso campeonato) ou Miguel Layun (lateral mexicano que, pese embora algumas limitações defensivas, garante um elevado número de assistências por época). Há, ainda, alguns outros jogadores que podem ser úteis no decorrer de uma época como Herrera, Boly, João Carlos Teixeira, Evandro ou até, o jovem ponta de lança Rui Pedro.

    Em suma, o plantel do FC Porto é composto por um conjunto de 15/16 jogadores muito capazes que em pouco fica a dever aos rivais (o Benfica tem claramente o melhor plantel em Portugal) e mais do que suficiente para lutar pela conquista do Campeonato. Assim que haja competência do treinador e união, compromisso e dedicação da equipa e o caminho para o sucesso ficará mais curto e plano.

    Foto de capa: FC Porto

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    Bernardo Lobo Xavier
    Bernardo Lobo Xavierhttp://www.bolanarede.pt
    Fervoroso adepto do futebol que é, desde o berço, a sua grande paixão. Seja no ecrã de um computador a jogar Football Manager, num sintético a jogar com amigos ou, outrora, como praticante federado ou nos fins-de-semana passados no sofá a ver a Sporttv, anda sempre de braço dado com o desporto rei. Adepto e sócio do FC Porto e presença assídua no Estádio do Dragão. Lá fora sofre, desde tenra idade, pelo FC Barcelona. Guarda, ainda, um carinho muito especial pela Académica de Coimbra, clube do seu pai e da sua terra natal. De entre outros gostos destacam-se o fantástico campeonato norte-americano de basquetebol (NBA) e o circuito mundial de ténis, desporto do qual chegou, também, a ser praticante.