Os mesmos que crucificavam Nuno e o presidente são os mesmos que agora proclamam a competência do treinador e entoam cânticos de endeusamento a Jorge Nuno Pinto da Costa. Já dei a minha opinião sobre os dois, reconheço a competência de Nuno, mas não considero que tenha uma ideia de jogo condizente com os pergaminhos de um clube como o Porto (oxalá ele e a equipa possam contrariar esta tese), e já aqui dissequei alguns dos erros de palmatória cometidos pela estrutura, sem nunca deixar de lado uma enorme gratidão por tudo de bom que já fizeram no clube.
O presente artigo tem o intuito de pedir alguma calma aos adeptos portistas, relembrando-os de que o excesso de confiança é o maior inimigo do sucesso e, portanto, há que pensar as coisas jogo a jogo e manter o apoio à equipa nas boas e nas más horas. Já vimos este filme nesta época e, depois disso, já vimos o clube afundar-se e ser eliminado de uma das provas mais importantes. É necessário, então, encontrar o equilíbrio necessário para que este momento se prolongue no tempo (para tal, é fundamental uma vitória em Santa Maria da Feira em semana de dérbi lisboeta) e para que, mais uma vez, contra tudo e contra todos, possamos festejar na Avenida dos Aliados, e por esse país e mundo fora, a conquista do 28.º título de campeão nacional da nossa história.
Em suma, quando estamos a chegar a sensivelmente um terço do campeonato, o Porto encontra-se naquele momento a que habitualmente se chama “ou vai ou racha”. Ou seja, ou se constrói em cima destes resultados e desta espécie de libertação e desbloqueio mental da equipa e se parte para uma caminhada triunfal, ou se volta a entrar nesta montanha russa de resultados e exibições que apenas conduzirão a mais uma época de insucessos. Está na altura de mostrar união e fibra de campeão.
Foto de capa: ogol
Artigo revisto por: Manuela Baptista Coelho