Rui Pedro: o menino que nunca vingou de dragão ao peito

    Retomando a história que começou a levar outro rumo, falamos agora da chegada de Sérgio Conceição que pode ter terminado com o sonho de Rui Pedro.

    Estávamos em 2017/2018 e o número 59 acabou por não cumprir nenhum minuto oficial com a camisola do FC Porto. Foi emprestado ao Boavista FC e o entendimento com Jorge Simão também não foi o melhor, tendo marcado um golo nos 20 jogos que disputou. A promessa estava adiada, mas pensava-se que ainda havia a esperança de se voltar a ver o Rui Pedro de dia 3 de dezembro de 2016. Não se viu mais…

    Seguiu-se mais uma curta passagem pela formação B portista e de seguida o Varzim SC sem qualquer tipo de sucesso.

    Já que em Portugal parecia que Rui Pedro não explodia, os dirigentes do FC Porto pensaram que na terra de Nuestros Hermanos, o ponta de lança português poderia dar cartas, nem que fosse para os dragões poderem ter algum lucro financeiro. As televisões espanholas apenas transmitiram dois golos de Rui Pedro no Granada CF B e o regresso ao país natal estava consumado.

    A última época significou um empréstimo ao Leixões SC, que é, desde há uns dias, a nova e definitiva casa de Rui Pedro. O FC Porto percebeu que estava perante uma promessa demasiado adiada e que precisava de outro rumo. Foi feita uma rescisão de contrato e a história de um jogador, também ele portista de sangue, terminou de uma forma que em 2016/2017 ninguém sonharia.

    Pode haver várias explicações para todo este insucesso. A primeira é claramente a ascensão demasiado rápida de um menino de 18 anos que passou a herói e craque de um dia para o outro. Isso pode ter pesado na cabeça de Rui Pedro e foi um entrave para o seu desenvolvimento sustentado.

    Outra explicação pode ser, quiçá, a falta de empenho do jovem ponta de lança, o que realmente nunca passaria em claro para Sérgio Conceição e nas restantes equipas. Se for esta a explicação, está tudo nas mãos de Rui Pedro que, aos 22 anos, ainda pode ser aquilo que esperávamos dele. É um ponta de lança bastante inteligente, veloz, com uma técnica notável e com movimentos e uma estatura que nem são típicas de um ponta de lança.

    Agarra bem o futuro e pode ser que, um dia, voltes à casa mãe!

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    João Castro
    João Castrohttp://www.bolanarede.pt
    O João estuda jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. A sua grande paixão é sem dúvida o jornalismo desportivo, sendo que para ele tudo o que seja um bom jogo de futebol é bem-vindo. Pode-se dizer que esta sua paixão surgiu desde que começou a perceber que o mundo do futebol é muito mais que uma bola a passear na relva.