Jesus ganhou no balneário
No regresso para a segunda parte, Nuno, decontente com o desvanescimento da sua equipa, lançou Óliver e retirou Corona. O médio espanhol, contratado durante a semana ao Atlético de Madrid, estreou-se nesta que é a sua segunda passagem pelo FC Porto neste clássico. Mas, por muita qualidade que qualquer adepto reconheça a Óliver, a verdade é que esta mexida tática contribuiu, indiscutivelmente, para um maior apagão do FC Porto. Os segundos quarenta e cinco minutos são fáceis de contar: o FC Porto tentou assumir a iniciativa do jogo em busca do empate, mas o Sporting foi sempre coeso o suficiente para anular o jogo dos dragões. O cansaço acumulado da pressão alta que tentou exercer desde cedo denotou alguma falta de ideias no FC Porto. Jorge Jesus, que acabou expulso pelo árbitro Tiago Martins, venceu a batalha tática contra Nuno Espírito Santo, uma vez que a leitura e os ajustes que fez ao jogo surtiram os efeitos pretendidos.
Esta partida foi também importante para retirar algumas ilações relativamente aos dois plantéis. É inegável que, nesta fase, o Sporting CP está melhor preparado que os dragões e que a quantidade de soluções apresentada é bastante superior. O FC Porto arranca para a nova temporada com um plantel novamente curto e que parece não corresponder à grandeza dos objetivos a que se propõe.