O futebol em Portugal é e, infelizmente, sempre será um monte de desvalorização. É muito raro ver um adversário a elogiar aquele que lhe fez frente e ganhou com isso. Os média e as redes sociais permitem que isso vá acontecendo e fomentam estas pequenas guerrinhas que acabam em newsletters sem qualquer fundamento.
E qual é o novo alvo de todas as críticas? Como podemos imaginar, vem diretamente do Irão e é o avançado do FC Porto, Mehdi Taremi.
O iraniano é um dos jogadores com mais QI posicional que alguma vez pisou um relvado portista, é normal ver o avançado a abrir linhas de passe ou a arrastar defesas. Com Sérgio Conceição, o jogador, principalmente nesta época, redescobriu-se em campo, procura mais fazer o jogo.
Isto de fazer o jogo tem muito que se lhe diga. Treinadores dirão que é um jogador que cria jogadas, finaliza e ainda consegue dar aos colegas de campo para finalizarem, isto é, Taremi.
Quando o FC Porto joga com dois avançados, normalmente Evanilson e Taremi, é costume ver este último a recuar como se de um médio se tratasse, a estar disponível para fazer tabelas na ala, ou mesmo a ser o primeiro o “1º defesa” nos processos defensivos do FC Porto.
🤫 In the fall of 2019, Mehdi Taremi decided to move to Europe from the Persian Gulf.
Since then, he has amassed an incredible run – one of the best in Asian football history.
Mehdi Taremi’s total stats in 🇵🇹#LigaNos and the #UCL.
⚽️ 63 goals
🅰️ 40 assists pic.twitter.com/BJO7TADnpV— Persian Soccer (@prznsoccer) April 11, 2022
Em qualquer bola que disputa é possível sentir que o jogador ataca a bola como se fosse a última da carreira, não desiste, todas as jogadas podem dar em algo positivo para a equipa. O último toque na bola tem de ser dele. É assim que, por vezes, acaba por ser derrubado na área adversária.
Não são erros da arbitragem, nem erros dos jogadores adversários que cometem a falta. É a fração de segundo em que se toma uma decisão. O jogador em questão toma a decisão sem qualquer dúvida ou ponta de hesitação, e os adversários não conseguem não cometer falta.
Portanto, todos os dedos apontados ao iraniano devem ser bem pensados e bem analisados por parte de quem tem a competência.