CD Santa Clara 2-0 FC Paços de Ferreira: Objetivo açoreano consumado

A CRÓNICA: UMA PARTIDA DE BRAVOS

O Estádio de S. Miguel abre portas para a 33ª. Jornada da Primeira Liga, a última partida nos Açores, antes do término do campeonato. Num frente a frente, entre o CD Santa Clara e FC Paços Ferreira, na luta pelos 3 pontos importantíssimos no remate final da época. Ambas equipas trouxeram várias alterações ao onze inicial. Será, sem dúvida, um jogo interessante e bem disputado.

O apito inicial soava e estava dado o mote para a primeira parte. Logo aos dois minutos de jogo, depois de um lance de bola parada, o Santa Clara tentava a sua sorte através de Paulo Henrique, no entanto,

Alguns minutos depois o inesperado viria, o guardião das redes do Paços Ferreira, Vekic, sai de forma imprudente da baliza e quase atinge Rui Costa. O árbitro mostrava o vermelho direto expulsando, assim, Vekic e forçando César Peixoto a fazer alterações na sua equipa. Substituição feita, era hora de o mágico Lincoln marcar a falta. Este, de forma ímpar, coloca a redondinha no marcador inaugurando, assim, o marcador.

Depois de um ritmo frenético nos minutos iniciais os ânimos acalmaram. Jogo mais centralizado a meio-campo, sem situações de perigo, com a equipa da casa a chegar mais facilmente à zona da baliza do Paços e algo faltoso. Ao cair do pano para o intervalo, é Lincoln que tenta rematar, mas acaba por sair à figura do guarda-redes.

Segunda parte começava com duas equipas comum ânimo renovado e algo agressivos. O Paços Ferreira a tentar sair mais, a mostrar mais agressividade e proativos. Os bravos açorianos também não se mostravam resignados com o marcador e aproveitavam todos os momentos e os lances de bola parada para ameaçar.

Depois de algumas tentativas, chegou a hora de brilhar. Num lance caricato, o bravo açoriano, Rui Costa de cabeça tenta marcar, mas a bola é desviada, Lincoln no ressalto tenta a sua sorte, mas o atento Jeimes consegue defender, estava escrito que era Ricardinho a fazer o segundo golo da partida deixando, assim, as bancadas em êxtase.

E o Santa Clara tinha ligado o termo e transformou o jogo numa partida de sentido único. Vários são os remates e as tentativas de marcar o terceiro golo. Ricardinho teria essa proeza mas o golo acabaria por a ser anulado por fora de jogo.

Soava o apito final e a equipa dos Bravos Açorianos mostraram que, mais uma vez, os sonhos não são demasiado altos para os Açores. Apesar de encontrarem pela frente um último jogo muito difícil fora de portas, em casa, mostrou-se capaz e determinado em dar o seu melhor. Fecham assim as portas para a próxima temporada, no Estádio de S. Miguel.

 

A FIGURA

FC Porto CD Santa Clara
Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

Lincoln – Sem ser exuberante, foi declaradamente o jogador em destaque na partida, marcando um golo e envolvendo se nas melhores oportunidades de criação da equipa.

 

O FORA DE JOGO

Vekic- O guardião esloveno foi pouco feliz numa intervenção logo a abrir o jogo e viria a prejudicar a estratégia da sua equipa para a partida.

 

ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA

O CD Santa Clara alinhou-se com o esquema tático 4-2-3-1. Mario Silva, ciente da manutenção já adquirida, optou por rodar a equipa naquele que foi o último jogo em casa para o campeonato. Ricardo Fernandes substituiu o lesionado Marco Pereira na baliza. Sagna foi o dono da lateral direita e Paulo Henrique continuou a ser dono e senhor da esquerda. No eixo central, Tassano e João Afonso fizeram dupla. Morita e Ruben Oliveira formaram uma dupla inédita no miolo do terreno, tendo Lincoln a pisar terrenos mais adiantados. Rui Costa jogou descaído pela direita, Ricardinho pela esquerda e Tagawa manteve-se como homem mais adiantado na frente de ataque.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Ricardo Fernandes (5)

Paulo Henrique (3)

Tassano (3)

João Afonso (4)

Pierre Sagna (4)

Rúben Oliveira (3)

Morita (4)

Rui Costa (4)

Lincoln (6)

Ricardinho (6)

Tagawa (4)

SUBS UTILIZADOS

Mohebi (5)

Oscar Barreto 3)

Rodolfo Cardoso (-)

Nené (-)

Patrick (-) 

 

ANÁLISE TÁTICA – FC PAÇOS FERREIRA 

O FC Paços Ferreira alinhou-se com o esquema tático 4-2-3-1. À semelhança de Mário Silva, Cesar Peixoto operou algumas substituições no onze escalado. Vekic, homem que viria a sair precocemente do jogo, foi o dono das redes.  Fernando Ferreira obteve um voto de confiança e voltou a ser titular como lateral direito, Bastos jogou na lateral contrária, pela esquerda. Ganchas e Baixinho foram os titulares no centro da defesa. Rui Pires e Luiz Carlos jogaram de perfil, num duplo pivot defensivo, Zé Uilton jogou encostado pela direita e Lucas Silva, apesar da substituição, alinhou pela esquerda. Nuno Santos teve a batuta do jogo ofensivo da equipa, atuando a 10 e Denilson foi o homem mais adiantado na frente pacense. 

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Vekic (-)

Fernando (4)

Marco Baixinho (3)

Pedro Ganchas (3)

Bastos (3)

Luiz Carlos (6)

Rui Pires (4)

Uilton (3)

Nuno Santos (4)

Lucas Silvas (-)

Deni Jr. (3) 

SUBS UTILIZADOS

Jeimes (3)

Matchoi Djaló (4)

Nuno Lima (4)

 

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

CD Santa Clara

BnR: O Santa Clara consegue alcançar uma volta inteira sem perder em casa. Era um objetivo intermédio que definiu em conjunto com o grupo?

Mário Silva: Não foi um objetivo definimos. Tínhamos o objetivo jogo após jogo, ganhar todos os jogos em casa. As coisas foram surgindo, vamos conseguindo ser invencíveis. É uma obra muito bem feita pelos nossos jogadores batemos recordes de ponto e de invencibilidade. Todos estão de parabéns principalmente os nossos grandes obreiros, os jogadores. Eles acreditaram na nossa palavra. Estamos muito felizes e orgulhoso pelo ambiente saudável que se vive neste balneário.

 

FC Paços Ferreira

BnR: O FC Paços Ferreira tem vindo a alcançar bons resultados nas últimas jornadas mas hoje foi infeliz. Acha que a expulsão prematura do guarda redes Vekic condicionou a estratégia para a partida?

César Peixoto: Completamente. Tivemos limitações durante a semana mas tínhamos uma equipa pronta e competitiva. A expulsão e o golo condicionou logo o jogo. O Santa Clara está a fazer um bom trabalho com o Mister Mário Silva, a jogar em casa, a ganhar e consegui mudar o jogo como queria. As nossas alterações serviam para sermos mais incisivos e jogar em profundidade e conseguimos durante uns 15 minutos.

Raquel Roque
Raquel Roquehttp://www.bolanarede.pt
A Raquel vem dos Açores, do paraíso no meio do Oceano Atlântico. Está a concluir a licenciatura em Estudos Portugueses e Ingleses. Guarda os clássicos da literatura, a Vogue e os jornais desportivos na mesma prateleira.                                                                                                                                                 A Raquel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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