FC Famalicão 1-1 CS Marítimo: A previsibilidade de uns é a oportunidade de outros

    A CRÓNICA: EXPERIÊNCIA DOS MADEIRENSES PREVALECE PERANTE A JUVENTUDE FAMALICENSE

    João Pedro Sousa lançou duas das três contratações de inverno no onze inicial deste jogo. Foram eles Ivo Pinto e Coly e ambos mostraram que ainda não assimilaram a ideia de jogo do técnico português. Numa primeira parte com um início algo faltoso, o FC Famalicão optou por exercer uma pressão alta que obrigava o CS Marítimo a procurar os avançados com passes longos. Este tipo de lance tanto surtiu efeito que, aos 22 minutos, Correa serviu Joel Tagueu que com uma “ajuda” de Roderick disparou para o fundo das redes. No que restou da primeira parte, o conjunto famalicense foi incapaz de criar perigo e de construir jogo a partir de trás como tanto gosta de fazer. Os ataques da equipa da casa passavam pela procura dos alas, mais Fábio Martins que Diogo Gonçalves, que depois tentavam variar o flanco de jogo. No entanto, o Marítimo preparou-se bem para este cenário e a defensiva maritimista conseguiu sempre antecipar-se às entradas do FC Famalicão na sua grande área. Assim, sem ideias, e com um estilo de jogo repetitivo, houve uma espécie de acomodação defensiva, por parte do CS Marítimo, que se encontrou confortável até ao cair do pano, quando Toni Martinez ainda conseguiu evitar a derrota respondendo, da melhor forma a um cruzamento.

     

    A FIGURA

    Fonte: CS Marítimo

    CS Marítimo – Se nos últimos jogos foi a consistência defensiva que faltou, neste, em Famalicão, foi exatamente o que fez a diferença. Os jogadores mostraram-se focados e interpretaram o plano de jogo de José Gomes de uma forma tão perfeita que, conseguiram tornar o FC Famalicão numa equipa previsível, que não é. Tudo isto, aliado à experiência da equipa, fez com que conseguissem passar um jogo confortáveis, mesmo em casa da equipa sensação do campeonato.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: FC Famalicão

    FC Famalicão – Pela primeira vez na época, viu-se um Famalicão previsível e algo apático. A abordagem ao encontro de hoje não resultou e, perante um Marítimo aguerrido e concentrado, os famalicenses não conseguiram criar o perigo que lhes é reconhecido. Um jogo algo atípico para a equipa da casa que demonstrou falta de experiência para lidar com certos momentos do jogo que o Marítimo ia causando, enquanto se via à frente do marcador.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Vaná (6)

    Ivo Pinto (5)

    Fábio Martins (7)

    Gustavo Assunção (6)

     Riccieli (5)

    Diogo Gonçalves

    Roderick (5)

    Pedro Gonçalves (5)

    Anderson (6)

    Coly (6)

    Uros Racic (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Rúben Lameiras (5)

    Toni Martinez (6)

    Ofori (5)

    ANÁLISE TÁTICA – FC FAMALICÃO

    A equipa de João Pedro Sousa entrou com determinação, à procura do golo inaugural da partida. Exerceram pressão alta no meio-campo defensivo do CS Marítimo e obrigaram a defensiva madeirense a despejar a bola várias vezes para o seu meio-campo ofensivo. Os famalicenses procuraram atacar maioritariamente pelas alas, principalmente através de Fábio Martins que, com a sua visão de jogo tentou sempre variar com passes diretos, pelo ar, o flanco de jogo para poderem usufruir de uma eventual descompensação defensiva do Marítimo. Para além de Fábio Martins, não houve quem conseguisse desequilibrar, já que os médios nunca conseguiram criar perigo pelo interior.

     

    11 INICIAL E PONTUAÇÔES

    Amir (7)

    Bebeto (7)

    Zainadine (7)

    Correa (7)

    Rodrigo Pinho (6)

    Rúben Ferreira (6)

    René Santos (7)

    Nanu (7)

    Vukovic (6)

    Joel Tagueu (7)

    Moreno (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Edgar Costa (6)

    Getterson (-)

    Jhon Cley (-)

     

     

    ANÁLISE TÁTICA – CS MARÍTIMO

    O CS Marítimo entrou com um plano de jogo baseado nas transições ofensivas. Procuraram muitas vezes Joel Tagueu com passes longos para o camaronês e beneficiaram aliás da pressão alta do FC Famalicão para lhe fazer chegar a bola com qualidade. Foi assim que se adiantaram no marcador no estádio 22 de Junho, com Joel a beneficiar de um corte incompleto de Roderick para se isolar e, na cara de Vaná, a rematar para o fundo das redes. No resto do jogo, viu-se um Marítimo consistente a nível defensivo que ia conseguindo para os ataques famalicenses, de forma aparentemente fácil. No aspeto defensivo, de destacar Réne Santos e Bebeto que demonstraram estar em grande forma e muito atentos durante os noventa minutos.

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    FC Famalicão

    BnR: Coly e Ivo Pinto estrearam-se a titulares. Que análise faz às exibições destes dois jogadores?

    João Pedro Sousa: “Estou muito feliz com a exibição do ivo Pinto. Deu seguimento ao que já tinha feito em Paços de Ferreira. Subiu bem pela lateral e conseguiu defender bem. Quanto ao Coly, chegou mais tarde, mas fez, também ele, um grande jogo. Só vieram demonstrar a grande qualidade que têm e vieram acrescentar qualidade ao plantel.”

    CS Marítimo

    BnR: O Marítimo adaptou-se à forma de atacar do Famalicão ao longo do jogo. Considera que a pressão exercida pelos famalicenses favoreceu o seu plano de jogo ofensivo?

    José Gomes: “Sim, um jogador não pode ser omnipresente. A saber que o FAmaçicão gosta de fazer essa pressão tínhamos que arranjar uma forma de passar por essas linhas, de forma a chegar, não só ao Joel, mas também ao Rodrigo, ao Correa e ao Rúben (Ferreira). Os jogadores interpretaram e executaram bem o plano de jogo e estou contente com esse aspeto.”

    Foto de Capa: FC Famalicão

     

     

     

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    João Filipe Brandão
    João Filipe Brandãohttp://www.bolanarede.pt
    O João tem 21 anos e é uma amante da escrita jornalística e do futebol. O seu principal valor que pretende levar para sempre é a imparcialidade, não tendo, por isso, qualquer preferência clubística. A sua verdadeira preferência recai sobre o futebol enquanto modalidade. Está a tirar a licenciatura em Ciências da Comunicação na Universidade do Porto.                                                                                                                                                 O João escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.