Liga Portuguesa 2014-2015: O mesmo objetivo com os protagonistas de sempre

Esta sexta feira começa a principal prova do futebol português, o campeonato nacional da I Liga. O FC Porto-Marítimo dará o pontapé de saída para um campeonato envolto em polémica, em virtude das dificuldades vividas pelo organizador da competição, a Liga. Apesar das dúvidas em torno da prova, o Estádio do Dragão funcionará como ponto de partida para uma maratona de 34 jornadas que consagrará em maio o novo campeão nacional. O Bola na Rede traz-lhe agora o primeiro de três artigos de antevisão ao campeonato português. No que à luta pela manutenção diz respeito, são nove as equipas que apontamos como tendo por principal objetivo a fuga aos lugares de despromoção: Vitória de Setúbal, Académica, Arouca, Gil Vicente, Belenenses, P. Ferreira, Penafiel, Boavista e Moreirense.

Vitória de Setúbal

O sétimo lugar alcançado pelos sadinos na última temporada não parece argumento suficiente para levar a equipa vitoriana a alterar os objetivos para a nova época. José Couceiro trocou os sadinos pelo Estoril-Praia, levando o presidente Fernando Oliveira a escolher Domingos Paciência para comandar a equipa. No plantel vitoriano, destaque para as entradas de Lukas Raeder, ex-guarda redes do Bayern de Munique; Hélder Cabral, que regressa ao futebol português, proveniente do APOEL; e ainda Diego Maurício, avançado internacional sub- 20 pelo Brasil que promete ser uma das revelações da equipa do Sado. Relativamente a saídas, destaque para Kieszek, que rumou também até Estoril; Ramón Cardozo, atualmente no Moreirense; João Mário e Betinho, que regressaram a Alvalade; Ricardo Horta, que foi para o Málaga; Rafael Martins, que foi para o Levante; e ainda Pedro Tiba, contratado pelo Sp. Braga.

Académica de Coimbra

Depois de uma temporada tranquila, os estudantes procuram igualar ou até melhorar o 8.º posto alcançado em 2013-2014. Ainda assim, a mudança de técnico (Sérgio Conceição foi para Braga, tendo chegado para o seu lugar o ex-técnico do Sporting, Paulo Sérgio) e a saída da espinha dorsal da equipa da última época fazem adivinhar um início de campeonato complicado para os estudantes. Destaque para as saídas de Ricardo (FC Porto), Djavan (Benfica e posteriormente Sp. Braga), Salvador Agra e Marcelo Goiano (Sp. Braga), Halliche (Catar) e Makelele (Kuwait). A entrada mais sonante foi a de Rui Pedro, ex-Cluj, que procura melhorar um plantel que tem em João Real, Fernando Alexandre e Marinho as principais referências.

Arouca FC

O regresso à I Liga na última época não representou um sobressalto tão grande como se esperava para a equipa arouquense. A experiência de Pedro Emanuel foi decisiva para o 12.º lugar em 2013-2014 e esta época o Arouca procura novamente fazer um campeonato tranquilo, sempre dentro das limitações financeiras do clube. Por isso, foram poucas as alterações no plantel, com destaque para as chegadas de Dabó (Sp. Braga), Artur (Marítimo) e Nildo (Videoton) e as saídas de Cissé (Sporting), Ceballos (Tottenham) e Cássio (Rio Ave). David Simão, Bruno Amaro, Rui Sampaio e André Claro são as principais figuras do plantel.

Gil Vicente FC

Depois de na época passada ter feito um excelente primeiro terço de campeonato, com 17 pontos em 30 possíveis, a equipa de João de Deus apenas conseguiu garantir a manutenção na antepenúltima jornada, terminando a época com 31 pontos. O plantel sofreu poucos reajustes e, da espinha dorsal da equipa, destaque apenas para as saídas de Hugo Vieira, cujo empréstimo terminou, e de Danielson, que rumou a Moreira de Cónegos. Nas entradas, destaque para os regressos ao futebol português de Evaldo (ex-FC Porto e Sporting) e Gladstone (ex-Sporting), bem como para a contratação sonante de Diogo Valente, emprestado pelo Cluj depois de ter atuado na última época na Académica de Coimbra. Diogo Viana, César Peixoto, João Vilela e Gabriel continuam como referências dos gilistas.

CF Belenenses

As dificuldades no clube do Restelo são muitas e, por isso, apesar de ser uma das cinco equipas que já se sagraram campeãs nacionais de futebol, as exigências não são muitas para a equipa de Lito Vidigal. A manutenção é o único objetivo realista para uma equipa com limitações orçamentais e que na última época apenas na derradeira jornada conseguiu fugir à II Liga. As alterações no plantel da equipa do Restelo não foram muitas, apesar das saídas de jogadores de destaque da última época, como André Geraldes, que rumou a Alvalade; João Pedro, que rumou ao Moreirense; Duarte Machado, atualmente no Olhanense; e Fernando Ferreira, que foi para o Marítimo. Quanto a entradas, apenas realce para a chegada do central Palmeira (ex-Sp. Braga e Tondela), bem como para o regresso de Abel Camará, após empréstimo. Miguel Rosa continua a ser a principal esperança da equipa do Restelo para a nova época.

FC Paços de Ferreira

Depois de na época 2012-2013 a equipa pacense ter atingido o impensável, com o apuramento para o play-off da Liga dos Campeões após o terceiro lugar no campeonato, a última época quase trouxe o Paços do “céu ao inferno”, com o modesto 15.º e penúltimo lugar na I Liga. O play-off frente ao D. Aves foi a bóia de salvação dos “castores”, que conseguiram dessa forma garantir a presença na I Liga deste ano. Para a nova época, a grande novidade prende-se com o regresso de Paulo Fonseca ao comando técnico, depois de uma época de pesadelo do treinador revelação no FC Porto. O plantel sofreu várias saídas importantes, como as de Tony (Penafiel), André Leão (Valladolid), Del Valle (Rio Ave), Bebé (SL Benfica) e Tiago Valente (Legia Gdansk). Nas entradas, destaque para as chegadas de Rúben Ribeiro, após empréstimo ao Rio Ave; de Cícero e Hurtado, que haviam estado emprestados ao FC Astana e Peñarol, respetivamente; bem como as contratações de Nélson Pedroso (ex-Vitória de Setúbal) e Rodrigo Galo, que já havia atuado no Gil Vicente. Boaventura, Filipe Anunciação, Sérgio Oliveira e Manuel José continuam no plantel e prometem ser figuras importantes numa época de transição para a equipa da capital do móvel, que nas duas primeiras jornadas defronta o Benfica no Estádio da Luz e o FC Porto na Mata Real.

FC Penafiel

O terceiro lugar alcançado na última época foi suficiente para fazer regressar os penafidelenses ao convívio com os grandes do futebol português, oito anos depois. Miguel Leal, o timoneiro da última época, abandonou a equipa para rumar a Moreira de Cónegos, tendo sido substituído por um dos treinadores revelação da última II Liga, Ricardo Chéu, que treinava o Académico de Viseu. Em Penafiel, o objetivo é garantir a manutenção o mais rapidamente possível, e os jogos da pré-época revelaram bons sinais da equipa de Chéu. No plantel do FC Penafiel, destaque para as saídas Mauro Caballero e de Fábio Ervões, e para as entradas de Bura (ex-D. Chaves), Tony (ex-Paços de Ferreira) e Rabiola (ex-Sp. Braga). As figuras da equipa – que transitam do plantel da última época – são Romeu Ribeiro, Aldaír e Mbala.

Moreirense FC

O atual campeão da II Liga regressa ao principal campeonato do futebol português depois de apenas uma temporada de ausência. A equipa de Moreira de Cónegos não continuou com Vítor Oliveira no comando técnico, optando por ir buscar Miguel Leal ao Penafiel. No plantel do Moreirense, destaque para as saídas de Miguelito (D. Chaves) e Edgar Costa, que rumou ao Nacional da Madeira. Quanto a entradas, a equipa recém-promovida tem sido uma das agradáveis surpresas do defeso, com vários nomes sonantes já contratados. Danielson (ex-Gil Vicente), André Marques (ex-Sion), Gerso (empréstimo do Estoril), Ramón Cardozo (ex-Vitória de Setúbal), João Pedro (ex-Belenenses) e Ricardo Ribeiro (ex-Estoril-Praia). Para além dos reforços de renome, a equipa de Miguel Leal conta no plantel com a experiência de jogadores como Marafona, Anílton Júnior, Diogo Cunha e Luís Aurélio.

Boavista FC

Longe vão os tempos em que os boavisteiros saíram à rua para festejar a conquista do campeonato, em 2001. Passaram 13 anos desde essa mítica vitória frente ao Desportivo das Aves que colocou os boavisteiros para sempre na história do futebol português. Desde essa altura que muito mudou no clube axadrezado, que, apesar de presenças na Liga dos Campeões e na meia-final da Taça UEFA em 2003, num ápice bateu no fundo após o processo Apito Final, que levou a equipa portuense até aos campeonatos não profissionais de futebol. A 16 de abril de 2013, a Liga Portuguesa aprovou o alargamento do campeonato de 16 para 18 equipas, fazendo o Boavista regressar a um lugar que nunca deixou de ser seu. As mudanças foram muitas, desde a presença de relvado sintético no Estádio do Bessa até à presença de Petit, campeão nacional em 2001, no atual comando técnico do Boavista. Com um dos orçamentos mais baixos da I Liga, os axadrezados apenas sonham com a manutenção neste regresso à I Liga. Para isso, foram inúmeras as contratações, muitas delas de jogadores desconhecidos, mas que nos permitem ainda assim destacar as entradas de Mika (ex-Benfica), Brito (ex-GilVicente) e Tengarrinha, defesa da formação do FC Porto. A tarefa não se adivinha fácil, mas a presença de jogadores como Pedro Costa, Fary e Bobô prometem trazer de novo as grandes noites de futebol de I Liga ao Estádio do Bessa.

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