Liga Portuguesa: Nunca mais é Sexta-Feira!

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    A espera acabou! Começou, finalmente, o campeonato português. Um dos mais esperados dos últimos anos e que, pela primeira jornada, deixou indicadores positivos de que poderá corresponder às expectativas de adeptos e dirigentes.

    O número de adeptos nos estádios ascendeu aos 150 mil, um número recorde numa jornada da Liga, desde, pelo menos, 2007/2008 (época em que se iniciaram  os registos oficiais) e nenhum deles terá ficado desiludido com o preço pago pelo bilhete, pois houve espectáculo e muitos golos em quase todas as partidas.

    A mais espectacular e emocionante terá acontecido em Belém, onde, no Restelo (o Bola na Rede esteve lá), o Belenenses empatou com o Rio Ave num encontro em que começou a perder (0-1), deu a volta ao marcador (2-1), ampliou a vantagem (3-1), mas não foi capaz de a segurar (3-3) perante um Rio Ave atrevido e com substituições (Guedes foi o principal impulsionador e Heldon o “ajudante”) que deram frutos, após a saída do maestro e figura maior dos azuis (Carlos Martins)… que não foram os únicos a ceder dois pontos, em casa, depois de terem estado em vantagem – no Bonfim, um Setúbal de duas faces entrou bem no duelo frente ao Boavista, foi para o balneário satisfeito com a vitória por 2-0, pensou tudo estar resolvido após ver o adversário reduzido a 10 unidades, mas há coisas que não mudam e a garra de Petit continua a contagiar os seus jogadores que não desistiram e, por intermédio de Afonso Figueiredo e Luisinho, repuseram a igualdade e voltaram para o norte com pontos.

    Ainda assim, houve equipas que conseguiram melhor que apenas um ponto nas deslocações a terreno alheio – o Arouca, por exemplo, revelou-se uma equipa muito bem organizada e paciente, esperando pelo melhor momento de forma a surpreender o Moreirense, que se viu impotente para travar Nuno Coelho e Maurides, autores dos golos arouquenses que fixaram o placard final em 0-2 para os visitantes, num duelo entre repetentes, no Minho… coisa que não foi única nesta jornada, pois também Sporting de Braga e Nacional, presentes na edição transacta da Liga NOS, se defrontaram na região do extremo noroeste do país, onde os madeirenses até conseguiram surpreender o seu adversário ao marcar cedo no encontro (Tiquinho inaugurou o marcador aos 2 minutos), mas falharam na materialização do factor surpresa e cedo o jogo foi igualado (11 minutos, por Pedro Santos, de penalti) para, mais tarde, e após uma exibição brilhante de Gottardi, “virar” a favor dos bracarenses, que tiveram em Román a arma secreta para fixar o resultado final em 2-1… o mesmo do derby da Madeira, onde o União levou a melhor sobre o Marítimo, numa das surpresas da jornada.

    A formação orientada por Norton de Matos entrou forte no jogo e chegou a vantagem por Breitner, ampliou a vantagem pelo goleador Élio Martins (não perdeu o faro do golo) e manteve o Marítimo controlado até aos 84 minutos, altura em que os verde-rubros reduziram por Dyego Souza, porém, já era tarde para estragar a festa dos recém-promovidos à Primeira Divisão portuguesa.

    Aboubakar foi a figura da jornada Fonte: Facebook do FC Porto
    Aboubakar foi a figura da jornada
    Fonte: Facebook do FC Porto

    O mesmo, porém, não poderá dizer o “companheiro de subida” do União, o Tondela, que, a jogar em casa, emprestada, foi derrotado por 1-2, ainda que obrigando o Sporting a suar para sair do Municipal de Aveiro com os três pontos – os leões estiveram em vantagem, viram a formação do distrito de Viseu empatar o encontro e só na compensação, graças a uma grande penalidade convertida por Adrien Silva, conseguiram respirar fundo… uma imagem semelhante à que aconteceu no Estádio da Luz, onde o Benfica, apesar da folgada vitória por 4-0, teve de suar e muito para levar de vencido o Estoril que só aos 74 minutos “caiu” com uma cabeçada de Mitroglou que abriu caminho à goleada encarnada, carimbada pelo miúdo (em evidência) Nélson Semedo, que lhes dá ânimo na defesa do título…

    … ainda que tenha os rivais à espreita. O FC Porto é uma ameaça séria e comprovou-o no Dragão, perante 50 mil espectadores, ao bater o Vitória de Guimarães por claros 3-0. A estrela da companhia foi Aboubakar numa equipa que vai impondo o seu domínio e que se exibiu em excelente plano, lançando um claro aviso à concorrência.

    A terminar a jornada, o Paços de Ferreira recebeu a Académica (1-0, marcou Roniel), num jogo menos animado que os restantes, mas onde ficaram boas indicações da equipa agora orientada por Jorge Simão e que fazem antever uma luta pela Europa com a competitividade da do ano passado.

    Estão lançados os primeiros dados. Se o início da Liga era aguardado com enorme expectativa, depois de uma jornada destas, só se pode pedir que o tempo passe rápido até ao próximo fim-de-semana!

    Treinador da Jornada: Lito Vidigal (FC Arouca)

    Para uma equipa que luta para a manutenção, assegurar os três pontos fora de casa no terreno de um rival alheio… vale seis. A caminhada tranquila que se deseja começou a ser trilhada da melhor forma, com uma vitória em Moreira de Cónegos que deixou bem vincada a superioridade arouquense em todos os aspectos do jogo e isso, claro, tem dedo do treinador, principalmente se atendermos à importância de jogadores como Nuno Coelho (um golo e muita segurança defensiva) e Roberto (jogo de sacrifício, mas foi crucial na gestão do processo ofensivo).

    Jogador da Jornada: Vincent Aboubakar (FC Porto)

    Fazer esquecer uma grande relação de amor não é para todos, mas Aboubakar conseguiu-o no jogo diante do Guimarães ao assinar os dois primeiros golos (subsiste, ainda assim, a dúvida sobre a atribuição do primeiro tento do camaronês) dos Dragões na Liga NOS e ao acrescentar algo ao processo ofensivo dos dragões – dimensão física.

    Foto de Capa: Facebook Oficial do Tondela

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    Pedro Machado
    Pedro Machado
    Enquanto a França se sagrava campeã do mundo de futebol em casa, o pequeno Pedro já devorava as letras dos jornais desportivos nacionais, começando a nascer dentro dele duas paixões, o futebol e a escrita, que ainda não cessaram de crescer.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.