Nuno Santos (Sporting CP)
Numa temporada em que o Sporting tem sido bastante irregular – entre exibições muito bem conseguidas e jogos em que a equipa está longe do campo – Nuno Santos tem sido um dos destaques positivos dos leões.
Os alas, pela projeção constante e pelo privilégio do jogo exterior, têm importância redobrada na proposta ofensiva dos leões. Neste contexto, Pedro Porro à direita tem sido o destaque leonino das últimas temporadas. Depois de uma temporada sem dono da posição – Rubén Vinagre perdeu a confiança de Amorim e Matheus Reis rendeu sempre mais como central – Nuno Santos assumiu a titularidade à esquerda.
O português habituado a jogar mais adiantado no terreno como extremo, foi adaptado e colocado a jogar como ala numa linha de cinco que dá muita liberdade aos jogadores de corredor para se projetarem. Apesar das lacunas no momento defensivo, o Sporting controla a maioria dos jogos pelo que o impacto de Nuno Santos no ataque leonino compensa a manta que fica curta quando a equipa é obrigada a defender.
Tem uma chegada muito forte e agressiva ao último terço, com capacidade de ganhar metros no corredor, de arrancar e de ganhar a linha para cruzar. Conta já com três assistências. É também um jogador que, apesar de jogar mais recuado, continua a garantir golos. Com o Sporting muitas vezes a construir preferencialmente pela direita, o lado esquerdo fica constantemente desprotegido e através de variações de flanco o Sporting consegue rapidamente colocar a bola em Nuno Santos em situações de vantagem dinâmica e, por vezes, numérica. Aliado à importância no momento da transição ofensiva, estão explicados os cinco golos que marcou na Liga Portuguesa.