Guga (Rio Ave FC)
Está finalmente a ter o protagonismo que lhe era preconizado. A lesão em 2016 manteve o português afastado dos relvados por quase dois anos e frustrou-lhe as possibilidades de subir à equipa principal do Benfica.
Andou algum tempo sem rumo e encontrou-o finalmente no Rio Ave. Luís Freire teve finalmente um projeto de primeira – o Nacional foi mais uma equipa, que um projeto – e não tem desiludido. Embora não assuma o jogo de forma constante, tem capacidade para sair a jogar, atraindo a pressão e criando o espaço a ferir. É também uma equipa muito forte a sair no contragolpe, com jogadores como Aziz, Boateng ou Fábio Ronaldo capazes de jogar em apoio e de enquadrar os colegas na procura do espaço para acelerar.
Numa equipa com tanta capacidade para ferir, Guga funciona muitas vezes como a válvula de escape que harmoniza o caos. Também tem capacidade para acelerar a partida, mas fá-lo com um critério que impressiona. Impressiona também a forma como consegue receber sem ser pressionado, não pela vontade dos avançados, mas sim pela capacidade de se posicionar. Quer nas costas da pressão, quer lateralizando – geralmente à esquerda – consegue arranjar maneira de receber orientado para ver o jogo de frente. Tem recursos técnicos no passe e é o elemento mais diferenciado dos vilacondenses neste quesito.
Recuperou os melhores índices físicos e assumiu-se como elemento-chave no Rio Ave. Se se mantiver afastado das lesões terá certamente oportunidade para cumprir o potencial que há muito lhe é apontado.