Na 23.ª jornada da Primeira Liga, Rio Ave e Paços de Ferreira encontraram-se no Estádio dos Arcos para uma partida ajuizada por Tiago Antunes. Recuando até à jornada anterior, os vilacondenses tinham perdido pela margem mínima no Estádio José Alvalade e, pelo contrário, os pacenses vinham de um triunfo caseiro por 2-1 diante do Vitória de Setúbal.
Inicialmente, servindo-se do fator casa, a equipa orientada por Luís Castro tomou as rédeas do jogo, realizando uma circulação de bola criteriosa e fortemente sustentada na qualidade técnica dos seus jogadores. Por outro lado, os castores protagonizaram inúmeras ações faltosas, que contrariaram a avalanche ofensiva que assolou o seu meio-campo.
Ao minuto 19, Rúben Ribeiro, numa jogada individual em que se deslocou para uma zona mais interior do terreno, rematou pujantemente, mas o esférico embateu num elemento da defensiva do Paços de Ferreira, condicionando a trajetória do mesmo. Seis minutos depois, o mesmo protagonista cobrou um livre, após falta de Marco Baixinho sobre o jovem Gil Dias, sem perigo para Defendi. Dando continuidade ao intenso caudal ofensivo, foi novamente Rúben Ribeiro a estar ligado a outra jogada de ataque dos rioavistas, servindo Krovinović, que disparou de forma desinspirada. Do lado dos auri-verdes, apenas Pedrinho tentou um chapéu, aos 20 minutos; contudo, Cássio não se deixou surpreender.
Abrindo a segunda metade, Gonçalo Paciência isolou Tarantini para a primeira oportunidade clara de golo, mas o guardião do Paços de Ferreira respondeu com uma excelente defesa. A formação de Vila do Conde manteve-se fiel ao registo exibido no primeiro tempo; no entanto, demonstrou dificuldades no capítulo da finalização.
Com a troca de Tarantini por Héldon, numa tentativa evidente de conferir uma maior profundidade ao corredor, o cabo-verdiano não demonstrou muitos dotes criativos e não arrancou nenhuma cartolina vermelha aos defesas Marco Baixinho, Gégé e Bruno Santos, todos eles amarelados. Depois de um ressalto na área dos pacenses, Héldon deixou o esférico para Gil Dias que, discreto, rematou atabalhoadamente. E nem as entradas de Guedes e de Ronan abalaram o coeso muro defensivo do conjunto de Vasco Seabra. A dois minutos do tempo regulamentar, numa situação contra-atacante de 4 para 2, Ivo Rodrigues teve nos pés uma possível oportunidade de deixar a defensiva rioavista em apuros; contudo, precipitou-se, optando pelo remate.