CD Tondela 3-0 CD Santa Clara: Anjo(s) da vitória

    A CRÓNICA: CD TONDELA VENCE NA ESTREIA À BOLEIA DE BIS DE DANIEL DOS ANJOS

    O ambiente vivido nos tempos pré-pandemia regressou ao Estádio João Cardoso para receber a estreia de CD Tondela e CD Santa Clara na Primeira Liga 2021/22. Com o retorno dos adeptos ao estádio (ainda que em dose reduzida), a parte mais importante de qualquer espetáculo volta a estar presente no futebol!

    Num jogo marcado pelas estreias de Eduardo Quaresma e Daniel dos Anjos na equipa tondelense, os açorianos apresentavam-se após terem vencido a primeira mão da terceira pré-eliminatória da Conference League, frente ao Olimpija Ljubljana.

    Os primeiros minutos da partida mostraram um Tondela a querer ter a iniciativa, e assim foi. A qualidade do meio-campo auriverde, com João Pedro e Tiago Dantas, permitiu à turma de Pako Ayestarán assumir o controlo da posse de bola.

    À passagem do minuto 19, o domínio deu frutos. O estreante Daniel dos Anjos recebeu um passe de Rafael Barbosa já dentro da área, driblou João Afonso e finalizou com classe. Os tondelenses podem ter encontrado o substituo ideal para a vaga deixada por Mario González.

    Poucos minutos depois, Jhon Murillo acertou com estrondo na barra, num lance que podia ter aumentado a vantagem da equipa beirã. A resposta por parte do Santa Clara só surgiu aos 36 minutos, na última oportunidade digna de registo na primeira parte, com Rui Costa a testar a atenção de Pedro Trigueira.

    No segundo tempo, foram os açorianos a entrar com um maior ascendente nos números da posse de bola, mas quem acabou por marcar foram mesmo os homens da casa. Ao minuto 54, Murillo foi lançado nas costas da defensiva açoriana e assistiu Daniel dos Anjos, que perante Marco Pereira bisou na partida. Vantagem dupla para os homens de Pako Ayestarán!

    Depois do segundo golo, o jogo caiu numa toada mais morna, com poucas oportunidades. O Santa Clara assumiu as rédeas da partida, na tentativa de chegar ao golo, mas foi João Pedro a testar a atenção de Marco Pereira, que defendeu para canto. Na sequência, Bebeto surge na área e é derrubada, sendo marcada grande penalidade a favor dos tondelenses. Na conversão, João Pedro coroou uma grande exibição com um golo, fazendo o 3-0.

    Até final, o Tondela manteve a exibição praticamente sem falhas e mereceu a vitória, contrastando com um Santa Clara em “ressaca europeia”. Aos açorianos, resta reagrupar e colocar o foco na jornada europeia que se avizinha.

     

    A FIGURA

    Daniel dos Anjos – O avançado do Tondela bisou na estreia pelos auriverdes. Em duas oportunidades fez dois golos e deixa “água na boca” aos adeptos beirões, que ainda têm saudades do goleador Mario González. Para já, boas indicações do brasileiro.

     

    O FORA DE JOGO

    Carlos Júnior é a ameaça maior para o SL Benfica
    Fonte: Carlos Silva/ Bola na Rede

    Carlos Júnior – A estrela da equipa açoriana esteve apagada durante todo o jogo. Longe da bola e da baliza, não foi capaz de impor o seu talento perante a defensiva adversária e, consequentemente, a equipa ressentiu-se. Jogo falhado do brasileiro.

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD TONDELA

    A equipa tondelense alinhou em 4-2-3-1, à semelhança do que havia sucedido no jogo da Taça da Liga frente ao Gil Vicente FC. O meio-campo a dois, com João Pedro e Tiago Dantas, dá uma enorme qualidade de passe e de troca de bola aos beirões, mas apresenta lacunas no momento defensivo. Na frente de ataque, Daniel dos Anjos cumpriu com o que se lhe pede (golos), assim como a jovem dupla de centrais (João Gonçalves e Eduardo Quaresma) também foi eficiente.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Pedro Trigueira (6)

    Bebeto (6)

    João Gonçalves (6)

    Eduardo Quaresma (6)

    Naoufel Khacef (6)

    João Pedro (7)

    Tiago Dantas (6)

    Salvador Agra (6)

    Rafael Barbosa (6)

    Jhon Murillo (7)

    Daniel dos Anjos (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Iker Undabarrena (6)

    Ricardo Alves (5)

    Renat Dadashov (5)

    Pedro Augusto (5)

    Telmo Arcanjo (5)

     

    ANÁLISE TÁTICA – CD SANTA CLARA

    Os comandados de Daniel Ramos alinharam em 4-3-3, como habitual. O meio-campo teve a principal surpresa, com a não inclusão de Anderson Carvalho na equipa e a entrada de Nené para o seu lugar. Também na frente de ataque houve troca em relação ao jogo europeu, com Rui Costa a assumir o lugar de Cryzan. Nota ainda para as principais figuras dos açorianos, Carlos Júnior e Morita, que estiveram discretos.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Marco Pereira (5)

    Rafael Ramos (5)

    João Afonso (5)

    Mikel Villanueva (5)

    Mansur (5)

    Nené (5)

    Hidemasa Morita (5)

    Lincoln (6)

    Carlos Júnior (5)

    Jean Patric (6)

    Rui Costa (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Mohamed Bouldini (5)

    Costinha (5)

    Ricardinho (5)

    Paulo Henrique (5)

    Kennedy Boateng (5)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    CD Tondela

    BnR: Voltou a apostar em ter apenas dois médios posicionais, é algo que pretende adotar esta temporada ou está ainda a aguardar por algum reforço para o meio-campo?

    Pako Ayestarán: Como falámos antes do jogo, até 31 de agosto tudo pode acontecer. Dependendo do adversário, vamos adaptar o nosso jogo, seja com dois ou com três no meio-campo. Tínhamos um plano para esta partida e os jogadores cumpriram-no, por isso parabéns a eles.

     

    CD Santa Clara

    BnR: Na segunda parte a equipa teve mais posse de bola, em contraste com a primeira. O que é que teve que mudar ao intervalo para que isso acontecesse?

    Daniel Ramos: Na primeira parte faltou-nos encontrar ligações, sobretudo entre a linha defensiva e a linha média. Ao intervalo falámos que era preciso ser mais assertivos, porque na primeira parte perdemos muitas vezes a bola e demos contra-ataques ao Tondela, eles são fortes nisso. Não dá para controlar sempre a bola, mas na segunda parte fomos mais homogéneos, tivemos a possibilidade de marcar mas acabámos por sofrer.

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    Alexandre Candeias
    Alexandre Candeiashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado por futebol desde sempre, tem o hábito de escrever sobre o desporto rei desde os tempos da escola primária, onde o tema das composições de Português nunca fugia da bola.