Rio Ave FC 2–0 Boavista FC: Guedes abriu o caminho e Yuri percorreu a passadeira

     

    CONFERÊNCIA BnR:

     

    Rio Ave FC
    Bola na Rede:
    Referiu há pouco que hoje o Rio Ave foi, por vezes, obrigado a sair de forma diferente daquilo que é o habitual, é justo dizer que foi o Boavista que obrigou o Rio Ave a adaptar-se ao contexto do jogo pela sua qualidade?

    Miguel Cardoso: Não, de todo. O Rio Ave, segundo as estatísticas que eu vi, acabou o jogo com 57% de posse de bola, 57% é considerável. Aquilo que é importante perceber é que há muitas formas de atingir objetivos. E nós temos que perceber aquilo que o adversário nos faz, e em função daquilo que o adversário nos faz nós temos que encontrar soluções para os contrariar. Uma coisa é ser consistente outra coisa é ser coerente, e a consistência por vezes pode ser burrice ou estupidez. Coerência é adaptarmo-nos àquilo que o contexto pede. Foi isso que nós fizemos, percebemos que havia uma pressão excessiva da equipa do Boavista e explorámos as costas da equipa. Agora independentemente do que eu estou a dizer, parece-me que em muitos momentos conseguimos ligar o jogo e sair a jogar e atrair o adversário. Porque o facto de nós sairmos curto obriga os adversários a jogarem subidos no campo, e é muito raro neste nível equipas que joguem mais subidas, e assim obrigamos o adversário a ter os problemas que nós temos, que são as preocupações com as costas. É óbvio que os adversários se vão preparar para nos contrariar, cada vez mais, e é importante nós percebermos que há um modelo e havia um plano, e durante o jogo nem sempre fomos capazes de o seguir, mas tentámos sempre procurá-lo, e quando lá estivemos controlámos muito mais as coisas e acabámos por ganhar de forma justa.

     

    Boavista FC
    Bola na Rede:
    A sua equipa teve uma boa entrada na partida, conseguiu até algum domínio territorial e aproximou-se várias vezes da equipa do Rio Ave, no entanto acabou por não conseguir criar perigo e baixou um pouco no terreno de jogo depois do primeiro golo do Rio Ave. Sente que a sua equipa acusou em demasia o golo sofrido?

    Jorge Simão: Não. E permita-me que discorde, mas nós conseguimos criar muito perigo. É evidente que o jogo passa por diferentes fases, por diferentes momentos, mas às vezes uma sequência de bolas paradas, um canto, que depois dá um lançamento, que depois dá uma bola à entrada da área que leva o jogo para uma tendência que nós, como é óbvio, temos de saber ultrapassar. Agora, nós fomos sempre uma equipa que, no decurso do jogo, sem grandes espaços temporais que intervalassem uma ou outra situação fomos criando perigo real. Lembro-me de, na segunda parte, termos bolas de golo limpas que não conseguimos finalizar. O Rio Ave teve uma que, como digo, não há ninguém que garanta que a bola entra, e teve uma outra situação onde fez o jogo numa jogada absolutamente brilhante. Mas é como digo, criámos aqui muitas situações que nos podiam ter permitido sair daqui com outro resultado.

    Foto de Capa: Agostinho Santos/Rio Ave FC

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    Pedro Paupério
    Pedro Paupériohttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é estudante de Ciências da Comunicação. Sendo um amante de desporto, é no futebol que encontra a sua maior paixão. A análise do que se passa em campo é a sua prioridade e não consegue ver um jogo sem tentar perceber tudo o que vai na cabeça dos treinadores. Idealiza uma cultura futebolística onde a tática e a técnica são muito mais discutidas do que a arbitragem.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.