SC Braga 0-1 Boavista FC: Eis que tivémos Boavistão, 18 anos depois

    A CRÓNICA: NO TABULEIRO DE XADREZ, O XEQUE MATE FOI NO BISPO DE BRAGA

    O SC Braga recebeu na pedreira o Boavista FC, num jogo à porta fechada a contar para a vigésima sexta jornada da Primeira Liga de futebol. Destaque para o previsível domínio da equipa da casa, ainda que inconsequente, assim como pelo uso de apenas quatro substituições pelos dois técnicos.

    Em mais um jogo fraco desde o recomeço da Primeira Liga, um SC Braga sem grandes ideias claudicou novamente, somando nova derrota, desta feita no seu reduto frente a um agradável Boavista FC, que se mostrou uma equipa segura e bastante competente.

    Há dezoito anos que o Boavista não vencia em Braga. A última vez que conseguiu tal proeza foi no ano em que se sagrou campeão nacional. Um golo de Alberto Bueno de grande penalidade foi suficiente para o efeito.

    O Boavista FC, ao contrário do SC Braga, surgiu personalizado, com uma estratégia bem delineada e com a atitude e raça que sempre o caraterizam, desta vez com a assertividade necessária. Sem vencer há cinco jornadas, os axadrezados trepam três lugares na tabela classificativa.

    O SC Braga perde pelo segundo jogo consecutivo e deixa-se apanhar pelo Sporting CP na tabela classificativa, só mantendo o pódio por um golo de diferença.

    Os Arsenalistas tentaram impor a sua supremacia com uma entrada forte, com destaque para Rolando, que volta a jogar um ano e quatro meses depois. Depois de uns minutos iniciais complicados, a pantera foi crescendo, começando a criar oportunidades e a colocar a equipa da casa em sentido. O SC Braga teve mais bola e maior iniciativa, mas o Boavista FC resistiu e acabou recompensado.

    A FIGURA

    Alberto Bueno – Não desperdiçou a grande oportunidade da equipa e voltou a colocar o Boavista FC na rota dos triunfos. Foi o autor do golo que permitiu ao Boavista FC voltar a vencer em SC Braga dezoito anos depois. Mostrou qualidade num meio campo muito físico, acrescentando qualidade de passe e de distribuição de jogo. Além do golo, esteve perto de bisar.

     

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Ricardo Esgaio – Esteve na origem da grande penalidade que ditou o resultado. Um castigo máximo que teve tanto de decisivo como de desnecessário. Pareceu sempre muito nervoso na partida, mas o facilitismo e a péssima abordagem do defesa Bracarense no lance decisivo acabou por ser determinante para o desfecho do jogo.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SC BRAGA

    Custódio apostou no 11 que lhe permitia, à semelhança do que já tinha acontecido na jornada anterior na Cidade do Futebol, conservar a posse de bola, enquanto aproveitava algumas das rotinas anteriormente implementadas por Ruben Amorim. Num sistema de 3x4x3, apostou novamente num forte e interessante tridente ofensivo composto por Francisco Trincão, Ricardo Horta e Paulinho, com Fransérgio a assumir a batuta do jogo. A expulsão do Raúl Silva na jornada anterior obrigou à entrada na equipa de Rolando. Fiel aos seus princípios e modelo habitual, não existiram grandes surpresas na equipa Arsenalista.

     

    ONZES INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Matheus (7)

    David Carmo (5)

    Rolando (6)

    Bruno Viana (5)

    Ricardo Esgaio (3)

    Sequeira (5)

    Fransérgio (6)

    André Horta (5)

    Ricardo Horta (5)

    Paulinho (5)

    Francisco Trincão (5)

     

    SUBS UTILIZADOS

    Rui Fonte (4)

    Galeno (4)

    João Novais (2)

    Wilson Eduardo (2)

     

    ANÁLISE TÁTICA – BOAVISTA FC

    A equipa dos axadrezados, liderada por Daniel Ramos, não sofreu muitas alterações, tendo em conta a boa exibição realizada contra o Moreirense na jornada anterior (apesar do injusto resultado negativo). Apresentou-se num 3x4x3, que, na maior parte do tempo, acabou por ser um 5x4x1, sendo uma equipa que passou largos minutos do jogo a procurar ingloriamente encontrar espaço para os seus rápidos avançados explorarem. Mas lá foi conseguindo levar a águia ao seu moinho. São uma equipa historicamente muito combativa, e este jogo voltou a demonstrar isso mesmo. Utilizaram bastante as subidas dos laterias para provocar desequilíbrios através de cruzamentos para a área adversária. Destaque para a capacidade defensiva de Carraça e para a qualidade de Bueno no meio campo.

     

    ONZES INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Helton Leite (6)

    Neris (6)

    Ricardo Costa (6)

    Dulanto (6)

    Idris (6)

    Marlon (6)

    Bueno (7)

    Carraça (7)

    Paulinho (6)

    Cassiano (5)

    Gustavo Sauer (5)

     

    SUBS UTILIZADOS

    Fernando Cardozo (4)

    Yusupha (3)

    Obiora (-)

    Heriberto Tavares (-)

    Artigo revisto por Mariana Plácido 

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares