Sporting CP 1-1 FC Porto: Quem não marca sofre… Há Díaz assim

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    A CRÓNICA: SPORTING CP PAGA CARA A FATURA COBRADA POR DIOGO COSTA E LUIS DÍAZ

    O primeiro clássico da Liga começou a “doer”. E não, não é no mau sentido. Um ambiente a ferver dentro e fora de campo a refletir-se nos cartões amarelos dados desde cedo por Nuno Almeida. Quatro cartões amarelos nos primeiros 15 minutos de jogo! E, por esta altura, os minutos das seleções ainda não pesavam nas pernas.

    Houve emoção, houve advertências e também golos neste início de jogo. Aos 16 minutos, Nuno Santos levanta toda a bancada verde e branca. Arrancada de Porro na direita, que levou via verde frente a Marcano e que cruzou para Nuno Santos. No sítio certo à hora certa, o número 11 dos leões coloca a bola do lado direito da baliza de Diogo Costa e faz o 1-0. Começou então a evidenciar-se uma lacuna no jogo portista: a falta de um lateral puro no lugar de Marcano.

    Ao longo da primeira parte, pudemos ver um FC Porto a tentar empurrar o seu jogo para o seu meio-campo ofensivo. O Sporting CP, por sua vez, ia dando conta do recado em termos defensivos. Na frente, os leões apostaram no pé no acelerador e na transição, onde Nuno Santos ia assumindo a maior parte da despesa. Os leões regressaram ao balneário com água na boca com apenas 1-0 ao intervalo, depois de várias oportunidades criadas ao longo do primeiro tempo.

    Na segunda parte, o jogo continuou vivo e animado, mas com muito menos oportunidades claras de golo. Ainda assim, a tendência de jogo manteve-se para lá dos 45′. O FC Porto continuou a tentar um jogo mais calculado, mas sem criar grande problemas a Adán. Faltava ideias para organizar o jogo ofensivo azul e branco.

    A meio da segunda parte, o conjunto de Sérgio Conceição começou a crescer no jogo, mas ainda sem oportunidades claras. Mas eis que surge o minuto 71′ e um “tal” de Luis Díaz sem dó nem piedade a fazer o empate. Mais classe garantida neste clássico. Falei em classe? Ainda mal se tinha festejado e Diogo Costa já estava a negar o 2-1 para o Sporting CP, com uma palmada, a impedir o golo de Paulinho de cabeça.

    Apesar da reação embrionária, a verdade é que faltou bola ao Sporting CP para reagir ao empate. O FC Porto, nos minutos finais, mostrava-se mais esclarecido até que… Toni Martínez é expulso por segundo amarelo, mesmo entrando na segunda parte. O marcador não se alterou até ao final. O resultado não espelha na sua íntegra o jogo por si só, mas acaba por mostrar a fatura paga pelo Sporting CP por não ter concretizado todas as oportunidades que conseguiu criar ao longo da partida.

     

     

    A FIGURA
    Sporting x Porto - A Figura
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Diogo Costa – A decisão para a figura da partida não foi de todo fácil. Mais outros três jogadores podiam ser nomeados para “Figura”. Diogo Costa foi gigante na baliza e fez o lembrar os sportinguistas a célebre frase de “quem não marca sofre”. Nota ainda para Nuno Santos, Luis Díaz e até Pedro Porro, que estiveram também muito bem esta noite.

     

    O FORA DE JOGO
    FDJ: Sporting x Porto
    Fonte: Diogo Cardoso / Bola na Rede

    Marcano – Foi substituído antes do intervalo a par de Bruno Costa. Esteve muito apagado no duelo e surgiu em evidência não pelas melhores razões no golo leonino. Marcano não conseguiu dar conta do recado. Principalmente numa lateral onde se encontravam jogadores velozes e irreverentes. O facto de não ser a sua posição “de origem” pode ter pesado esta noite.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    O Sporting CP entrou para este clássico com duas ausências. Nuno Santos e Neto entraram no onze inicial para render os lugares de Pedro Gonçalves e Gonçalo Inácio. Destaque ainda para o regresso de Pedro Porro à titularidade. Fiel às suas ideias, os leões mantiveram o seu 3-4-3. A equipa de Rúben Amorim estava a marcar este jogo pela sua pragmática. Houve aposta clara na transição e velocidade sem complicar muito no caudal ofensivo. A certa altura, quase parecia fórmula científica ou bem parecido com uma equação matemática: bola nas costas da defesa do adversário e mais uma oportunidade de perigo para a equipa da casa. Muita trapalhada na defesa portista a ser aproveitada muitas vezes pelo Sporting CP e, sobretudo, por Nuno Santos. Jovane e Porro fizeram também a “vida negra” a Marcano (enquanto aguentou em campo), que não é propriamente um jogador veloz e não estava não sua posição natural.

    Depois do golo, o Sporting CP perdeu um pouco o fulgor e não conseguiu ter tanta bola. Tentou responder à mexida do FC Porto, com a entrada de Toni Martínez e o regresso de Corona à direita, com as entradas de Esgaio e Matheus Reis, ambos ainda frescos do banco.

     

    11 INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Adán (5)

    Feddal (6)

    Coates (6)

    Palhinha (6)

    Matheus Nunes (5)

    Jovane (6)

    Nuno Santos (7)

    Neto (6)

    Rúben Vinagre (6)

    Paulinho (5)

    Pedro Porro (7)

    SUBS UTILIZADOS 

    Sarabia (5)

    Esgaio (-)

    Matheus Reis (-)

     

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    O FC Porto entrou com Uribe, Luis Díaz e Corona no 11 inicial, mesmo depois dos jogos feitos pelas seleções. O esquema tático prendeu-se por um 4-4-2 que por vezes se tornava num 4-3-3 a certas alturas do jogo. Corona esteve no apoio a Taremi, e Otávio ficou com a faixa direita.

    Inicialmente, o FC Porto até tentou anular os construtores do Sporting CP, mas, quando baixou a sua guarda, o golo aconteceu. A construção contou muito com a ajuda dos defesas laterais a subir, algo que acabou por ser bem aproveitado pelo adversário. Muita dificuldade para controlar as transições rápidas do Sporting CP e a conter os lances nas costas da defesa. Valeu Diogo Costa que disse “presente” de forma exímia mais do que uma vez.

    Cedo se percebeu que Marcano talvez tivesse sido a aposta errada, principalmente para controlar a velocidade e irreverência de Jovane e Porro. Entrou, por isso, ainda na primeira parte, Manafá. Outra entrada dos dragões na mesma altura foi a de Sérgio Oliveira para a saída de Bruno Costa. Alterações com dois objetivos: limpar amarelos e colocar um pouco de cabeça no jogo.

    Na segunda parte, os azuis e brancos conseguiram encontrar-se, mas não logo desde o início dos segundos 45′. As substituições tardaram a fazer diferença e acho que Sérgio Conceição acabou por perceber os seus erros neste clássico mesmo antes do apito final. Retornou Corona para o lugar onde consegue desequilibrar mais e trouxe Toni Martínez do banco no apoio a Taremi. Uma fórmula que, na minha opinião, devia ter apresentado desde início.

     

    11 INICIAIS E PONTUAÇÕES

    Diogo Costa (8)

    Pepe (7)

    Marcano (3)

    Luis Díaz (7)

    Uribe (5)

    Taremi (5)

    Corona (5)

    Mbemba (5)

    João Mário (5)

    Otávio (6)

    Bruno Costa (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Sérgio Oliveira (5)

    Manafá (5)

    Toni Martínez (-)

     

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Sporting CP

    BnR: Marcano ocupou o lado esquerdo da defesa. Dada a falta de velocidade do jogador central, tentou explorar essa possível debilidade com a velocidade e irreverência de Porro e Jovane?

    Rúben Amorim: O maior perigo do Sporting CP foi pelo lado direito. Olho para isso com caraterísticas diferentes. Manafá mais ofensivo, Marcano mais defensivo, mais central. Mais preparado para as transições, mais experiente nas bolas paradas. E é assim: muda-se as caraterísticas, mantém-se o sistema.

    FC Porto

    Não foi possível colocar questões ao técnico do FC Porto, Sérgio Conceição

    Artigo revisto por Gonçalo Tristão Santos

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    Inês Marques Santos
    Inês Marques Santoshttp://www.bolanarede.pt
    A Inês é licenciada em Jornalismo. A experiência do Bola na Rede veio juntar duas coisas de que gosta de fazer: escrever e ver futebol. Desde nova que quer entrar no mundo do jornalismo desportivo e espera um dia conseguir marcar o seu lugar no mesmo.