Sporting CP 2-1 Gil Vicente FC: A série invencível de Rúben Amorim perdura

    CRÓNICA: PLATA NÃO PERDOA E SPORTING CP DISTANCIA-SE DO SC BRAGA

    O Sporting CP defrontou esta noite o Gil Vicente FC, num dia muito especial, pelo que o planeta leonino festeja o 114.º aniversário do clube. Em jeito de homenagem, os jogadores atuaram com jogadores lendários nas costas. Depois de uma semana adversa para os adeptos gilistas (Vítor Oliveira confirmou ab-rogar a sua continuidade enquanto técnico do Gil Vicente), o técnico português voltaria a estar presente no banco gilista, após castigo de oito dias.

    O Gil Vicente vinha de uma vitória confortável diante o condenado Desportivo das Aves (3-0), enquanto o Sporting, por outro lado, vinha de uma vitória custosa diante do Belenenses SAD (1-3).

    Jovane Cabral- Um dos jogadores mais valorizados por Rúben Amorim desde que assumiu o comando técnico do Sporting CP, não atuou na partida desta noite pelo que a sua velocidade, explosão, capacidade de vertigem no adversário, foram compensados por Gonzalo Plata, que demonstrou ser um “quebra-cabeças” para a defesa do Gil Vicente.

    Todavia, a entrada energética por parte da equipa forasteira, que inclusive culminou num golo de Rúben Ribeiro que viria a ser anulado, a turma de Rúben Amorim viria a responder com assertividade, controlando a partida a seu bel-prazer com a bola nos pés (60% posse de bola). Este domínio, teve contudo um pendor significativo para a exploração do flanco direito, ao passo que foi a partir daí que surgiu o primeiro golo – numa jogada individual de Gonzalo Plata-, Wendel aproveitou a bola solta para rematar e conferir o seu segundo golo no campeonato. O remanescente da primeira parte foi mais competitiva, ao passo que os gilistas subiram linhas e colocaram maior agressividade nas suas ações com/sem bola. Em adição, com um cruzamento, o Gil Vicente iria voltar a marcar, no entanto, Vítor Oliveira iria ver o golo da sua equipa anulado (novamente), desta feita foi Sandro Lima na execução.

    No início da segunda parte, a equipa liderada por Rúben Amorim descurou da posse de bola que ia tendo na primeira parte, tornando-se mais pragmático e menos paciente em organização ofensiva, à espreita dos erros do adversário. Após desperdício incrível de Wendel no primeiro minuto, Gonzalo Plata viria a desbloquear novamente o ataque leonino, com um golo consequente de um erro clamoroso de Claude.

    Com o maior controlo do jogo e da posse de bola, o Gil Vicente iria reduzir já muito perto do fim, após falta cometida por Doumbia, que chegaria atrasado ao cruzamento de laboratório que Rúben Ribeiro proporcionou a Hugo Vieira. Apesar do esforço final, a equipa orientada por Vitor Oliveira não conseguiria chegar ao empate.

    Nota ainda para a estreia de dois «meninos» da formação do Sporting CP, lançados por Rúben Amorim: Tiago Tomás e Joelson Fernandes.

    Para concluir, o Sporting CP afasta-se ainda mais do SC Braga e vê-se isolado no terceiro posto do campeonato com 55 pontos. Do outro lado, o Gil Vicente vê a consolidação da permanência rejeitada, tendo Marítimo, Paços de Ferreira e Belenenses SAD a cheirar o 11.º lugar.

    A FIGURA
    Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

    Gonzalo Plata – Estonteante, elétrico, prepotente, muito perigoso nas ações de 1×1 e um autêntico «abre latas» para a ofensiva leonina. Marcou, fez quatro dribles eficazes em oito tentativas e criou para os colegas. Em suma, o equatoriano foi uma autêntica dor de cabeça para a defesa gilista e o desbloqueador do Sporting CP.

    O FORA DE JOGO

    Claude Gonçalves – Viu-se várias vezes desequilibrado na defensiva gilista, não demonstrou criatividade e colecionou vários erros, entre os quais três passes falhados em zonas de risco, que por conseguinte, num desses erros flagrantes, executou uma autêntica assistência para Plata, naquele que se traduziria o segundo golo leonino na partida. 

    ANÁLISE TÁTICA SPORTING CP

    Rúben Amorim apresentou a mesma organização tática que nas partidas anteriores, num 3x4x3 com Borja a assumir (novamente) o lugar de Mathieu e Camacho a substituir Jovane, no lado esquerdo do terreno. Tentativa esta falhada, pelo que nem em busca da profundidade nem na procura da linha média adversária, Camacho conseguiu desequilibrar. Apesar disso, a ideia e o modelo manteve-se, indepentemente dos “protagonistas”, sendo que Plata do lado direito e Camacho do lado esquerdo procuravam terrenos interiores, de modo a descongestionar o flanco a Ristosvki e Nuno Mendes, respetivamente.

    A equipa leonina, por fim, demonstra estar bem alicerçada no sistema de Amorim. Não obstante, demonstrou dificuldades em criação ofensiva, aquando o Gil Vicente «oferecia» a bola ao Sporting CP, sendo que os médios baixavam e a bola persistia nos flancos (especialmente o direito). Na segunda parte, o Sporting CP, quebrou muito os níveis de concentração e ofereceu por completo a iniciativa à equipa gilista.

    Ainda assim, o Sporting CP demonstra percorrer um caminho positivo, sendo a equipa com mais pontos do campeonato, no pós-pandemia.

    11 INICIAL E SUBS

    Maximiano-7

     Quaresma-5

     Coates-6

     Borja-5

     Ristovski-6

    Matheus-5

    Wendel -7

    Nuno Mendes-6

    Camacho-3

    Sporar-5

    Plata-8

    Suplentes:

    Battaglia-5

    Doumbia-4

    Joelson-5

    Tiago Tomás-5

    ANÁLISE TÁTICA GIL VICENTE FC

    A equipa orientada por Vitor Oliveira delineou-se num 4x3x3, procurando pressionar a segunda fase de construção do Sporting CP, que contudo foi encontrando espaço nos flancos (a criatividade e os recursos técnicos dos jogadores leoninos ajudaram). Pragmáticos em procura do erro leonino acabaram traídos, ao passo que numa arrancada viram a estratégia do avesso. Após o intervalo, o Gil Vicente tomou a iniciativa, ao passo que Rúben Ribeiro assumiu as rédeas do jogo, indo buscar jogo e quase sempre decidindo no último terço da ofensiva gilista. A solidez defensiva proporcionada por Rúben Amorim num sistema de três centrais, que se traduzia em organização defensiva numa linha de cinco, não permitiu à equipa forasteira criar muitas ocasiões, pelo que a posse de bola tornava-se muito pouco consequente.

    Para concluir, o Gil Vicente vê-se mais perto dos rivais na luta pela manutenção, mantendo os mesmos 33 pontos que levava antes do início do encontro.

     

    11 INICIAL E SUBS

    Denis-6

    Rodrigo-5

    Rúben Fernandes-7

    Ygor Nogueira-5

    Claude Gonçalves-3

    João Afonso-4

    Soares-5

    Baraye-4

    Lourency-5

    Rúben Ribeiro-7

    Sandro Lima-5

    Suplentes:

    Naidji-4

    Hugo Vieira-6

    Kraev-5

    Samuel Lino-3

    Foto de Capa: Sporting CP

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.